FONTES PROTEICAS ALTERNATIVAS NA ALIMENTAÇÃO DE OVINOS EM CONFINAMENTO
biodiesel, consumo, cordeiros, digestibilidade, subprodutos
Objetivou-se avaliar o consumo, desempenho e o rendimento de carcaça de ovinos alimentados com fontes proteicas alternativas. Foram utilizados 32 ovinos SRPD (sem padrão racial definido) com peso médio inicial de 22,34 ± 2,05 kg e idade média inicial de 4 meses, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com quatro tratamentos e oito repetições. Os animais foram alojados em baias individuais para acompanhamento de ganho de peso, determinação do consumo e da digestibilidade aparente da matéria seca e dos nutrientes. O feno de capim-massai e a palma forrageira foram base das dietas experimentais, que diferiram em relação às fontes proteicas: farelo de soja, torta de babaçú, torta de coco e torta de algodão. Ao atingirem aproximadamente 35 kg de PV os animais foram abatidos a fim de avaliar os rendimentos de carcaça. Observou-se efeito (P<0,05) dos tratamentos sobre os consumos de matéria seca (CMS), matéria orgânica (CMO), proteína bruta (CPB), carboidratos não fibrosos (CCNF), fibra em detergente neutro (CFDN) e extrato étereo (CEE). Os animais alimentados com farelo de soja apresentaram os maiores consumo de matéria seca (1,27 kg/dia), matéria orgânica (1,16 kg/dia), proteína bruta (0,142 kg/dia), e carboidratos não fibrosos (0,640 kg/dia). O maior CFDN e CEE foram dos animais alimentados com torta de algodão (0,440 kg/dia) e torta de coco (0,061 kg/dia), respectivamente. Houve efeito (P<0,05) para o GMD com maiores médias para os animais que foram alimentados com torta de algodão. A variável conteúdo do trato gastrintestinal sofreu efeito (P<0,05) das fontes proteicas alternativas. As tortas de algodão e torta de babaçu podem ser utilizadas como alternativas ao farelo de soja em dietas para ovinos em confinamento. Devido ao menor desempenho dos animais alimentados com torta de coco, seu uso deve ser condicionado ao valor econômico e disponibilidade como fonte de proteína.