ESTUDO DO POLIMORFISMO NO GENE DA BETA-CASEÍNA EM REBANHOS ZEBUÍNOS LEITEIROS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
produção de leite, alergia, leite A2, sequenciamento
Diversos problemas vêm sendo relacionados ao leite, destacando-se os problemas alergênicos, ocasionados pela reação imunológica do corpo às proteínas lácteas. Sabendo-se disto e da importância do leite como fonte de proteína de origem animal, encontrar soluções para tais fatos são extremamente necessárias. Estudos apontam que as raças zebuínas apresentam alta frequência do alelo A2 da β-caseína. Este alelo em homozigose propicia um leite não nocivo à saúde humana, mostrando a importância fisiológica de sua detecção. Neste contexto, este estudo teve como objetivo identificar a presença das variantes alélicas A1 e A2 da β-caseína em rebanhos zebuínos leiteiros e correlacioná-los com características produtivas. Foram utilizados 156 animais zebuínos leiteiros (68 da raça Gir e 88 da raça Guzerá) provenientes do rebanho da Estação Experimental Felipe Camarão - EMPARN. As análises para detecção do polimorfismo foram realizadas no Laboratório de Biotecnologia Animal – ESALQ/USP. As extrações de DNA foram feitas a partir do folículo piloso dos animais, os primers foram delineados e o gene amplificado e sequenciado pelo método de Sanger. As sequências obtidas foram visualizadas e analisadas utilizando-se ferramentas de bioinformática. Resultados parciais comprovam a alta frequência do alelo A2 na raça Gir e Guzerá, portanto pode-se afirmar que é possível produzir um leite não alergênico com as raças estudadas. Após as análises das freqüências genotípicas e alélicas, será feita a correlação da presença dos alelos A1 e A2 com a produção de leite e porcentagem de gordura e proteína. Este trabalho é de grande importância, pois raras são as pesquisas que vêm sendo desenvolvidas a cerca deste fato e a seleção de raças que apresentam este alelo com alta frequência, desponta como uma alternativa viável para a produção de um leite não alergênico.