Omissão de cuidados de enfermagem em unidade de atendimento a pacientes com COVID-19
Enfermagem; Infecções por Coronavírus; Cuidados de Enfermagem; Avaliação de Resultados da Assistência ao Paciente; Segurança do Paciente; Qualidade da Assistência à Saúde.
A pandemia ocasionada pela COVID-19 fomentou o aumento rápido de novos leitos hospitalares, reorganizações de fluxos assistenciais e demanda por profissionais, sobretudo de enfermagem. Entretanto, com o aumento da necessidade de atendimento hospitalar, o medo do contágio da doença, o desgaste físico e emocional do profissional, a escassez de Equipamentos de Proteção Individual e a falta de insumos para realização do cuidado tornam propícias as interrupções e incidentes na assistência de enfermagem. Logo, evidencia-se a necessidade de investigações sobre o cuidado seguro e de qualidade aos pacientes com COVID-19. Acredita-se que identificar os cuidados de enfermagem omitidos ao atendimento do paciente com COVID-19, poderá proporcionar um diagnóstico situacional e, a partir desse, será possível traçar estratégias que venham a reordenar a execução das práticas nos serviços, além de poder modificá-las para aumentar a qualidade das ações e a Segurança do Paciente. Neste ínterim, esse estudo traz como questões norteadoras: que cuidados de enfermagem são omitidos durante o atendimento ao paciente com COVID-19? Quais suas causas e fatores associados? E, tem como objetivo descrever os cuidados omitidos na perspectiva da equipe de enfermagem em uma unidade de cuidados a pacientes com COVID-19. Tratar-se-a de um estudo transversal com abordagem quantitativa a ser realizado no Hospital Universitário Onofre Lopes com enfermeiros e técnicos de enfermagem que atuam na unidade COVID-19. Para tanto, será utilizado o instrumento Missed Nursing Care Survey-BRASIL para coleta de dados. A análise desses será descritiva, de frequência simples, tendência central e dispersão. Para o cálculo das diferenças na prevalência da omissão dos cuidados de enfermagem por categoria profissional serão empregados testes de qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher. Fatores associados serão verificados por meio de análises bivariadas e multivariadas. A pesquisa seguirá os preceitos éticos e será submetida ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, conforme a Resolução Nº 466, de 12 de dezembro de 2012, do Conselho Nacional de Saúde.