Banca de DEFESA: FERNANDA KEILA VALENTE BATISTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FERNANDA KEILA VALENTE BATISTA
DATA : 21/06/2024
HORA: 15:00
LOCAL: Link da videochamada: https://meet.google.com/mpg-ofjb-vvc
TÍTULO:

Impacto da pandemia Covid-19 na ocorrência de insegurança alimentar e na percepção de qualidade de vida em idosos: Estudo Brazuca Natal Pós-COVID

PALAVRAS-CHAVES:

Coronavírus. Insegurança alimentar. Qualidade de vida. Pessoa idosa. Idosos

PÁGINAS: 83
RESUMO:

A pandemia da COVID-19 levou ao aumento da prevalência de insegurança alimentar (IA) em todo o mundo, sendo essa definida como a falta de acesso a uma alimentação quantitativa e qualitativamente adequada. Nos idosos, a IA é associada a piores desfechos na saúde, contribuindo para uma pior percepção da qualidade de vida (QV). Nesse sentido, o objetivo deste estudo é analisar o impacto da pandemia COVID-19 na ocorrência de IA e QV em idosos do Estudo Brazuca Natal Pós-COVID. Trata-se de um estudo com dois delineamentos: transversal e coorte. O diagnóstico de COVID-19 foi autorrelatado. A IA foi verificada por meio da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA). Para avaliar a QV foram aplicados os questionários WHOQOL-Bref e WHOQOL-Old. Analisamos ainda informações socioeconômicas e demográficas. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário eletrônico (Epicollect5). A análise estatística incluiu frequências absolutas e percentuais, com intervalos de confiança 95% e regressão de Poisson com variância robusta. Para verificar se houve diferença estatística no período pré e pós-pandemia entre os escores dos questionários da QV e de IA, foi realizado o teste de Teste de Wilcoxon para as variáveis contínuas e o Teste de McNemar para as variáveis categóricas. Foram considerados significativos os valores de p < 0,05. Os resultados do estudo transversal evidenciaram que a IA foi associada com uma pior percepção da QV pelos idosos. No questionário WHOQOL-bref verificou-se que estar em IA aumentou a probabilidade de ter uma pior percepção da QV nos domínios psicológico (RP=1,47; IC%: 1,10-1,66), meio ambiente (RP=1,70; IC%: 1,21-2,41) e também no percentual global da QV. No questionário WHOQoL-old a IA também foi associada a uma pior percepção da QV nos domínios funcionamento dos sentidos (RP:1,46: IC95% 1,06-2,00), autonomia (RP:1,57: IC95% 1,13-2,18), atividades passadas, presentes e futuras (RP:1,75: IC95% 1,23-2,49), participação social (RP:1,34: IC95% 1,01-1,79) morte, morrer (RP:1,90: IC95% 1,34-2,68) e também no escore total (RP:2,28: IC95% 1,62-3,20). Os achados pós-pandemia não evidenciaram um aumento significativo da IA na população (p=1,000). Com relação a percepção da QV no pós-pandemia, percebeu-se uma redução significativa nos escores dos domínios, “funcionamento dos sentidos” (p<0,0001), “participação social” (p=0,018), “morte e morrer” (p<0,0001) e “escore total” (p<0,0001) do questionário WHOQoL-old. Nossos principais achados do estudo transversal evidenciaram que não ter companheiro (a), ter nível de escolaridade fundamental ou não ser alfabetizado, ter menores quartis de renda familiar per capita, ser do sexo feminino e a condição de insegurança alimentar no domicílio, podem impactar negativamente na percepção da QV de idosos. Com relação aos achados pós-pandemia, conclui-se que a pandemia da COVID-19 impactou negativamente a percepção da QV pelos idosos. Esses resultados ressaltam que esse público necessita de maior atenção em intervenções públicas de saúde. 

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2149611 - CLELIA DE OLIVEIRA LYRA
Externa ao Programa - 2374737 - INGRID WILZA LEAL BEZERRA - nullExterna à Instituição - MARIA CECÍLIA ROCHA
Externa ao Programa - 2307522 - NILA PATRÍCIA FREIRE PEQUENO - null