UMA METODOLOGIA PARA ESTIMATIVA DE CUSTOS DE PERFURAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO: UM ESTUDO DE CASO DE DOIS CAMPOS ONSHORE NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
custo de poços, simulação, regressão linear múltipla
O custo dos poços de petróleo têm impactos significativos nos gastos totais dos campos de produção, e, dependendo de seu valor final, pode vir a inviabilizar economicamente os mesmos, fazendo com que tenham de ser abandonados e posteriormente devolvidos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Além disto, inúmeros campos já estão em produção há bastante tempo, exigindo custos cada vez menores para que ainda se tornem viáveis economicamente. Apesar de vultosos investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, o custo/metro em inúmeras empresas ainda continua crescendo ou se encontra sem um padrão definido. Este trabalho descreve uma Metodologia desenvolvida que permite estimar o custo/metro perfurado, analisando o grau de relacionamento entre 10 (dez) variáveis (profundidade final, número de dias, se poço exploratório ou de desenvolvimento da produção, se poço vertical ou direcional, número de fases, utilização ou não de sondas tipo hidráulica roto-pneumática, percentual do Tempo perdido, índice pluviométrico do ano/mês/área do poço, tipo de sonda - se própria ou contratada e custo diário da sonda) com a variável custo/metro. Neste estudo foram selecionados todos os poços perfurados de dois campos onshore na região Nordeste do Brasil, no período 2006 a 2011. O estudo demonstrou cientificamente que o custo/metro dos poços do primeiro campo foi impactado pelas variáveis: profundidade final, número de dias, se poço exploratório ou de desenvolvimento da produção, se poço vertical ou direcional, número de fases, e pelo custo diário da sonda. Por outro lado, as variáveis que impactaram o custo/metro do segundo campo foram: se poço vertical ou direcional, o % Tempo perdido, o tipo de sonda (própria ou contratada) e o custo diário da sonda. Posteriormente o estudo comprovou que a equação que descreveu o Modelo para o período 2006-2011, foi também validada ao se utilizar os dados de 2012.