AVALIAÇÃO DA MUSCULATURA DO ASSOALHO PÉLVICO DE MULHERES COM SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS
Eletromiografia, músculo do assoalho pélvico, síndrome dos ovários policísticos
O objetivo deste estudo é avaliar a atividade elétrica da musculatura do assoalho pélvico (MAP) em portadoras da síndrome dos ovários policísticos através da eletromiografia de superfície. Através de um estudo transversal foram recrutadas 13 mulheres no menacme (grupo controle) e 42 com síndrome dos ovários policísticos (grupo SOP). Foram realizadas as dosagens do estradiol e testosterona total e a avaliação eletromiográfica do tônus e contração voluntária máxima (CVM) da MAP. Houve diferença do tônus (p<0,0001) e a CVM (p<0,0002) entre os grupos. No grupo controle observou-se correlação do tônus (r=0,9) e da CVM (r=0,9) com a testosterona e no grupo SOP observou-se correlação tanto da concentração do estradiol quanto da testosterona com o tônus (r=0,9; r=0,8) e com a CVM (r=0,9; r=0,9). As mulheres com SOP apresentam valores eletromiográficos superiores a mulheres no menacme. Além disso, a atividade elétrica apresentou relação positiva com as concentrações de estradiol e testosteronainvestigar a atividade elétrica da musculatura do assoalho pélvico (MAP) em mulheres com ciclo menstrual ovulatório normal e naquelas com síndrome do ovário policístico (SOP). O desenho metodológico utilizado foi um estudo analítico do tipo transversal, composto por 45 mulheres com diagnóstico de SOP e 15 mulheres controle. Todas as pacientes foram submetidas à anamnese detalhada, exame físico, exame ginecológico, análise bioquímica, dosagens hormonais e avaliação da atividade eletromiográfica da MAP. No grupo controle, as dosagens hormonais e a eletromiografia foi realizada no fase folicular (7º dia), ovulatória (14º) e lútea (21º). No grupo SOP, o valor da mediana da atividade eletromiográfica da MAP para o tônus de base e para contração voluntária máxima (CVM) foi equivalente a 57,5 μV e 138 μV, respectivamente. Observou correlação forte entre a dosagem de estradiol e testosterona com o tônus (p<0,0001; r=0,9 - p<0,0001; r=0,8) e a CVM (p<0,0001; r=0,9 - p<0,0001; r=0,9). No grupo controle foi observada diferença estatisticamente significativa (p=0,0001) entre o tônus da fase folicular com a fase lútea. A CVM não apresentou diferença estatística significante entre as três fases do ciclo menstrual (p-valor>0,72). Diante dos resultados, pode-se concluir que existe uma relação positiva entre as concentrações dos esteróides sexuais e as características da MAP, como o tônus e a CVM.