Analise in silico das interacoes entre dopaminas halogenadas e o receptor DRD2
Dinâmica Molecular; DFT; Doença de Parkinson; MFCC; Receptor de Dopamina; Ancoragem Molecular
A doença de Parkinson alcança o segundo lugar dentre as doenças degenerativas mais comuns, com uma prevalência global de mais de 6 milhões de indivíduos, e projeções que passam de 30 milhões até 2030. A opção terapêutica mais comum atualmente é um fármaco chamado levodopa, que possui eficácia comprovada no tratamento da sintomatologia, porém possui diversas limitações quanto à biodisponibilidade e estabilidade, além de apresentar efeitos adversos que despertam o questionamento sobre seu uso. Como alternativa, este estudo propõe analisar como dopaminas alteradas - substituição de um hidrogênio por halogênios (Bromo, Cloro e Flúor) - se comportam em relação a afinidade, energia e interações com o receptor de dopamina 2. Os halogênios possuem a capacidade de formar ligações halógenas com outras macromoléculas, o que parece influenciar diretamente nas propriedades farmacocinéticas, impactando positivamente na biodisponibilidade, solubilidade e ADME do fármaco. A compreensão de como estas moléculas de dopamina halogenadas se comportam com o receptor bem como informações sobre energia, afinidades e a demonstração da dinâmica destes complexos podem esclarecer aspectos necessários para o design de novos fármacos mais eficientes. Neste estudo, as moléculas de dopamina foram alteradas, e submetidas a ancoragem molecular e simulações de dinâmica molecular (DM), e posteriormente a cálculos híbridos (QM/MM) e cálculo de mecânica quântica para investigar os modos e afinidades de ligação dos quatro ligantes dos receptores DRD2: DOP (Controle), DOPB (Bromo), DOPC (Cloro) e DOPF (flúor). Os resultados obtidos até agora através dos score VINA indicam um aumento na afinidade do ligante pelo receptor com a introdução dos halogênios à estrutura, podemos observar através dos dados em kcal/mol sobre a energia do acoplamento entre ligante e receptor, DRD2-DOPB variaram de -178.057 kcal/mol a -246.458 kcal/mol, para DRD2 - DOPC os scores variam de -185.633 kcal/mol a -201.317 kcal/mol e para DRD2 - DOPF -187.492 kcal/mol a -229.386 kcal/mol. Este estudo visa aperfeiçoar o conhecimento sobre as interações entre receptor de dopamina e ligantes e oferecer a elucidação de novos caminhos no tratamento de doenças neurodegenerativas com a doença de Parkinson.