Avaliação da eficiência do extrato das folhas e do óleo das amêndoas da espécie Ouratea parviflora como inibidor de corrosão em aço carbono
Corrosão, Inibidor de corrosão, Tensoativos, Extrato
Os impactos da corrosão são frequentes e ocorrem nas mais variadas atividades. Existem várias formas de combater os impactos, dentre elas se destaca o uso de tensoativos que vêm sendo alvo de interesse como inibidores de corrosão, pois funcionam como películas protetoras sobre áreas anódicas e catódicas. Apesar de eficientes no controle da corrosão, alguns possuem elevado custo, além disso, a grande maioria é tóxica ao meio ambiente, tornando seu uso questionável. De modo a atender a crescente demanda por inibidores de corrosão sustentáveis, este trabalho teve como objetivo a investigação da ação inibitória do extrato hidroalcoólico e óleo das amêndoas da espécie vegetal Ouratea Parviflora. O extrato foi avaliado de forma livre e em sistema microemulsionado utilizando diferentes concentrações como inibidores de corrosão em meio salino (NaCl 3,5%). Foi utilizado o método de Resistência de Polarização Linear, determinando-se também o comportamento e a isoterma do processo de adsorção metal/inibidor. De acordo com os resultados obtidos, as eficiências máximas de inibição foram 67.70% (12,5 ppm), 77.94% (200 ppm) e 85.66% (200 ppm) para o extrato hidroalcoólico, sistema microemulsionado salino (SME-S) e sistema microemulsionado salino com extrato (SME-S-EB), respectivamente. O SME-S apresentou eficiência máxima na concentração de 200 ppm, porém com a adição do extrato alcançou um valor de 81.86% a 25 ppm. Com relação ao processo de adsorção, os dados experimentais se ajustaram a isoterma de Langmuir. De acordo com os dados calculados de energia livre de Gibbs foi detectada a espontaneidade com que os inibidores se adsorvem sobre a superfície do aço, sugerindo que a formação do filme ocorre por adsorção física do inibidor sobre o metal. O estudo da obtenção dos inibidores sob o viés da sustentabilidade confirmou que estas novas formulações podem ser consideradas como sustentáveis, pois utilizam matérias-primas biodegradáveis, não tóxicas e de recursos renováveis. Os resultados mostraram que os sistemas podem ser utilizados como fontes alternativas na formulação de inibidores de corrosão.