Banca de QUALIFICAÇÃO: FELIPE EMMANUEL DO ESPÍRITO SANTO GOMES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FELIPE EMMANUEL DO ESPÍRITO SANTO GOMES
DATA : 06/12/2016
HORA: 10:00
LOCAL: Sala SS1 - Depto. de Biologia Celular e Genética - CB/UFRN
TÍTULO:

ESTUDO DA VARIABILIDADE DO INTRON DO GRUPO I NO GENE MITOCONDRIAL 23S DE FUNGOS PATOGÊNICOS DO GÊNERO CRYPTOCOCCUS E A SUA RELAÇÃO COM A SUSCEPTIBILIDADE A ANTIFÚNGICOS



PALAVRAS-CHAVES:

Criptococose, genotipagem, intron do grupo I, estrutura secundária, filogenia, susceptibilidade antifúngica.


PÁGINAS: 86
RESUMO:

A criptococose, causada pelas espécies fúngicas Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii, é uma das micoses oportunísticas e/ou sistêmicas mais importantes no mundo. O sucesso do tratamento e o prognóstico dos pacientes dependem de um diagnóstico espécie/genótipo-específico do agente causador, usualmente feito pelo PCR-RFLP do gene URA5. Cada espécie possui quatro genótipos, os quais apresentam diferenças em sua ecologia, epidemiologia, distribuição geográfica e susceptibilidade antifúngica. A busca por marcadores moleculares de acesso mais direto, sem a necessidade de digestão ou sequenciamento é atrativa para um rápido reconhecimento de genótipos ou de caraterísticas relevantes como virulência e susceptibilidade a antifúngicos. Neste sentido, introns autocatalíticos do grupo I, no rRNA LSU mitocondrial foram aqui avaliados como potencial marcador molecular para os genótipos de C. neoformans e C. gattii. Foram utilizados 77 isolados brasileiros, sendo a maioria do genótipo VNI (39 cepas) seguido de 20 VGII, 5 VNIV, 4 VNII, 3 VNIII, 2 VGI, 2 VGIII e 2 VGIV. Os introns Cne.mL2449 e Cne.mL2504 foram amplificados em um só PCR com primers complementares a região do gene rRNA LSU (23S) flanqueadora dos introns. Os produtos de PCR mostraram um polimorfismo de comprimento significativo entre genótipos de C. neoformans e C. gattii. Algumas cepas apresentaram nenhum, um, dois ou os três introns em série. O sequenciamento dos produtos de PCR indicou a presença de um novo intron, nomeado de Cne.mL2439 em C. neoformans e Cga.mL2439 em C. gattii, pertencente a subclasse IB2, no gene rRNA LSU, não descrito anteriormente no genoma mitocondrial de Cryptococcus. Curiosamente, os genótipos sem intron são aqueles conhecidos como mais virulentos e menos suscetíveis a agentes antifúngicos. Em ensaios de susceptibilidade a antifúngicos, observamos também MICs superiores para os isolados sem intron para a anfotericina B, itraconazol e 5-flucitosina. Estes achados sugerem que estes elementos podem ser utilizados como potenciais marcadores moleculares para a genotipagem, virulência e/ou para a resistência à antifúngicos. Por fim, análises filogenéticas sugeriram alta similaridade de sequência entre os introns Cne.mL2449, Cne.mL2504 e Cne.mL2439/Cga.mL2439 com outros introns mitocondriais presentes nos genes COX1, COX2, COX3, NAD5, ATP9, COB, LSU de fungos distintos, sustentando a hipótese de transferência horizontal destes elementos.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1251018 - RIVA DE PAULA OLIVEIRA
Interno - 1507794 - RODRIGO JULIANI SIQUEIRA DALMOLIN
Externo ao Programa - 1804884 - VIVIAN NOGUEIRA SILBIGER
Notícia cadastrada em: 24/11/2016 14:45
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