Banca de DEFESA: LARICIA GOMES SOARES

LANDSCAPE, COMMUNITY AND TERRITORY: 

KNOWLEDGE DIALOGUES AND PARTICIPATORY MAPPING IN BAÍA FORMOSA (RN)

landscape; participatory mapping; traditional communities; potentialities; problems.

The municipality of Baía Formosa, located in the state of Rio Grande do Norte, presents socio-environmental problems and conflicts linked to the use of its natural resources. The diverse use of each portion of the territory by different agents, especially in the last decade, highlights changes, impacts and conflicts in this area. Given this context, the present research aims to develop a participatory mapping of the municipality, highlighting potentialities and problems/limitations, through reading the landscape and the diverse use of natural resources present in the territory. To this end, three groups are the focus of this analysis as groups participating in the study: agents representing the urban headquarters and the Pituba and Vila da Usina districts; the Sagi Jacu indigenous community, and the representative group of fishermen. As for the theoretical-methodological contribution, the research has as its main bases the Geoecology of Landscapes and Social Cartography, where authors such as Farias (2012, 2015), Rodriguez and Silva (2018), Acselrad and Coli (2008), Gorayeb, Meireles stand out. and Silva (2015), Costa (2016, 2021), among others. In methodological terms, the study is based on four phases inherent to the Geoecology of Landscapes, which were adapted for the research, they are: organization and inventory phase, analysis phase, diagnosis phase, and propositional phase, which occur aligned to the triad of Social Cartography: investigation-action-participation. As a result, social participatory mapping of the urban headquarters of the municipality was carried out, as well as the Pituba district, Sagi, Vila da Usina and Sagi Jacu village, all with an emphasis on the potentialities and problems identified in the localities, in addition to the collective elaboration of proposals for mitigation and better uses of natural resources. Furthermore, a social fishing map was produced, highlighting this traditional activity that marks the history of the municipality. In this way, the participatory mapping of Baía Formosa is not just a technical tool, but rather a process that promotes the connection between the community and its territory, scientific knowledge and traditional knowledge. Therefore, it is expected that the analyzes and products arising from the research can help the municipality to understand and invest in its potential, respecting its limitations, mitigating problems and conflicts, with the aim of achieving a relationship between human activities and the support capacity of the environment. more harmonious and compatible with local reality.

O município de Baía Formosa, localizado no estado do Rio Grande do Norte, apresenta problemas socioambientais e conflitos ligados ao uso dos seus recursos naturais. A utilização diversa de cada porção do território por diferentes agentes, especialmente na última década, ressalta mudanças, impactos e conflitos nessa área. Diante desse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo elaborar o mapeamento participativo do município, ressaltando potencialidades e problemas/limitações, por meio da leitura da paisagem e do uso diverso dos recursos naturais presentes no território. Para isso, três núcleos são focos nesta análise enquanto grupos participantes do estudo: agentes representativos da sede urbana e dos distritos Pituba e Vila da Usina; a comunidade indígena Sagi Jacu, e o núcleo representativo de pescadores. Quanto ao aporte téorico-metodologico, a pesquisa tem como bases principais a Geoecologia das Paisagens e Cartografia Social, onde se destacam autores como Farias (2012, 2015), Rodriguez e Silva (2018), Acselrad e Coli (2008), Gorayeb, Meireles e Silva (2015), Costa (2016, 2021), entre outros. Em termos metodológicos, o estudo se pauta em quatro fases inerentes à Geoecologia das Paisagens, que foram adaptadas para a pesquisa, são elas: fase de organização e inventário, fase de análise, fase de diagnóstico, e fase propositiva, as quais, ocorrem alinhadas à tríade da Cartografia Social: investigação-ação-participação. Como resultado, foi realizado o mapeamento participativo social da sede urbana do município, assim como, do distrito Pituba, Sagi, Vila da Usina e aldeia Sagi Jacu, todos com ênfase nas potencialidades e problemas identificados nas localidades, além da elaboração coletiva de propostas de mitigação e melhores usos dos recursos naturais. Ademais, foi produzido um mapa social de pesca, ressaltando essa atividade tradicional que marca a história de município. Desse modo, o mapeamento participativo de Baía Formosa não se apresenta apenas como uma ferramenta técnica, mas sim, um processo que promove a conexão entre a comunidade e seu território, conhecimento científico e os saberes tradicionais. Portanto, espera-se que as análises e produtos advindos da pesquisa possam auxiliar o município, a compreender e investir em suas potencialidades respeitando suas limitações, mitigando problemas e conflitos, com o fim de conquistar uma relação entre atividades humanas e capacidade de suporte do meio mais harmônica e compatível com a realidade local.