Banca de DEFESA: JOAO EVANGELISTA DA COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOAO EVANGELISTA DA COSTA
DATA: 18/02/2013
HORA: 08:30
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:
TRAJETÓRIA DE VIDA DE PORTADORES DE DOENÇAS
ONCOLÓGICAS EM USO DE TRANSFUSÕES SANGUÍNEAS NA CIDADE DE 
NATAL/RN

Trajetos no labirinto: História de vida dos portadores de doenças oncológicas em uso de transfusões sanguíneas na cidade de Natal/RN.

 

PALAVRAS-CHAVES:

Enfermagem. História oral de vida. Doenças Oncológicas. Transfusão Sanguínea.

 

PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Enfermagem
RESUMO:
Sendo utilizado pelo homem há muito tempo e de várias formas, o sangue foi
considerado um elemento mítico em várias culturas. Desde a antiguidade
atribuíam a ele poderes, pois comungava do preceito geral da vida, passando a
fazer parte do patrimônio do inconsciente coletivo humano. Atualmente, sua
utilização não deixou de ter tanta importância, uma vez que possibilita seu uso
em numerosas situações clínicas e cirúrgicas sendo, seu papel, determinante à
manutenção da vida e na resposta a procedimentos terapêuticos. Nesse uso,
cada vez mais importante do sangue e seus hemocomponentes, desperta
atenção as transfusões que não são isentas de complicações, devendo-se
considerar a real necessidade de sua aplicação, avaliando-se os riscos e os
benefícios aí decorrentes. As reações transfusionais são riscos que, na maior
parte das vezes, por ser eventos indesejados, podem ser evitadas ou
prevenidas, por trazerem o medo e o desconforto, piorando o quadro clínico e
provocando até mesmo a morte do usuário. Este estudo tem como objetivo
narrar as trajetórias de vida de portadores de doenças oncológicas,
transfundidos com componentes sanguíneos, e o impacto causado pelas
transfusões no seu cotidiano. Utilizaremos como procedimento metodológico a
história oral de vida (Meihy, 2011) desses portadores, realizada a partir de
entrevistas e outras fontes documentais de natureza pessoal. A história oral,
por ser um recurso moderno de apreensão de princípios da subjetividade,
deixando-se entrever um sentido maior, coletivo, é destinada a colher
testemunhos para elaboração de documentos, com finalidade de se estudar a
sociedade. Será utilizado, para isso, um roteiro de entrevista não-estruturada a
qual se apresenta dividida em três etapas: a pré-entrevista, a entrevista em si e
a pós-entrevista. Na análise das histórias de vidas narradas pelos
colaboradores utilizar-se-á a técnica de análise de conteúdo temático. O
espaço de investigação da pesquisa será realizado no Núcleo de Hematologia
e Hemoterapia (NHH) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
localizado na cidade de Natal-RN. A comunidade de destino será formada por
usuários de saúde com doenças oncológicas em uso de transfusão de
componentes sanguíneos. A colônia será formada por usuários de saúde com
doenças oncológicas que se submeteram há pelo menos três transfusões de
componentes sanguíneos ambulatorialmente, e a rede será formada por 12
colaboradores com pelo menos três transfusões sanguíneas e que queiram
participar da pesquisa. Desse modo, espera-se fazer um retrato ou perfil
desses usuários para, com este fim, levar respostas tanto à sociedade acerca
do papel da enfermagem, como aos próprios usuários, tornando-os
conhecedores dos processos aí envolvidos, para que desmistifiquem os usos
do sangue e, assim, possam atrair resultados mais positivos à hemoterapia. 

O estudo “Trajetos no Labirinto: história de vida de portadores de doenças oncológicas em uso de transfusão sanguínea na cidade de Natal” tem a hemoterapia como procedimento primordial para se repensar a relação entre usuários de saúde oncológicos e os desdobramentos decorrentes. A hemoterapia busca suprir carências orgânicas através da hemotransfusão, que adquire função vital aos portadores de câncer por poder restabelecer o funcionamento do organismo através do aumento de componentes sanguíneos. O impacto sobre a transfusão afeta emocional e fisicamente a vida desses usuários. Objetivando refletir acerca desse impacto, o presente estudo procurou, através das narrativas de vida, resgatar suas vivências desde o diagnóstico da doença até os instantes de uso da transfusão sanguínea. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, em que a abordagem qualitativa utiliza o referencial teórico-metodológico da história oral de vida (MEIHY, 2011) para analisar uma colônia formada por cinco usuários de saúde com diagnóstico de câncer, com realização mínima de três transfusões sanguíneas, no ambulatório do Núcleo de Hematologia e Hemoterapia - UFRN, na cidade de Natal-RN. A rede, por sua vez, foi composta por colaboradores de ambos os sexos, sem limite de idade, que concordaram voluntariamente em participar do estudo. A coleta de dados, com aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer, sob parecer 001/001/2012, ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas, gravadas individualmente, em contexto domiciliar, local previamente escolhido pelos colaboradores. O procedimento metodológico se deu com a transcrição das entrevistas e suas transcriações, e a análise dos relatos por meio da análise de conteúdo temático (BARDIN, 2011). Na orientação de leitura e interpretação dos relatos dos colaboradores, discutem-se três categorias de análise: o impacto no psicológico; o impacto na socialização e no grupo de pertença; o impacto do ambiente e da transfusão sanguínea no tratamento. Com base nas narrativas das histórias de vida dos colaboradores, conclui-se que as vivências e os sentimentos, a esperança e a tristeza, a dor e a fé, mesmo em face de uma doença como o câncer, trazem muito de ensinamento e aprendizagem ao profissional da saúde que deposita na humanização e na hemoterapia formas de restabelecer quadros clínicos críticos.

 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338218 - CLELIA ALBINO SIMPSON
Externo à Instituição - FRANCISCA LUCÉLIA RIBEIRO DE FARIAS - UNIFOR
Interno - 396864 - FRANCISCO ARNOLDO NUNES DE MIRANDA
Externo à Instituição - LENILDE DUARTE DE SÁ - UFPB
Interno - 1756956 - MARIA TERESA CICERO LAGANA
Notícia cadastrada em: 05/02/2013 11:59
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