Banca de DEFESA: KATARINE FLORENCIO DE MEDEIROS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : KATARINE FLORENCIO DE MEDEIROS
DATA : 29/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

APLICAÇÃO DO BRINQUEDO TERAPÊUTICO INSTRUCIONAL EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS SUBMETIDAS AO CATETERISMO VESICAL


PALAVRAS-CHAVES:

Jogos e Brinquedos. Brinquedo Terapêutico. Hospitalização. Enfermagem Pediátrica.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Dentre as intervenções lúdicas propostas para a criança em realidade de internação hospitalar, destaca-se o Brinquedo Terapêutico, que pode ser classificado em três tipos: dramático; capacitador de funções fisiológicas e instrucional. O Brinquedo Terapêutico Instrucional tem como intuito esclarecer e treinar a criança/família sobre a hospitalização e a terapêutica nela envolvida. Trata-se de um estudo descritivo e exploratório de abordagem qualitativa por meio de estudos de casos múltiplos, sustentado nas contribuições de Winnicott, com o objetivo de compreender o significado atribuído pela criança hospitalizada sobre a participação de uma sessão de brinquedo terapêutico instrucional no preparo para o cateterismo vesical. Participaram dez crianças hospitalizadas em um hospital universitário de uma capital nordestina no período de outubro a novembro de 2023. A coleta de dados ocorreu em três fases: 1) coleta de dados no prontuário; 2) Intervenção com o Brinquedo Terapêutico Instrucional e 3) entrevista semiestruturada com a criança. A segunda e terceira fases foram gravadas em vídeo e áudio por meio de mídia eletrônica e transcritas na íntegra. Utilizou-se o diário de campo para registro das observações relacionadas a comunicação não verbal durante a aplicação do brinquedo terapêutico e da entrevista. O critério utilizado para a interrupção da coleta foi o de saturação teórica dos dados. Os dados foram analisados com base na análise temática indutiva com o suporte do referencial teórico de Winnicott, resultando na identificação de três temas: Ter controle sobre a realidade; Percepções relacionadas ao BT instrucional; Cateterismo vesical na ótica das crianças hospitalizadas. O estudo atendeu as prerrogativas éticas exigidas pela Resolução de nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde e suas complementares, sendo aprovado pelo parecer nº. 6.417.881 e CAAE71444523.0.0000.5537, emitidos pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para as crianças o brinquedo terapêutico permite ter controle sobre a realidade ao lhe instituir poderes de oprimir, de decidir o que fazer e desejar ser, estar ou ter algo para si. Ao reavivar experiências anteriores tiveram a possibilidade de dramatizar suas experiências e recontar suas histórias relacionadas as hospitalizações passadas e atual em busca de processá-las e ressignificá-las para descoberta do eu da criança, com a finalidade de, por meio da criatividade, lidar melhor com a situação. Identificou-se que elas percebem o brinquedo terapêutico como uma atividade prazerosa, por possibilitar adentrar no imaginário e brincar, mas também despertou sentimentos paradoxos e/ou negativos ao reavivar memórias de experiências passadas. Para algumas crianças, o cateterismo vesical significou cura e cuidado e, por se tratar de um procedimento invasivo, foi associado à dor. Para outras, ao contatar sua realidade interna, o brinquedo terapêutico causou desordens internas e aflorou sentimentos perturbadores, que ocasionou fuga da realidade. Embora a sessão tivesse a finalidade de instruir as crianças sobre o cateterismo vesical, converteu-se em brinquedo terapêutico dramático quando propiciou espaço para a criatividade, adentrando ao universo infantil, recontar suas vivências e expressar emoções e percepções relacionadas não só ao cateterismo, mas a outros procedimentos experienciados durante as hospitalizações.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - EDMARA BAZONI SOARES MAIA
Interno - 2696718 - JONAS SAMI ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA
Presidente - 1214075 - SORAYA MARIA DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 06/02/2024 14:59
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