PRODUÇÃO DE FORRAGEM E PERFILHAMENTO DE CAPIM-PIATÃ E MARANDU SUBMETIDOS A INTENSIDADES DE PASTEJO COM OVINOS
Perfilhos, manejo de pastejo, massa de forragem
O Brasil é o principal produtor de carne e leite à pasto e devido a crescente demanda por alimentos, a concorrência com mercados externos e as questões ambientais torna-se necessário intensificar a produção animal, ou seja, produzir mais carne e leite, de melhor qualidade, sem aumentar as áreas de plantio. O nordeste possui condições edafoclimáticas que dificultam o cultivo da maioria das forrageiras utilizadas em outras regiões do país, porém existe a possibilidade de utilizar forrageiras melhoradas e mais produtivas que as espécies nativas, desde que estudos sobre o crescimento e fisiologia da planta sejam realizados. Um dos métodos mais eficientes de identificar a persistência e a produtividade de uma forrageira a determinado manejo e local é o estudo das características estruturais, dentre elas a densidade e a dinâmica do perfilhamento associadas à produção de massa de forragem. O objetivo deste trabalho foi avaliar o perfilhamento e produção de massa dos capins Brachiaria brizantha cv. Piatã e cv. Marandu com duas alturas no pós-pastejo. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições. O período experimental foi de março a outubro de 2012. A meta de altura no pré-pastejo 50 cm e no pós-pastejo 15 e 25 cm, para cada cultivar. Foram analisadas as seguintes variáveis: densidade populacional de perfilhos, massa de forragem, componentes morfológicos, acúmulo e taxa de acúmulo. Foram obtidos três ciclos de pastejo. O capim marandu apresentou uma maior massa de forragem no pré-pastejo e uma menor produção de colmo em relação à piatã. Não foi observada diferença entre as duas cultivares quanto à produção de lâmina foliar. Não houve diferença na produção de massa de forragem, lâmina foliar, colmo e material morto entre as duas alturas de pós-pastejo. Os pastos manejados a 25 cm apresentaram maior acúmulo e taxa de acúmulo em relação aos de 15 cm. Ao avaliar os acúmulos e taxas de acúmulos nas duas cultivares, piatã e marandu, o capim marandu apresentou valores superiores em relação à piatã, sendo superior também para a característica taxa de aparecimento de perfilhos basilares na altura de 15 cm pós-pastejo. O capim piatã manejado a 25 cm desenvolveu uma menor quantidade de perfilhos na segunda geração e uma maior quantidade de perfilhos na terceira geração em relação ao marandu. A maior densidade populacional de perfilhos foi observada nos pastos com 25 cm de pós-pastejo, não houve diferença estatística da densidade entre as duas cultivares e entre os ciclos. Sendo assim, conclui-se que os capim piatã e marandu, podem ser manejados com as alturas de pós-pastejo de 15 cm e 25 cm.