Banca de DEFESA: CICERA MARIA BRAZ DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CICERA MARIA BRAZ DA SILVA
DATA : 13/12/2017
HORA: 14:30
LOCAL: Departamento de Enfermagem
TÍTULO:

Validação do Nurse Competence Scale (NCS) para o português do Brasil.


PALAVRAS-CHAVES:

Enfermagem; Competência Profissional; Estudantes de Enfermagem; Adaptação Cultural; Estudos de Validação. 


PÁGINAS: 50
RESUMO:

A formação profissional e seu processo exigem o desenvolvimento das competências necessárias à atuação do profissional, embora, seja comum pairar algumas dúvidas com relação às competências do enfermeiro recém-graduado. Acredita-se que tal fato ocorra devido à operacionalização do conceito competência ser considerada uma tarefa complexa e que dificulta a construção e a validação de instrumentos de avaliação. Apesar disso, alguns instrumentos de avaliação das competências gerais do enfermeiro têm sido elaborados e validados, oriundos, em sua maioria, da literatura internacional, a exemplo, o Nurse Competence Scale (NCS). Trata-se de uma escala de autorrelato que avalia a competência do enfermeiro, constituída de 73 itens, distribuídos em sete categorias, e demonstra ser sensível na diferenciação dos níveis de competência do enfermeiro em vários cenários clínicos e nas experiências de trabalho, incluindo a fase de transição de estudante de enfermagem para a fase de enfermeiro. Esse estudo tem como objetivo validar o Nurse Competence Scale para a língua portuguesa do Brasil. O estudo é do tipo metodológico e abordagem híbrida, desenvolvido após a autorização da autora principal do instrumento e a aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, sob o parecer nº 1.766.255. A coleta de dados ocorreu entre setembro de 2016 a junho de 2017, em duas etapas. A primeira, correspondeu à adaptação cultural do instrumento, e incluiu os estágios recomendados pela literatura internacional: tradução, síntese das traduções, retrotradução, revisão pelo comitê de experts, pré-teste da versão adaptada e a submissão e avaliação dos relatórios pelo autor do instrumento. A segunda etapa se constituiu da avaliação das qualidades psicométricas do instrumento adaptado, aplicado em uma amostra de 111 concluintes do curso de Graduação em Enfermagem de duas Instituições Públicas de Ensino Superior do estado do Rio Grande do Norte. Para análise, além da validade de conteúdo, houve a validade de construto, efetuada pela análise fatorial confirmatória (AFC). Quanto às medidas de confiabilidade, foram utilizadas: o teste t-Student, na verificação da estabilidade da escala através do teste-reteste; e o coeficiente alfa de Cronbach, para a verificação da consistência interna dos itens. Na primeira etapa todos os estágios recomendados para a adaptação cultural ocorreram de modo satisfatório. O índice de validade de conteúdo (IVC) para o instrumento adaptado como Escala de Competência do Enfermeiro (ECE) foi de 0,99, e o coeficiente Kappa foi considerado quase perfeito.  Dos 73 itens da escala, apenas 13 apresentaram diferença significativa no teste de comparação de médias durante o teste-reteste (n = 30) para o nível de competência. O alfa de Cronbach total foi de 0,97, e em relação às categorias, variou de 0,75 a 0,92. Na segunda etapa, participaram 111 concluintes do curso de Graduação em Enfermagem, com média de idade de 24,2 (DP = 3,5); sendo 84,7% do gênero feminino e 95,5% sem experiência anterior na área de enfermagem. O instrumento foi considerado de fácil preenchimento, com tempo médio de aplicação de 15 minutos, em ambas as etapas. Os alunos se autoavaliaram como tendo um bom nível de competência (média geral = 73,9), com uma média de uso efetivo dos itens na prática, igual a 2, o que corresponde a “usado ocasionalmente”. Em relação às categorias, o nível de competência geral foi maior para a Função de Apoio (80,5), e menor, para a categoria Intervenções Terapêuticas (67,8). Em relação aos itens, 68 (93,2%) foram avaliados como bom (>50 – 75) e muito bom (>75 -100) para o nível de competência. Na análise da correlação entre os itens da escala, apresentou-se de moderada a forte, consideradas as categorias entre si. Com destaque para a correlação entre as Intervenções Terapêuticas com as Funções Educativas (0,71), com as Funções Diagnósticas (0,74) e com as Funções Gerenciais (0,78); bem como da categoria Atuação no Trabalho com as Funções Gerenciais (0,74), com as Intervenções Terapêuticas (0,79) e com a Garantia da Qualidade (0,71), que apresentaram uma correlação forte entre si. Em relação à validade de construto, utilizou-se o modelo das equações estruturais para variáveis latentes. O modelo ajustado e seus índices encontrados para o nível de competência foi: c2 = 6.107,702; g.l. = 2.628; c2/g.l. = 2,4103; CFI   0, 411; TLI = 0,389; RMSEA = 0,113 e SRMR = 0,122, e levou em conta a complexidade do modelo e o número de parâmetros estimados, os quais indicaram um modelo ajustado satisfatoriamente para a amostra estudada. Das 73 variáveis, a maioria (43) apresentou uma correlação variável-fator bastante expressiva, com cargas fatoriais acima de 0,5. Nessa etapa, os valores do coeficiente alfa de Cronbach foram superiores a 0,70, com exceção da categoria Função de Apoio, tanto para o nível de competência (0,65) como para a frequência do uso efetivo dos itens na prática clínica (0,67). Concluiu-se que o processo de validação do NCS foi alcançado, e a versão para a língua portuguesa do Brasil, denominada Escala de Competência do Enfermeiro (ECE) mostrou-se válida, confiável e de fácil aplicação na amostra estudada. Acredita-se que a ECE pode ser utilizada como ferramenta de avaliação das competências de graduandos de enfermagem, apesar da regionalidade dos dados ser um aspecto limitante desse estudo. Portanto, sugere a realização de novos estudos que permitam uma análise mais profunda das qualidades psicométricas da escala em outros grupos de estudantes de enfermagem brasileiros, em diferentes contextos para, assim, permitir comparações entre resultados de pesquisas sobre o uso da versão brasileira do NCS. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 347971 - BERTHA CRUZ ENDERS
Externo à Instituição - MARCELO VIANA DA COSTA - UERN
Externo à Instituição - PAULO SÁVIO ANGEIRAS DE GÓES - UFPE
Presidente - 347635 - REJANE MARIA PAIVA DE MENEZES
Externo ao Programa - 347162 - ROSANA LUCIA ALVES DE VILLAR
Notícia cadastrada em: 17/11/2017 15:09
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