ASSOCIAÇÃO ENTRE BIOMARCADORES INFLAMATÓRIOS E O PADRÃO DIETÉTICO DE MENINOS COM DISTROFIA MUSCULAR DE DUCHENNE
Estado nutricional; Citocinas Inflamatórias; Consumo Alimentar; Distrofia Muscular
A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) é uma grave condição neuromuscular progressiva, caracterizada por comprometimentos ortopédicos, cardíacos e respiratórios, frequentemente levando à morte prematura, e que até o momento, não possui cura. O papel da inflamação sobre a evolução dessa doença tem sido documentado na literatura científica, com relatos de altos níveis de marcadores inflamatórios, como IL-1β, TNF-α e IL-6. Considerando que a dieta pode influenciar a inflamação sistêmica, o objetivo deste estudo foi investigar as possíveis associações entre o Padrão Inflamatório Dietético Empírico (EDIP-SP) e as citocinas inflamatórias IL-1β, TNF-α e IL-6 na população com DMD. A amostra consistiu em 32 meninos, com idade de 12,69 ± 5,09 anos. A média de massa magra da população foi de 21± 4,74%, e o escore de vignos mais prevalente foi 9. A média do EDIP-SP foi de -0,38 ± 0,20, indicando uma dieta considerada anti-inflamatória. No entanto, o EDIP-SP e o consumo energético diário não mostraram associação significativa com a concentração de biomarcadores inflamatórios em meninos com DMD. Estes achados sugerem a necessidade de adaptações específicas das ferramentas de avaliação ao contexto regional pois destaca a diversidade da resposta inflamatória ao padrão dietético. Embora não tenha sido identificada associações entre entre as citocinas inflamatórias e o EDIP-SP, os resultados oferecem reflexões valiosas para a literatura, a diminuição progressiva do tecido muscular com o decorrer da idade e elevadas concentrações séricas de citocinas inflamatórias.