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Dissertations |
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HILDERICA LIMA CAMPOS
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CARACTERIZAÇÃO DE ÁGUAS D LAVAGEM DE FILTROS DE ETA DE FILTRAÇÃO DIRETA
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Advisor : ANDRE LUIS CALADO ARAUJO
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COMMITTEE MEMBERS :
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ANDRE LUIS CALADO ARAUJO
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CICERO ONOFRE DE ANDRADE NETO
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FERNANDO JOSÉ ARAÚJO DA SILVA
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MARCO ANTÔNIO CALAZANS DUARTE
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Data: Feb 9, 2015
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Show Abstract
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O tratamento de água para abastecimento é considerado como um grande benefício tendo em vista que, se for realizado de forma eficiente, propicia saúde às pessoas. Entretanto, ao considerar que uma ETA (Estação de Tratamento de Água) é uma indústria, pois em seu processo produtivo há insumos e resíduos, é necessário que haja avaliação e monitoramento constantes em cada ETA para verificar a melhor e mais adequada maneira de tratar e dispor seus resíduos, minimizando, portanto, os potenciais impactos ao meio ambiente. Os resíduos mais relevantes em ETA de filtração rápida são os provenientes das águas de lavagem de filtros. A realidade mais observada em nosso país é o lançamento destes resíduos (sem tratamento) em mananciais, os quais são utilizados, na maioria das vezes, como fonte de abastecimento de uma população mais a jusante. O presente estudo avaliou parâmetros quantitativos e qualitativos de água de lavagem de filtros em três ETA - Itaitinga, Maranguape e Pacatuba – CE. Das ETA estudadas, verificou-se que a ETA Maranguape, em termos de capacidade instalada, é a de maior porte. A ETA Itaitinga é a que mais consome água na lavagem de filtros. A ETA Pacatuba exibiu maior concentração de sólidos sedimentáveis e suspensos totais, além de DQO e alumínio na água de lavagem dos filtros. Vale salientar que os parâmetros sólidos sedimentáveis e SST de todas as ETA estão fora do padrão de lançamento de efluentes em corpo aquático preconizado pela resolução 154/2002 da SEMACE (Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará). Conclui-se que a água de lavagem dos filtros das ETA em estudo ultrapassa os valores permitidos em legislação para serem descartados diretamente em manancial. Sugere-se como alternativa de tratamento de resíduos, a construção de lagoas de sedimentação de lodo e ainda como forma de reaproveitamento da água o processo de recirculação.
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JOSEANE DUNGA DA COSTA
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EVOLUÇÃO ESPAÇO-TEMPORAL DA OCUPAÇÃO URBANA SOBRE ÁREAS NATURAIS NO MUNICÍPIO DE NATAL-RN
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Advisor : RICARDO FARIAS DO AMARAL
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COMMITTEE MEMBERS :
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RICARDO FARIAS DO AMARAL
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MARIA DEL PILAR DURANTE INGUNZA
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VANILDO PEREIRA DA FONSECA
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EDUARDO RODRIGUES VIANA DE LIMA
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Data: Feb 12, 2015
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Show Abstract
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A morfodinâmica da paisagem pode ser usada como um indicador para verificar a intensidade e importância das mudanças exercidas pelo homem sobre o meio ambiente ao longo do tempo, principalmente em cidades que sofrem expansão acelerada, inclusive as que utilizam a paisagem natural como um dos motivadores desta expansão, o que favorece a pressão do mercado imobiliário, sobre praias, estuários, rios, lagoas, dunas, mangues e restingas, aumentando assim, cada vez mais a impermeabilização do solo. Portanto, o uso e a ocupação inadequada de áreas urbanas sensíveis, em especial, as matas ciliares, cobertura vegetal presente nas margens dos cursos d’água, as quais desempenham papel como reguladoras do fluxo hídrico e protetoras do ambiente natural; e as dunas, que garantem a rápida recarga de aquíferos subterrâneos; deve ser coibido, para que se evite a redução na qualidade e quantidade dos recursos hídricos, a estabilidade geológica e a biodiversidade na zona urbana. Este trabalho identifica e caracteriza os impactos da expansão urbana na zona Sul e Oeste da cidade do Natal, por meio de ferramentas de geoprocessamento no período entre 1969 a 2013 sobre as principais áreas ambientais. Para isto foram usadas fotografias aéreas e imagens de satélite, dados altimétricos digitais, além de informações pré-existentes. Com o banco de dados espaciais e mapas temáticos gerados, é apresentado um diagnóstico da situação ambiental e estado de conservação, ao longo dos últimos 40 anos, dos sistemas frente às pressões antrópicas. Neste diagnóstico foi observado que área de estudo sofreu intensa ocupação urbana, o que deteriorou maior parte das áreas ambientais existentes. Com isso, foi destruído praticamente 60% das dunas e remanescentes e das Áreas de Preservação Permanente (APP’s) das lagoas, além do desaparecimento de cinco lagoas, bem como alterações das suas qualidades, devido ao lançamento de resíduos líquidos e sólidos, bem como a retirada da mata ciliar. Já a APP do Rio Pitimbú praticamente se manteve inalterada, com redução de 3%, considerada razoavelmente conservada. Portanto, medidas de proteção das dessas feições são cruciais, principalmente nas áreas naturais de recarga dos mananciais subterrâneos remanescentes, que inclusive, já existem como Zonas de Proteção Ambiental (ZPA), tais como a Região do San Vale ainda composta por campo dunar significativo inserida na ZPA 01, porém que se aumente a fiscalização da área, principalmente em sua borda, onde as ocupações ainda tendem a acontecer. Cabe ressaltar, a conservação e o cercamento das áreas de drenagem natural e artificial, como as lagoas e o Rio Pitimbú (principalmente a sua APP), para seja impedido qualquer tipo de invasão em seus interiores. Espera-se que estes resultados e procedimentos possam auxiliar na tomada de decisão, de órgãos gestores no planejamento urbano e ambiental do município, especialmente.
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WEDINA RODRIGUES DE LIMA
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AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO EM SÉRIE NO NORDESTE BRASILEIRO
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Advisor : VANESSA BECKER
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COMMITTEE MEMBERS :
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ANDRE LUIS CALADO ARAUJO
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HELIO RODRIGUES DOS SANTOS
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MARCO ANTÔNIO CALAZANS DUARTE
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VANESSA BECKER
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Data: Feb 20, 2015
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Show Abstract
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As lagoas de estabilização são sistemas de tratamento biológico em que a estabilização da matéria orgânica é realizada pela oxidação bacteriológica e/ou redução fotossintética das algas. O presente trabalho teve como objetivo monitorar e avaliar a eficiência das lagoas de estabilização em série do Estado do Rio Grande do Norte. Foram efetuadas coletas do efluente tratado foram realizadas diretamente nas caixas de saída das lagoas facultativas e maturações (M1 e M2), bem como o esgoto bruto (EB) que chegava nas estações. As variáveis analisadas foram: pH, temperatura, oxigênio dissolvido, sólidos suspensos totais, clorofila “a” , cor aparente, fósforo total, nitrogênio orgânico, nitrogênio amoniacal, nitrogênio Kjeldahl, turbidez, densidade de cianobactérias e concentrações de microcistina. Foram realizadas análises de variância (ANOVA one way) observando as premissas utilizando o teste de Tukey, a fim de verificarmos diferenças entre os tratamentos. A avaliarmos as estações verificou-se remoções de DQO nas faixas de 48,8% (Pipa) a 75,8% (Caiçara Rio do Vento) e 57,5% (Pipa) a 83,0% (Santo Antônio), respectivamente. As concentrações médias da densidade de cianobactérias das LFs variaram entre 62.545 céls.mL-1(Pedro Velho Roça) a 2.669.048 céls.mL-1 (Ponta Negra), enquanto os efluentes finais apresentaram entre a faixa de 9.072 Cels.mL-1 (Pedro Velho Roça) a 1.899.981 céls.mL-1 (Macau – Ilha de Santana) e as concentrações médias do efluente final de microcistina variaram entre 0,02 µ.L-1 (Ponta Negra) a 0,15 µ.L-1(Macau – Ilha de Santana) nas estações estudadas. Das sete estações de tratamento de esgoto avaliadas, apenas Ponta Negra, apresentou o conjunto dos fatores considerados. Em síntese os sistemas de lagoas de estabilização do Estado do Rio Grande do Norte apresentaram peculiaridades operacionais, que influenciaram nas condições na remoção de material orgânico, as quais interferiram na eficiência nos sistemas, sendo provável que seja uma combinação de aspectos operacionais, relacionados ao nível de controle operacionais e manutenção.
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FRANCISCO FRANCIMAR DA FONSECA SILVA
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Ocorrência de desreguladores endócrinos e fármacos nos esgotos e nas águas subterrâneas (aquífero Dunas-Barreiras) de Natal/RN.
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Advisor : HELIO RODRIGUES DOS SANTOS
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COMMITTEE MEMBERS :
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HELIO RODRIGUES DOS SANTOS
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MANOEL LUCAS DANTAS FILHO
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RENNIO FELIX DE SENA
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SERGIO FRANCISCO DE AQUINO
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Data: Feb 27, 2015
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Show Abstract
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O desenvolvimento das sociedades em todo o mundo vem aumentando a cada dia a poluição ambiental, a água por sua vez esta inserida neste contesto e vem sendo alvo, cada vez mais, da preocupação de instituições e estudiosos. Um dos graves problemas relatados que está sendo alvo de diversos estudos em todo o mundo é a contaminação das águas por microcontaminantes orgânicos (poluentes orgânicos persistentes, fármacos e produtos de higiene pessoal, desreguladores endócrinos, nanomateriais), estes são contaminantes presente em amostras ambientais de águas superficiais, águas subterrâneas, água potável, águas residuárias e efluentes de ETE em concentrações extremamente baixas, da ordem de ppb (µg) e ppt (ng), não sendo removido em ETA´s e ETE´s convencionais. Vários estudos em todo o mundo citam problemas, em animais, relacionados a presença de microntaminantes orgânicos em sistemas aquáticos como; alteração no sistema reprodutor, redução da fertilidade em mulheres e em fêmeas de outras espécies, redução da produção de espermatozoides em animais, hermafroditismo em espécies de peixes, alteração de sexo em animais, incidência de câncer etc. Em Natal/RN a exemplo do que esta acontecendo pelo mundo, existe graves problemas de contaminação de águas, o principal problema relatado em estudos na região diz respeito a contaminação das águas do lençol freático por nitrato, isto ocorre devido a vulnerabilidade do aquífero dunas-barreiras que encontra-se localizado numa região de solo arenoso o que possibilita que estas águas sejam contaminadas com grande facilidade, outro fator que esta relacionado com isto, é o baixo índice de saneamento básico na região. Assim, os esgotos domésticos são direcionados para fossas sépticas convencionais contribuindo assim para a recarga do aquífero. O estudo avalia a presença de micocontaminantes orgânicos, mais precisamente fármacos (Ácido Acetilsalicilico, ibuprofeno, cafeína, genfibrozila, naproxeno, paracetamol, diclofenaco e prometazina) e DE´s (Estradiol, etinilestradiol, Estrona, Estriol, 4-Nonilfenol, 4-Octilfenol e Bisfenol A), nas águas subterrâneas e esgotos da cidade de Natal, para determinação dos contaminantes foi realizada a extração deles nas amostras de água do aquífero, e do esgoto bruto e tratado através da técnica SPE utilizando cartuchos Strata X (Phenomenex®), para água do aquífero, e Strata SAX e Strata X (Phenomenex®), em esgotos. Posteriormente os extratos foram analisados utilizando a técnica de CG-MS.
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PRICILA MEIRELLES MONTEIRO DOS SANTOS
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RECUPERAÇÃO DE FÓSFORO DE PERCOLADOS DE LODO DE ESGOTO POR PRECIPITAÇÃO DE ESTRUVITA EM REATOR DE LEITO FLUIDIFICADO
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Advisor : HELIO RODRIGUES DOS SANTOS
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COMMITTEE MEMBERS :
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HELIO RODRIGUES DOS SANTOS
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ANDRE LUIS CALADO ARAUJO
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KARINA PATRICIA VIEIRA DA CUNHA
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MARCO ANTÔNIO CALAZANS DUARTE
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Data: Feb 27, 2015
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Show Abstract
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A descarga de compostos contendo fósforo é um dos principais fatores que contribuem para a eutrofização de corpos hídricos superficiais. O potencial de aproveitamento do fósforo do esgoto como fertilizante tem levado ao desenvolvimento de pesquisas. Diversos estudos apontam a estruvita como uma alternativa viável e eficiente de remoção de fósforo, pois é um potencial fertilizante natural, com considerável valor econômico agregado. Liu et al. (2008) propuseram um reator que permitia a recirculação dos cristais de estruvita e o stripping do CO2, denominado reator com reciclagem interna de sementes. No entanto não foram realizados testes com percolados reais de esgoto no sistema proposto. O presente estudo tem o objetivo de investigar a aplicabilidade do reator de leito fluidificado com recirculação interna de sementes (RLFRIS) (proposto por Liu et al., 2008) para remoção de fósforo por precipitação de estruvita a partir do percolado de lodo de esgoto de uma ETE em escala plena (ETE do Baldo). Para tanto, inicialmente investigou-se as condições mais adequadas para sedimentação e formação dos cristais de estruvita em reator de batelada (jar test). A partir desses resultados, foram determinadas as taxas de aplicação superficial e tempo de detenção hidráulica a ser empregados no RLFRIS para a remoção de fósforo por precipitação de estruvita. Em geral, a sedimentação em Jar test foi vantajosa na eficiência de remoção de turbidez e fósforo em torno de 89% e 73% respectivamente. As remoções de fósforo e magnésio em concentrações iniciais P [100mg/L] no RLFRIS com percolado sintético e percolado de lodo tiveram valores (76% e 73% respectivamente). Já o ensaio no RLFRIS com percolado sintético com P [200mg/L] removeu 91% fósforo, e 73% magnésio. Contudo podemos concluir que o RLFRIS se mostrou eficiente na remoção dos compostos e provável precipitação de cristais de estruvitA.
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RUDAH MARQUES MANIÇOBA
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RELAÇÃO ENTRE A TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DO MAR E A PRECIPITAÇÃO PLUVIAL NO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
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Advisor : ARTHUR MATTOS
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COMMITTEE MEMBERS :
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ARTHUR MATTOS
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JOANA DARC FREIRE DE MEDEIROS
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JOSÉ ESPÍNOLA SOBRINHO
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Data: Mar 27, 2015
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Show Abstract
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Relacionaram-se as variabilidades sazonais e interanuais das precipitações no estado do Rio Grande do Norte com as ATSM dos oceanos Atlântico Sul e Pacífico Equatorial. Tabelas de contingência 3 x 3, avaliadas pelo escore das Características Operacionais Relativas, foram usadas para investigar as ocorrências simultâneas e defasadas de até 12 meses das 3 categorias de precipitação (abaixo, quase e acima da normal) em 4 regiões homogêneas (grupo 1, grupo 2, grupo 3 e grupo 4) do Rio Grande do Norte e as 3 categorias de ATSM (abaixo, quase e acima da normal) no oceano Atlântico Sul, e Pacífico Equatorial (La Niña, normal e El Niño). A divisão dos grupos homogêneos de precipitação foi feita através do método de Ward de agrupamento de dados. O grupo 4 é considerado o mais chuvoso, seguido dos grupos 1, 3 e 2, que é o mais seco. O período chuvoso dos grupos 1 e 2 é o mesmo, concentrando-se nos meses de Janeiro a Maio. No grupo 3 a precipitação concentra-se nos meses de janeiro a julho e o grupo 4 nos meses de março a julho. O grupo 3 apresente sete meses considerados chuvosos, mas o total anual não é o mais alto do Estado. As precipitações no Rio Grande do Norte sofrem influências de ambos os oceanos, principalmente os grupos 1, 3 e 4. Observou-se que o Atlântico Sul exerce maior influência no período chuvoso, sendo o grupo 4 o mais influenciado. Neste grupo as precipitações acima da normal estão significativamente relacionadas com ATSM acima da normal, defasadas de até 11 meses e precipitações abaixo da normal com ATSM abaixo da normal, simultaneamente e defasadas de até 6 meses. Os eventos El Niño no oceano Pacífico Equatorial estão significativamente relacionados com precipitações abaixo da normal nos grupos 1 e 2, no 1º trimestre, defasadas de até 9 meses. Precipitações acima da normal estão relacionados com eventos La Niña nos grupos 3 e 4, durante o 4º trimestre, com defasagem de até 10 meses.
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ALINE DO VALE FIGUEIREDO BARBOSA
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INFLUÊNCIA DE EVENTOS HIDROLÓGICOS EXTREMOS NA QUALIDADE DA ÁGUA DE RESERVATÓRIOS NA REGIÃO TROPICAL SEMIÁRIDA
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Advisor : VANESSA BECKER
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COMMITTEE MEMBERS :
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VANESSA BECKER
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ARTHUR MATTOS
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EDUARDO VON SPERLING
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ODETE ROCHA
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Data: May 8, 2015
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Show Abstract
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Reservatórios são ecossistemas artificiais, intermediários entre rios e lagos, apresentando características morfométricas e hidrológicas distintas. No Nordeste brasileiro, em especial na região semiárida, as secas de 1825, 1827 e 1830 marcaram o início da construção de reservatórios, comumente chamados de “açudes” e foi vital para a ocupação e desenvolvimento de atividades econômicas, capaz de aumentar a resistência do homem à seca. Entretanto, a utilização dessa água para abastecimento humano, dessedentação de animais, lazer, produção agrícola irrigada e desenvolvimento da piscicultura, influenciam diretamente no aumento do carregamento de nutrientes para os ambientes aquáticos e, consequentemente, contribuem para a aceleração da eutrofização. Os fatores climáticos e hidrológicos também desempenham papéis importantes nas características limnológicas da água. Além disso, modelos de mudanças climáticas globais estão prevendo a maior ocorrência de eventos extremos (chuvas intensas e seca severa), que criará estresses hidrológicos em lagos. No semiárido nordestino já se percebe a ocorrência desses eventos, a seca dos anos de 2012, 2013 e 2014 foi a pior seca dos últimos 60 anos, segundo a Agência Nacional de Águas (ANA). Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água de mananciais do semiárido tropical, identificando padrões temporais em períodos com eventos hidrológicos extremos (chuva intensa e seca prolongada). Os resultados mostraram que, de forma geral, os mananciais de abastecimento Gargalheiras e Cruzeta apresentaram melhores condições na qualidade da água no período chuvoso, com melhora no aspecto visual e na maioria das variáveis da qualidade da água, e decaimento da qualidade no período de seca severa, com maiores concentrações de nutrientes e elevados valores de condutividade elétrica. Entretanto, constatou-se um comportamento de Cruzeta distinto do de Gargalheiras e atípico para a maioria dos reservatórios no semiárido, os quais, principalmente nos períodos de seca, apresentam elevadas concentrações de biomassa algal, indicativo de eutrofização acelerada. Este fato se deu principalmente pela baixa profundidade e, consequentemente, proximidade com o sedimento facilitar a característica túrbida em toda a coluna d’água em decorrência da ressuspensão de sólidos inorgânicos.
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LARYNNE DANTAS DE SENNA
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USO DO ÍNDICE DE POBREZA HÍDRICA (WPI) ATRAVÉS DA ANÁLISE DE COMPONENTES PRINCIPAIS
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Advisor : ADELENA GONCALVES MAIA
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COMMITTEE MEMBERS :
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ADELENA GONCALVES MAIA
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JOANA DARC FREIRE DE MEDEIROS
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PAULO SERGIO LUCIO
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CARLOS DE OLIVEIRA GALVÃO
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Data: Jun 2, 2015
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Show Abstract
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Para contribuir no desempenho das políticas e estratégias formuladas por agências de desenvolvimento, índices vêm sendo criados na expectativa de expressar as múltiplas dimensões dos recursos hídricos em uma forma facilmente interpretável. O uso do Índice de Pobreza Hídrica (WPI) está se difundindo mundialmente, sendo o mesmo formado pela combinação dos subíndices Recurso, Acesso, Capacidade, Uso e Ambiente. Algumas críticas quanto à formação do WPI foram surgindo, dentre elas destaca-se a atribuição de pesos dos subíndices, feita por um processo arbitrário atribuindo subjetividade ao critério de seleção. Ao envolver análise estatística, quando se considera as características das variáveis geradas pela Análise de Componentes Principais (ACP), verifica-se que a mesma é capaz de solucionar esse problema. O objetivo deste trabalho é comparar os resultados do WPI original com o índice gerado através da Análise de Componentes Principais (ACP), para a indicação dos pesos dos subíndices aplicáveis na bacia hidrográfica do Rio Seridó (RN e PB). Conclui-se que o uso da Análise de Componentes Principais na atribuição dos pesos do Índice de Pobreza Hídrica permitiu identificar que os sub- índices Recurso, Acesso e Ambiente são os mais representativos para a bacia hidrográfica do Rio Seridó, e que este novo índice, o WPI’, apresentou faixas de valores mais abrangentes, permitindo identificar mais facilmente as disparidades entre os municípios. Além disso, a avaliação dos subíndices na área de estudo tem grande potencial de informar ao tomador de decisão na gestão dos recursos hídricos, as localidades mais críticas e que merecem maiores investimentos nos aspectos analisados, já que o índice em si não permite captar essa informação.
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DAVID JEFFERSON CARDOSO ARAÚJO
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TRANSPORTE LONGITUDINAL DE SEDIMENTO NA ZONA COSTEIRA DE NATAL/RN
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Advisor : ADA CRISTINA SCUDELARI
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COMMITTEE MEMBERS :
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ADA CRISTINA SCUDELARI
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MAURICIO FELGA GOBBI
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PEDRO DE SOUZA PEREIRA
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VENERANDO EUSTAQUIO AMARO
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Data: Jun 22, 2015
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Show Abstract
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O transporte longitudinal de sedimento (TLS) é fator condicionante para ocorrência de mudanças morfológicas em ambientes costeiros. Compreender seus mecanismos de movimento e transporte representa a uma fonte de informação essencial para elaboração de projetos e planos de gerenciamento costeiro. Este estudo tem como propostas caracterizar, inicialmente, a circulação hidrodinâmica atuante na região de estudo, compreendida por quatro setores praiais do litoral sul de Natal, e a partir dai avaliar o TLS médio anual obtido por meio de três reconhecidas equações (CERC, Kamphuis e Bayram et al.), definir qual formulação melhor se aplica a área de estudo em questão, e analisar a variabilidade sazonal, bem como a evolução decadal do transporte. A zona costeira selecionada para esse trabalho constitui-se como um dos principais corredores turísticos da cidade, porém vem sofrendo sérios agravos decorrentes dos efeitos associados entre agentes hidrodinâmicos e sua ocupação desordenada. Como ferramenta foi utilizado o Sistema de Modelagem Costeira do Brasil (SMC-Brasil), no qual se apresentam integrados uma série de modelos numéricos e uma base de dados devidamente calibrados e validados para serem utilizados na elaboração de projetos ao longo da zona costeira brasileira. As taxas de TLS foram obtidas para 15 perfis praiais distribuídos ao longo da área de estudo. Suas extensões levaram em consideração a profundidade de fechamento calculada pela equação de Harllermeier, e a adoção de propriedades físicas do sedimento típicos de praias arenosas, com exceção do diâmetro médio dos grãos, o qual foi calculado por meio de um algoritmo de otimização baseado na formulação de perfil de equilíbrio proposta por Dean. De forma geral, os resultados mostraram uma intensificação dos agentes hidrodinâmicos sob condições de agitação marítima extremas, principalmente junto aos promontórios existentes na região. Dentre as equações analisadas, Bayram et al. foi definida como a mais adequada, com predominância de transporte no sentido sul-norte e as maiores taxas da ordem de 700.000 m3/ano a 2.000.000 m3/ano. A análise sazonal também indicou um predomínio de transporte longitudinal no sentido sul-norte, com as maiores taxas associadas às estações de outono e inverno. Nesses períodos se observam estados erosivos de praia, o que indica, portanto, uma relação direta entre a dinâmica sedimentar e a ocorrência de estados de mar mais energéticos. No que tange a evolução decadal do transporte, foi constatado uma diminuição da taxa de transporte da década de 50 a década de 70, seguido de um aumento até a década de 2000, que coincide com o inicio do processo de urbanização de alguns trechos do litoral contemplados.
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FERNANDA CUNHA MAIA
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QUAL ÁGUA BEBER: ENVASADAS OU DA TORNEIRA? O CASO DE NATAL, BRASIL.
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Advisor : MANOEL LUCAS DANTAS FILHO
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COMMITTEE MEMBERS :
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HELIO RODRIGUES DOS SANTOS
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JEAN LEITE TAVARES
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JOANA DARC FREIRE DE MEDEIROS
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MANOEL LUCAS DANTAS FILHO
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Data: Sep 14, 2015
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Show Abstract
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O consumo da água envasada para beber cresceu nos últimos anos. E nos países em desenvolvimento ela vem sendo uma alternativa à água distribuída pelas concessionárias. Isso se deve pelo aumento do poder aquisitivo da população e pela presunção de que a água envasada possui uma qualidade melhor que a água da torneira. Dessa forma, este estudo faz uma análise comparativa entre a água envasada comercializada e a água do sistema público de abastecimento, no intuito de saber se há uma melhor opção para o consumo humano. Foram realizadas análises simultâneas de amostras tanto da água envasada quanto da água da torneira em unidades domiciliares escolhidas aleatoriamente. As amostras da água da torneira tiveram maiores concentrações de nitrato que as amostras das águas envasadas e isto pode ser explicado pela expansão territorial da cidade. Porém, surpreendentes 38,3% (±9,5%) das amostras de águas envasadas apresentaram contaminação por coliformes fecais, enquanto na água da torneira verificou-se a presença de coliformes fecais em 7,5% (±9,5) das amostras. Para as águas engarrafadas, os órgãos de fiscalização se responsabilizam pelo cumprimento dos padrões de potabilidade do envase ao armazenamento, mas não há fiscalização quanto ao manuseio e consumo do produto. O fato é que houve uma contaminação, sem causa conhecida, e assim surge o debate se a troca da água da torneira pela água engarrafada é válida ou não.
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ALANA RAYZA VIDAL JERÔNIMO DO NASCIMENTO
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ATRIBUTOS FÍSICOS E QUÍMICOS DE ÁREAS DEGRADADAS PELA MINERAÇÃO DE SCHEELITA NA REGIÃO TROPICAL SEMIÁRIDA
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Advisor : KARINA PATRICIA VIEIRA DA CUNHA
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COMMITTEE MEMBERS :
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KARINA PATRICIA VIEIRA DA CUNHA
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AIRON JOSÉ DA SILVA
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FABÍOLA GOMES DE CARVALHO
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Data: Sep 18, 2015
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Show Abstract
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A mineração promove alterações significativas na paisagem e na qualidade do solo, além de ser considerada uma das principais fontes antrópicas de metais pesados no ambiente. A ausência de medidas de proteção sanitária e ambiental no controle dos impactos gerados contribui para o aumento do risco de degradação não apenas na área de lavra, mas em toda a extensão da área de influência da mineração. Neste contexto, diagnósticos de qualidade do solo e dos resíduos da mineração são imprescindíveis para orientar medidas que promovam a redução dos impactos e a recuperação das áreas degradadas. No município de Currais Novos, localizado na região semiárida do Estado do Rio Grande do Norte, algumas mineradoras realizam a exploração da scheelita desde a década de 1940. A mina Olho d’Água foi desativada em 1976 e a mina Barra Verde está em atividade. Nessas minas, as atividades de lavra e de beneficiamento da scheelita geraram pilhas de estéril e rejeito que estão depositadas no solo sem qualquer medida de proteção. Este trabalho teve como objetivo avaliar atributos físicos e químicos do solo e os teores de metais pesados nas minas Barra Verde e Olho d’Água a fim de identificar estágios de degradação nas áreas mineradas e estabelecer indicadores de qualidade que facilitem a recuperação e monitoramento ambiental na região. Os resultados demonstraram que a ausência de medidas de controle e de recuperação nas minas contribui para a intensificação dos processos erosivos, o que amplia o potencial de difusão de contaminantes para os demais componentes da bacia hidrográfica. As áreas de deposição de estéril e rejeito na mina ativa apresentaram nível de degradação do solo mais acentuado dentre as áreas mineradas. Na mina desativada, o crescimento espontâneo da vegetação tem favorecido a pedogênese dos substratos remanescentes da mineração e a recuperação da qualidade do solo, indicando que a técnica de revegetação é adequada para estabilização e recuperação das funções ecossistêmicas das áreas mineradas. Os teores de Cd, Cu e Pb acima dos valores de investigação estabelecidos pela legislação brasileira apontam para a necessidade de medidas de remediação nas áreas mineradas. A sensibilidade na distinção entre a área natural e minerada dos atributos fósforo disponível, pH, acidez potencial, argila, nitrogênio total, matéria orgânica, densidade do solo, porosidade total e densidade de partículas e os metais Cd, Cu e Pb faz com que sejam considerados bons indicadores de qualidade do solo a serem utilizados em programas de recuperação e monitoramento ambiental das áreas mineradas.
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XAILA SANT´ ANNA AMARAL
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AVALIAÇÃO DE SISTEMAS DE TRATAMENTO DE ESGOTO E APROVEITAMENTO DE ÁGUA DE CHUVA EM UNIDADES EDUCACIONAIS
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Advisor : ANDRE LUIS CALADO ARAUJO
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COMMITTEE MEMBERS :
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ANDRE LUIS CALADO ARAUJO
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ADELENA GONCALVES MAIA
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CICERO ONOFRE DE ANDRADE NETO
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JEAN LEITE TAVARES
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Data: Oct 23, 2015
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Show Abstract
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Em várias regiões do mundo, a atividade de reuso cresce como uma alternativa frente a escassez e inacessibilidade de recursos naturais. No nordeste brasileiro não tem sido diferente, considerada a região mais vulnerável do território nacional, o reuso de esgoto e o aproveitamento de água de chuva vêm se configurando como atividades necessárias para conservar a água, uma vez que se trata de uma região onde os recursos hídricos são escassos ou de difícil acesso. Em unidades educacionais, localizadas em áreas pouco adensadas e/ou desprovidas de rede coletora de esgotos, tem-se utilizado sistemas de tratamento de esgotos de baixo custo e localizados nas próprias unidades produtoras. Embora simples, esses sistemas podem conferir aos efluentes qualidades compatíveis para a sua disposição no solo ou até mesmo para a irrigação. Essa tem sido uma realidade presente em vários campi do IFRN, onde os esgotos são tratados localmente, em unidades simplificadas, e os efluentes, bem como a água captada de chuva, têm sido infiltrados no solo e/ou utilizados para a irrigação de áreas verdes (jardins e campos de futebol). Tais práticas têm contribuído para a diminuição do consumo de água nos respectivos campi. No entanto, dúvidas e preocupações ainda existem quanto ao risco de contaminação dessas áreas e de transmissão de doenças para os usuários. Diante dessa problemática, objetivou-se com este estudo avaliar os sistemas de tratamento de esgoto e de aproveitamento de água de chuva nos campi do IFRN, a fim de contribuir para compatibilização do uso racional das águas disponíveis e assim, servir de modelo para outras unidades educacionais. Para isso, foram verificadas, nas unidades do IFRN, as tecnologias de tratamento de esgoto e da captação e armazenamento de água de chuva utilizadas, dimensões, localização, população contribuinte, destino do efluente final das unidades de tratamento de esgoto e o uso da água de chuva. Os sistemas foram avaliados com frequência mensal, de março à setembro de 2014, sendo coletadas amostras do afluente e efluente das estações de tratamento de esgoto e dos reservatórios de água de chuva. Dessa forma, pretendeu-se avaliar os sistemas de tratamento de esgoto e o aproveitamento de água de chuva. Como produto final, destaca-se que a caracterização dos esgotos das unidades educacionais se comportou de modo diferente de esgotos domésticos, apresentando eficiências abaixo do esperado pela tecnologia empregada, como por exemplo, a DQO que foi removida na faixa de 22 a 52%. Em relação ao aproveitamento da água de chuva, verificou-se que a água captada apresentou qualidade compatível para irrigação de áreas verdes. Portanto, conclui-se que essa avaliação promoveu a apresentação de proposições gerais para utilização nos campi do IFRN de operação, manutenção e monitoramento de seus sistemas de tratamento de esgoto e aproveitamento de água de chuva.
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MARCOS ANDRÉ CAPITULINO DE BARROS FILHO
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INFLUÊNCIA DA PRESSÃO E DA VAZÃO DE CONCENTRADO SOBRE O DESEMPENHO DE ULTRAFILTRAÇÃO NO PÓS-TRATAMENTO DE ESGOTOS
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Advisor : CICERO ONOFRE DE ANDRADE NETO
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COMMITTEE MEMBERS :
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ANDRE LUIS CALADO ARAUJO
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CICERO ONOFRE DE ANDRADE NETO
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HELIO RODRIGUES DOS SANTOS
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MARIO TAKAYUKI KATO
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Data: Dec 14, 2015
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Show Abstract
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Apesar das inúmeras vantagens advindas do uso da tecnologia de membranas filtrantes, algumas limitações inerentes ao processo de incrustação tornam-se relevantes para sua aplicabilidade. O controle das condições operacionais consiste em importante ferramenta para mitigar o fouling e alcançar bons níveis de eficiência. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi investigar o efeito da pressão transmembrana e da vazão de concentrado no desempenho da ultrafiltração, aplicada ao pós-tratamento de esgoto sanitário. O processo foi avaliado e otimizado variando-se a pressão (0,5 e 1,5 bar) e a vazão de concentrado (300 e 600 L/h), por meio de um planejamento fatorial 22, a fim de investigar os efeitos no fluxo permeado e na qualidade dos efluentes gerados, em cada condição operacional. Avaliaram-se os seguintes indicadores de qualidade para os permeados: pH, Condutividade Elétrica, Sólidos Suspensos Totais, Turbidez, Cálcio e Demanda Química de Oxigênio (DQO). Em todos os ensaios, observou-se diminuição acentuada do fluxo permeado nos instantes iniciais, seguida de uma queda lenta que se prolongou até atingir um patamar relativamente constante por volta dos 120 minutos de filtração. O aumento da pressão resultou em maior fluxo permeado inicial, porém a queda do fluxo com o tempo foi maior para os ensaios realizados a pressão mais elevada, evidenciando um processo de incrustação mais pronunciado. Por outro lado, o aumento da vazão de concentrado resultou em queda mais lenta de fluxo permeado com o tempo de filtração. Com relação a qualidade dos permeados, a pressão transmembrana de 0,5 bar foi a que permitiu melhores resultados, sendo confirmado estatisticamente, por meio do teste da ANOVA two-way com medidas repetidas, efeito significativo da pressão sobre a turbidez do permeado. A vazão de concentrado, por sua vez, não apresentou influência significativa sobre nenhum dos parâmetros de qualidade. Dessa forma, considerando que o efeito do aumento da vazão de concentrado no retardamento do fouling não resultou em melhoria significativa do fluxo permeado, conclui-se que a condição operacional otimizada para a geração de permeados com maior grau de pureza, associado a geração de um menor volume de resíduo, consiste naquela em que se aplica uma pressão transmembrana baixa associada a uma vazão menor de concentrado.
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RADMILA SALVIANO FERREIRA
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QUALIDADE DA ÁGUA DE UM RESERVATÓRIO E DO SOLO DA ZONA RIPÁRIA SOB DIFERENTES USOS NA REGIÃO SEMIÁRIDA DO RIO GRANDE DO NORTE
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Advisor : VANESSA BECKER
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COMMITTEE MEMBERS :
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VANESSA BECKER
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FABIANA OLIVEIRA DE ARAUJO SILVA
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JOANA DARC FREIRE DE MEDEIROS
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MARCO ANTÔNIO CALAZANS DUARTE
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Data: Dec 17, 2015
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Show Abstract
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Reservatórios são ecossistemas artificiais intermediários entre rios e lagos amplamente utilizado no semiárido brasileiro como forma de suprir a escassez hídrica da região. A utilização da água destes mananciais para múltiplos usos associada ao uso e ocupação sem manejo adequado da zona ripária influenciam diretamente no aumento do aporte de nutrientes para os ambientes aquáticos contribuindo para a aceleração da eutrofização. A região semiárida é marcada por condições meteorológicas peculiares como alta evaporação, temperaturas elevadas com pouca variação ao longo do ano e longo tempo de residência da água, suscetível a eventos de seca prolongada, o que tende a concentrar os nutrientes nos reservatórios favorecendo o estabelecimento de condições eutróficas. Além disso, é comum o uso e ocupação do solo com o desenvolvimento de atividades com potencial impacto ambiental sobre os recursos naturais como agricultura, pecuária e a ausência de esgotamento sanitário. O objetivo desse trabalho é avaliar a qualidade da água do Reservatório Cruzeta, localizado na região semiárida do Rio Grande do Norte, num período de seca prolongada e avaliar a qualidade do solo sob diferentes usos na sua zona ripária, ambos através do monitoramento de variáveis físico-químicas. O período de seca prolongada foi acompanhado de altos níveis de turbidez, sólidos suspensos, nutrientes e clorofila a caracterizando baixa qualidade da água. Na zona ripária do reservatório Cruzeta as áreas sob uso da agropecuária mostraram-se como uma das principais fontes difusas de nutrientes para o reservatório, apresentando os maiores teores de fósforo e nitrogênio no solo derivados da decomposição das excretas animais e do uso de fertilizantes conferindo ao manancial uma tendência ao aumento do processo de eutrofização. Os indicadores de qualidade da água e do solo são úteis para monitoramento e avaliação do estado de conservação desses recursos naturais permitindo o controle e mitigação do processo de eutrofização do reservatório. Assim, este estudo corroborou a hipótese de que a redução do nível d’água, resultante do evento da seca prolongada, agrava os sintomas da eutrofização e a utilização do solo sob os diversos usos modifica os atributos físicos e químicos do solo sendo a pecuária e a agricultura os usos com maior potencial em ceder P e N para o ambiente aquático.
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BRUNO FREITAS CARDOSO
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DESEMPENHO DE UMA LAGOA DE INFILTRAÇÃO NA ABSORÇÃO DE CHEIAS E NA RECARGA DE AQUÍFERO
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Advisor : ANTONIO MAROZZI RIGHETTO
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COMMITTEE MEMBERS :
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ABELARDO ANTÔNIO DE ASSUNÇÃO MONTENEGRO
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ADELENA GONCALVES MAIA
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ANTONIO MAROZZI RIGHETTO
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JOAO ABNER GUIMARAES JUNIOR
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Data: Dec 28, 2015
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Show Abstract
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Um tipo de solução de macrodrenagem largamente utilizado em áreas com predominância de bacias fechadas (bacias sem exutórios) é a implantação de lagoas de detenção e infiltração (LDI). Este tipo de solução tem como principal função realizar o armazenamento de deflúvios superficiais e promover sua infiltração e consequentemente, promover a recarga do aquífero, quando existente. É a prática para se evitar inundações nos baixios da bacia de drenagem. A impermeabilização da bacia reduz a recarga distribuída de aquíferos freáticos como a existente na cidade de Natal, RN. No entanto, a presença da LDI traz a vantagem de concentrar os deflúvios e promover uma recarga pontual que pode superar a recarga natural distribuída. Neste trabalho se propôs estudar uma pequena bacia de drenagem urbana, a bacia experimental de Mirassol (BEM), em Natal, RN, que tem como exutório uma LDI. Os processos de transformação da chuva em vazão, a acumulação de água na LDI e o processo de infiltração e percolação no perfil do solo até o lençol freático foram modelados e, através de observações dos eventos chuvosos, níveis de água na lagoa e do lençol freático, assim com levantamento de parâmetros, possibilitaram a modelagem desses processos combinados. A modelagem matemática foi realizada a partir de dois modelos numéricos. Foi utilizado o modelo de transformação da chuva em vazão, idealizado por RIGHETTO (2014), e, também, desenvolvido um modelo unidimensional que permite simular o processo de percolação em condição de solo insaturado acoplado ao balanço hídrico da LDI. Foi realizada a simulação contínua ao longo de um período de dezoito meses, com intervalos de tempo de um minuto. A BEM foi discretizada em quadras e trechos de rua e o perfil do solo em células verticais de 2 cm para um profundidade total de 30 m. Os hidrogramas gerados foram transformados em volumes afluentes à lagoa. Na lagoa foi realizado o balanço hídrico nesses intervalos de tempo, considerando-se a infiltração e percolação de água no perfil do solo. Como resultado, obteve-se a avaliação da LDI no processo de armazenamento de água, assim como a infiltração, redistribuição de água no solo e a recarga ao aquífero freático, possibilitando simular a sequência temporal de distribuição. Com as simulações realizadas, verificou-se o desempenho da LDI na absorção de cheias e sua contribuição no processo de recarga local do aquífero (Aquífero Dunas / Barreiras).
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