MODELAGEM MATEMÁTICA E EXPERIMENTAL DA PERDA DE INJETIVIDADE EM POÇOS CANHONEADOS
Filtração profunda. Reboco externo. Poços canhoneados. Dano à formação. Injetividade.
A injeção de água em reservatórios de petróleo é uma técnica de recuperação amplamente utilizada para a recuperação de óleo. No entanto, a água injetada contém partículas suspensas que podem ser retidas, causando dano à formação e perda de injetividade. Nesses casos, é necessário estimular a formação danificada com o intuito de restaurar a injetividade dos poços injetores. A perda de injetividade causa um grande impacto negativo à economia de produção de petróleo e, por isso, prever a injetividade é importante para o gerenciamento de projetos de injeção de água. Modelos matemáticos para perda de injetividade permitem estudar o efeito da qualidade da água injetada bem como das características do poço e da formação. Dessa forma, foi desenvolvido um modelo matemático da perda de injetividade para poços injetores canhoneados. A novidade científica deste trabalho refere-se à previsão da perda de injetividade em poços canhoneados injetores, considerando a filtração profunda e formação do reboco externo em canhoneados elipsoidais. A modelagem clássica para a filtração profunda foi reescrita em coordenadas elípticas. A solução para a concentração de partículas em suspensão foi obtida analiticamente e a concentração de partículas retidas, que causam dano à formação, foi resolvida numericamente. Assumindo uma vazão injetada constante e utilizando a lei de Darcy modificada, estimamos a impedância, definida como sendo o inverso da injetividade normalizada pela injetividade inicial. Finalmente, foram realizados testes de injetividade clássicos para fluxo linear, em amostras de Arenito Berea, e também em amostras "canhoneadas". Os parâmetros do modelo, coeficientes de filtração e de dano à formação, obtidos a partir do tratamento dos dados, foram utilizados para a verificação da modelagem proposta.