APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE POBREZA HÍDRICA (WPI) NA REGIÃO SEMIÁRIDA DO NORDESTE BRASILEIRO.
Escassez Hídrica, Análise de Componentes Principais
Mundialmente, a disponibilidade de recursos hídricos em quantidade e qualidade adequadas para o uso está cada vez mais limitada, o que faz surgir necessidades de uma abordagem mais sustentável de gestão da água e de estratégias mais justas e ecologicamente mais sensíveis de distribuição e uso da mesma. No Brasil, a região com maior escassez hídrica é a região semiárida, que hoje abrange mais de 57% da área territorial do Nordeste brasileiro. Para contribuir no desempenho das políticas e estratégias formuladas por agências de desenvolvimento, índices vêm sendo criados na expectativa de expressar as múltiplas dimensões dos recursos hídricos em uma forma facilmente interpretável. Nessa área se proliferou o uso de Índices de Pobreza Hídrica (WPI), criados considerando que uma das maiores causas de pobreza é a falta de acesso à água. O uso do WPI está se difundindo e, em consonância, algumas críticas quanto à sua formação foram surgindo. Dentre elas destaca-se a atribuição de pesos dos sub-índices, feita por um processo arbitrário atribuindo subjetividade ao critério de seleção. Ao envolver análise estatística, quando se considera as características das variáveis geradas pela Análise de Componentes Principais (ACP), verifica-se que a mesma é capaz de solucionar esse problema. Os objetivos deste trabalho são avaliar quais são as variáveis capazes de serem utilizadas para representar a Região Semiárida do Nordeste Brasileiro e comparar os resultados do WPI com o índice gerado através da Análise de Componentes Principais (ACP), para a indicação dos pesos dos sub-índices aplicáveis nessa região.