Staphylococcus aureus RESISTENTE À METICILINA COLONIZANDO PACIENTES EM TRATAMENTO DE HEMODIÁLISE E A RELACÃO COM FATORES ASSOCIADOS AOS MESMOS
Staphylococcus aureus; hemodiálise; MRSA; colonização nasal
Os Staphylococcus aureus em especial a linhagem Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA), se destaca por ser um importante patógeno humano, onde apresenta elevada virulência e resistência à maioria dos antimicrobianos disponíveis para o tratamento das infecções estafilocócicas. Esta bactéria Integra a microbiota da pele e superfícies das mucosas sendo a mucosa nasal anterior o sítio primário da sua colonização, em indivíduos saudáveis. A presença dessa espécie em determinadas populações como indivíduos em tratamento de hemodiálise, representa um fator de risco para o desenvolvimento de infecções. O objetivo do estudo foi verificar a ocorrência de Staphylococcus aureus e a linhagem Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) colonizando pacientes submetidos ao tratamento de hemodiálise, em uma clínica de referência na cidade do Natal-RN e relacionar a presença destes micro-organismos com fatores associados aos pacientes. As amostras nasais foram coletas com auxílio de swab estéril, os quais foram inoculados em caldo BHI e encaminhados ao Laboratório de Bacteriologia Médica na UFRN, onde os mesmos foram incubados por 24h a 37˚C. Os dados relativos aos pacientes foram coletados através de uma entrevista estruturada com 15 perguntas. Participaram deste estudo, 375 pacientes, dos quais 90 (24%), portavam, o S. aureus em suas narinas e 9 (2,4%) o Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA). Todos os MRSA apresentaram o gene mecA. Das cepas de MRSA, oito delas apresentaram os genes lukF, codificador da Leucocidina de Panton Valentine (PVL). Nenhuma das variáveis pesquisadas mostrou-se associada estatisticamente com a frequência de S. aureus e MRSA. Contudo, a presença desse micro-organismo é importante, especialmente a linhagem MRSA, uma vez que sua virulência e resistência aos antimicrobianos é bastante estabelecida na literatura e sobretudo colonizando pacientes hemodialíticos, os quais apresentam maior susceptibilidade às infecções.