INCIDÊNCIA DE SÍFILIS EM GESTANTE E CONGÊNITA NA 4ª REGIÃO DE SAÚDE DO RN
Palavras-chave: Atenção Primária à saúde. Pré-natal. Sífilis congênita. Sífilis em gestante.
A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, crônica, curável e exclusiva do ser humano. Apesar dos avanços na prevenção, no diagnóstico e no tratamento, a sífilis é considerada uma doença reemergente no Brasil, assim como em outros países, permanecendo um grave problema de Saúde Pública. O objetivo geral do estudo é analisar os casos notificados de sífilis em gestante e congênita na região do Seridó do Rio Grande do norte no período de 2011 a 2021. Trata-se de uma pesquisa de abordagem quantitativa epidemiológica, do tipo observacional descritiva, no qual se utilizou dados secundários dos casos confirmados de sífilis em gestante e sífilis congênita do banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos. A população estudada foi composta por todos os casos notificados de sífilis em gestante e sífilis congênita, no período de 1º de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2021, na 4ª região de saúde do Rio Grande do Norte. Dos 305 casos notificados de sífilis em gestantes, 116 houve transmissão vertical e desses casos em que houve transmissão vertical 38,7% das mães tiveram diagnóstico de sífilis no momento do parto, demostrando falha no diagnóstico e tratamento na Atenção Primária a Saúde, sendo que 94,8% realizaram pré-natal. De acordo com os dados levantados pode-se concluir que os casos notificados de sífilis em gestante e sífilis congênita representam um grave problema de saúde pública nos municípios da 4ª região de saúde do Rio Grande do Norte, pois evidencia a baixa qualidade do pré-natal na Atenção Primária a Saúde e a dificuldade para implementar medidas de atenção à saúde como diagnóstico, tratamento e monitoramento dos casos.