FATORES ASSOCIADOS AOS NÍVEIS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO ENTRE RESIDENTES DE ENFERMAGEM DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
Saúde Mental; Saúde do Estudante; Sinais e Sintomas; Ansiedade; Depressão.
No Brasil, o universo diversificado, concorrido e exaustivo do trabalho, na maioria das vezes, gera impactos significativos na saúde física e mental dos trabalhadores. Os sintomas ansiosos e depressivos estão presentes em vários profissionais da saúde e em vários locais do mundo. Estudos mostram que o principal motivo para afastamento maior que 15 dias dos profissionais da área saúde são episódios depressivos. Além destes, sintomas ansiosos e de estresse são observados entre universitários e pós graduandos, sendo necessário rastrear dados científicos que versem sobre os fatores associados a essas sintomatologias e/ou adoecimento. Objetiva-se identificar a prevalência de níveis de ansiedade, depressão e os fatores associados em residentes de enfermagem do estado do Rio Grande do Norte. Trata-se de um estudo transversal, realizado com residentes que atuam no Hospital Universitário Onofre Lopes, Maternidade Escola Januário Cicco, localizados no município de Natal/RN, Hospital Universitário Ana Bezerra em Santa Cruz-RN e nos serviços que compõem a rede de atenção básica das cidades de Mossoró, Currais Novos e Caicó. Ao final da coleta responderam 32 enfermeiros residentes de um total de 41 em atuação no RN. Na análise do material, foram utilizadas as variáveis categóricas por meio do teste Qui-Quadrado e teste exato de Fisher de acordo com a adequabilidade do teste aos dados e razão de verossimilhança. Os dados foram processados através do software SPSS e apresentados em gráficos e tabelas. A maioria dos residentes eram do sexo feminino (84%), solteiras (71%), relatam que sofreram assédio em algum momento da residência (71%), realizam ou necessitaram de terapia psicológica e/ou psiquiátrica após a entrada na residência (59%). Na classificação do inventário de Beck, quanto a ansiedade, temos o seguinte resultado: Mínimo (3,13%), leve (40,63%), moderado (28,12%) e grave (28,12%). Enquanto na classificação do inventário de depressão: 15,63% mínimo, 37,50% leve, 34,37% moderado e 12,50% grave. Ao final do estudo, observou-se a presença de sintomas leves, moderados e graves de ansiedade e depressão nesses residentes, principalmente no primeiro ano de residência, sendo necessário compartilhar com os serviços, meios científicos e acadêmicos esse resultado, além de exemplificar a necessidade de cuidados com esse público, principalmente no que diz respeito a prevenção de adoecimento mental.