DESEMPENHO DE CABRAS LEITEIRAS ALIMENTADAS COM DIFERENTES ESPÉCIES DE CACTÁCEAS
caprinocultura leiteira, Cereus jamacaru, Cereus squamosus, ingestão de água, Pilosocereus gounellei, semiárido
O objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito da utilização de cactáceas nativas e exóticas ao nível de 50% na MS de inclusão na dieta total, sobre o consumo de nutrientes, ingestão de água, produção e composição físico-química do leite, com cabras em lactação. Foram utilizadas 5 cabras Saanen pluríparas (50±4 kg) alocadas em quadrado latino de acordo com cactáceas fornecidas nas dietas, constando de cinco períodos de 17 dias, sendo 10 dias de adaptação e 7 para coleta de dados, cinco tratamentos com as seguintes cactáceas: xiquexique, mandacaru, facheiro, palma miúda e palma orelha de elefante mexicana. O consumo de matéria seca variou de 1.967,58 a 2.602,46 (g/dia) entre as cactáceas e teve uma média de 2.251,84 (g/dia). Observou-se que o consumo de matéria seca CMS (g/kg0,75) variou de 102,75 à 136,78 entre as cactáceas estudadas. O consumo de matéria seca (%PV) variou de 3,84 à 5,11 com média de 4,47. A produção de leite em (g/dia) variou de 1.692,60 a 2.090,40. O consumo de água oferecida variou entre 4.549g (xiquexique) a 8.749 (palma miúda). As cabras alimentadas com palma miúda apresentaram-se com as maiores produções de leite (g/dia) com valores médio de 2.091. Não houve diferença na composição físico-química do leite estando os teores de gordura, proteína bruta, lactose e sólidos totais a cima do mínimo permitido pela legislação para leite de cabra no Brasil. A utilização de cactáceas ao nível de 50% MS na inclusão da dieta total proporcionou consumo de nutrientes suficientes para atender as exigências dos animais para a produção de leite sem alterar a sua composição físico-química.