Banca de DEFESA: SUERDA ISA NASCIMENTO TEIXEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SUERDA ISA NASCIMENTO TEIXEIRA
DATA : 20/03/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sessão pública realizada por videoconferência
TÍTULO:

ÍNDICE INFLAMATÓRIO DA DIETA E FATORES ASSOCIADOS EM INDIVÍDUOS COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

PALAVRAS-CHAVES:

Insuficiência Cardíaca; Dieta; Inflamação; Consumo alimentar; Mortalidade.

PÁGINAS: 106
RESUMO:

O índice inflamatório da dieta (IID) tem sido amplamente estudado, considerando as associações com as doenças cardiovasculares (DCV). No entanto, ainda existem lacunas na literatura sobre os fatores associados ao IID em indivíduos com insuficiência cardíaca (IC), especialmente, o impacto do IID sobre os desfechos de mortalidade e hospitalização. Esse estudo teve como objetivo identificar o IID e os fatores associados em indivíduos com IC atendidos ambulatorialmente. Foram estudados 124 indivíduos com diagnóstico de IC, adultos e idosos de ambos os sexos, atendidos no Ambulatório Interprofissional de Insuficiência Cardíaca do Hospital Universitário Onofre Lopes. Avaliou-se parâmetros sociodemográficos, antropométricos, clínicos, bioquímicos e os desfechos clínicos (hospitalização e mortalidade), ocorridos no período de 36 meses. O consumo alimentar e dietético foi avaliado por meio do Recordatório Alimentar de 24h (R24h), com uma média de 3 recordatórios por indivíduo, sendo identificado os parâmetros alimentares para cálculo do IID. As variáveis foram analisadas de acordo com os tercis do IID (T1: - 3,427 a -1,1866; T2: -1,1865 a -0,15643; T3: -0,15642 a 2,872). Para comparação entre grupos utilizou-se o Teste Kruskal-Wallis, com posterior aplicação do pós-teste de Dunn. As variáveis qualitativas foram comparadas utilizando o teste QuiQuadrado (χ2) ou Exato de Fisher. Foram usados Modelos de Regressão Logística Binomial para analisar associações entre os tercis de IID e as variáveis do estudo. As associações entre o IID e os desfechos clínicos (hospitalização e mortalidade) foram observadas por meio da Regressão de Cox. Os indivíduos com IC eram predominantemente do sexo masculino (66,1%), excesso de peso (60,0%) e Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção reduzida (ICFEr) ou intermediária (ICFEi) (79,8%). Observou-se que 13,7% da população estudada teve como desfecho óbito e 32,3% hospitalização. Constatou-se que 74,2% dos indivíduos com IC apresentaram classificação da dieta classificada como anti-inflamatória. No T3 de IID total, foram observadas menores concentrações de hemoglobina e PCR-us em comparação ao T1 (p=0,020 e p=0,008) e maiores valores de colesterol não-HDL (p=0,049). A ingestão de fibras total, betacaroteno, vitamina A, vitamina B6, vitamina C, magnésio, potássio, alho e cebola foram menores no T3 em relação ao T1 e T2 (todos p<0,05), já o consumo de proteínas, vitamina B3 e fósforo foi maior em T3 em relação ao T2 (todos p<0,05) e o consumo de gordura saturada foi maior em T3 em relação ao T1 (p=0,012). Identificamos diferenças nos valores de hemoglobina, hematócrito, não-HDL colesterol e a PCR-us, entre os tercis de IID (todos p<0,05). Porém, os modelos de regressão indicaram apenas uma associação significativa entre o IID e o hematócrito (p=0,036). Não foram observadas associações do IID, categorizado em tercis, e os desfechos de mortalidade e hospitalizações (todos p>0,05). Em conclusão, foi evidenciado maior consumo de dieta com potencial antiinflamatório, além de alta frequência de hospitalização e mortalidade, sem associações com o IID.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - DIRCE MARIA LOBO MARCHIONI - USP
Presidente - 2306763 - KARINE CAVALCANTI MAURICIO DE SENA EVANGELISTA
Externa ao Programa - 2315640 - MARCIA MARILIA GOMES DANTAS LOPES - null