Morfogênese e acúmulo de biomassa de cultivares de Brachiaria no Nordeste brasileiro
perfilhamento, rebrotação, seleção de cultivares, taxa de alongamento
O objetivo foi avaliar as características morfogênicas e estruturais de cultivares forrageiras nas condições edafoclimáticas do Nordeste brasileiro. O experimento foi conduzido na área experimental do Grupo de Estudos em Forragicultura (GEFOR), situado na Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias-UFRN, Macaíba/RN, com duração de 356 dias, de abril de 2016 a abril de 2017. As forrageiras avaliadas foram das espécies de Brachiaria brizantha cultivares: Marandú, Paiaguás, Piatã e Xaraés; Brachiaria decumbens cv. Basilisk. A área experimental foi de 750 m2, com 20 parcelas divididas em quatro blocos. A dimensão de cada parcela foi de 2,0 m X 2,0 m = 4,0m2. As variáveis analisadas foram: massa de forragem e componentes morfológicos (lâmina foliar, colmo e material morto), taxa de acúmulo, relação folha:colmo e vivo:morto, comprimento final da folha, filocrono, duração de vida da folha, taxa de aparecimento de folhas, taxa de alongamento de folhas, taxa de senescência, taxa de alongamento de colmos, número de folhas vivas, classificação e características de perfilhos individuais, altura do dossel, interceptação de luz e índice de área foliar. Não houve interação cultivar x corte para a massa de forragem total (MFT) (P=0,7857), entretanto, foram observadas diferenças entre cultivares (P=0312), a maior MFT foi observada na cultivar Xaraés e a menor na Paiaguás. A maior produção de lâminas foliares foi registrada no capim-xaraés (P=0,0000), e de colmo no capim-basilisk (P=0,0000). A maior porcentagem de material morto (P=0,0012) foi observada na cultivar Paiaguás. Houve efeito sazonal para avaliação das características morfogênicas, os menores Filocronos e números de folhas vivas foram registrados na época das águas, nesse período também foram registradas menor duração de vida das folhas, maior taxa de aparecimento e alongamento de folhas. Para as características de perfilhos individuais foram observadas diferenças entre cultivares (P=0.0000), o capim-xaraés apresentou maior comprimento do perfilho. Houve interação cultivar x corte (P=0,0151) para o peso seco dos perfilhos com o maior peso registrado na cultivar Xaraés. A maior densidade populacional de perfilhos foi verificada na cultivar Basilisk (P=0,0224). As respostas morfogênicas e estruturais das cultivares de Brachiaria demonstram adaptação dessas cultivares ao ecossistema da região litorânea do Nordeste Brasileiro.