Banca de DEFESA: LUISA ALVES PEREIRA DE AQUINO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUISA ALVES PEREIRA DE AQUINO
DATA : 24/02/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

Avaliação da cultura de segurança do paciente em centros cirúrgicos de diferentes contextos organizacionais


PALAVRAS-CHAVES:

Segurança do Paciente; Cultura Organizacional; Centros Cirúrgicos; Qualidade da Assistência à Saúde; Gestão de Segurança; Enfermagem


PÁGINAS: 150
RESUMO:

O estudo apresenta como objeto a avaliação da cultura de segurança do paciente em centros cirúrgicos de diferentes contextos organizacionais. A presente pesquisa está alinhada com as recomendações nacionais elaboradas pelo Ministério da Saúde, inseridas na Agenda Nacional de Prioridades em Pesquisa, no eixo 9 (Programas e Políticas de Saúde) no que se refere à avaliação dos eventos adversos, e seus impactos na saúde pública e da avaliação do Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNPS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, corrobora internacionalmente com o Plano de Ação Global de Segurança do Paciente, elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para eliminar danos evitáveis nos cuidados à saúde até o ano de 2030. Dentro do ambiente hospitalar, o centro cirúrgico é considerado um dos locais de maior densidade tecnológica, com a realização de procedimentos de urgência ou eletivos capazes de demandar na maioria das situações, de recursos e insumos precisos e eficientes frente às práticas complexas desenvolvidas por profissionais da saúde. Dada sua complexidade, estima-se que cuidados cirúrgicos inseguros são capazes de afetar os indivíduos de modo significativo. No ambiente hospitalar, quase metade de todos os eventos adversos em pacientes hospitalizados estão relacionados à assistência cirúrgica. Acredita-se que há particularidades em relação aos diferentes modelos de gestão (público e privado) capazes de favorecer ou dificultar a CSP como a estrutura hospitalar, dimensionamento de pessoal, quantidade de vínculos empregatícios e incentivos financeiros, como identificado por pesquisadores em outro estudo. Este estudo objetiva avaliar os níveis de cultura de segurança do paciente em centros cirúrgicos em uma instituição pública e outra privada. Trata-se de um estudo transversal realizado em dois hospitais sendo um de gestão pública e outro de gestão privada. Participaram do estudo 185 profissionais de saúde sendo eles: técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos de ambos os centros cirúrgicos. Utilizou-se como instrumento para coleta de dados, o Software E-Questionário validado e adaptado para o Brasil, do Hospital Survery on Patient Safety Culture (HSOPSC) da Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ). Os dados coletados foram exportados do Software E-questionário para um banco de dados no programa Microsoft Office Excel versão 2020 e utilizada uma análise descritiva contendo os indicadores de segurança do paciente. Para análise dos resultados, utilizou-se o Software estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão temporária 25.0 para comparação dos achados nos referidos hospitais. Este estudo  foi apreciado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) obtendo parecer favorável com CAAE 61763422.5.0000.5537 e número de parecer 5.664.688. Ao avaliar e comparar o perfil de respostas positivas, observou-se que para o hospital privado, quatro dimensões apresentaram-se como fortes, com  porcentagem de respostas positivas acima de 75% foram: 3-Expectativas e ações da direção/supervisão da unidade/serviço que favorecem a segurança (78,1%); 4-Aprendizagem organizacional/melhoria continuada (87,6%); 5-Trabalho em equipe na unidade/serviço (78,4%) e 10- Apoio da gerência do hospital para a segurança do paciente (79,4%)  foram as dimensões com melhores resultados.  Já para o hospital público, nenhuma dimensão apresentou valores acima de 75%, sendo os melhores resultados  4-Aprendizagem organizacional/melhoria continuada (73,9%); 5-Trabalho em equipe na unidade/serviço (70,8%); e 12-Problemas em mudanças de turno e transições entre unidades/serviços (52,1%). Sobre os piores escores, para o hospital privado, tem-se as dimensões de: 8-Resposta não punitivas para erros (33,6%); 1-Frequência de eventos notificados (60,1%) e 12-Problemas em mudanças de turno e transições entre unidades/serviços (60,2%). No hospital público tem-se: 8-Resposta não punitivas para erros (15,6%); 2-Percepção de segurança (34,3%) e 1-Frequência de eventos notificados (35,4%). O estudo permitiu concluir que há diferenças entre os tipos de gestão públicas e privadas no tocante a cultura de segurança do paciente e orientar os gestores nas ações promovidas no centro cirúrgico nos dois cenários, permitindo melhores resultados em saúde, qualidade da assistência e reduçãode eventos adversos.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CAREN DE OLIVEIRA RIBOLDI
Externa ao Programa - 1222022 - CECILIA OLIVIA PARAGUAI DE OLIVEIRA SARAIVA - nullPresidente - 1506238 - QUENIA CAMILLE SOARES MARTINS
Interna - 1220598 - VIVIANE EUZEBIA PEREIRA SANTOS
Notícia cadastrada em: 03/02/2023 14:01
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