Estudo de modelos das reações químicas no processo de Combustão In Situ
Combustão in situ, simulação, cinética da combustão.
A combustão in situ (CIS) é o método de recuperação térmico mais antigo. Este método consiste na queima parcial do óleo in situ, cujo objetivo é gerar uma frente de combustão que ajude no movimento do óleo. Essa frente de combustão aquece as zonas próximas, logrando a redução da viscosidade do óleo e permitindo o seu deslocamento até o poço produtor.
Apesar de parecer um processo fácil, a combustão in situ engloba uma série de mecanismos complexos que mesmo na atualidade a torna difícil de representar através de modelos analíticos, físicos e de simulação numérica.
O intuito é analisar e determinar os parâmetros que têm influência no processo, destacando a cinética (energia de ativação, coeficiente de Arrhenius e porcentagem de craqueamento para a produção de coque durante o processo) atrás de três diferentes modelos de reações químicas e da vazão de injeção do ar.
Para verificar a aplicabilidade do processo no Brasil foi realizado um estudo de simulação em reservatórios de óleo pesado com características do Nordeste Brasileiro. As simulações foram realizadas utilizando o módulo “STARS” da “Computer Modelling Group”, com o objetivo de realizar estudos de métodos de recuperação avançada de óleo.
Dentre todos os parâmetros analisados, a energia de ativação-fator pré-exponencial apresentou a maior influência, ou seja, quanto menor o valor da energia de ativação-fator pré-exponencial maior a fração de óleo recuperada. A porcentagem de craqueamento mostrou uma forte influência no processo, devido a que enquanto menor for a quantidade de coque formado maior é volume de óleo recuperado.