EMPREGO DOS ÁCIDOS GRAXOS DE CADEIA CURTA NA COLITE DE DERIVAÇÃO FECAL – ESTUDO EXPERIMENTAL EM RATOS.
Colostomia. Ácidos graxos de cadeia curta. Colite de derivação fecal. Tratamento.. Profilaxia
Objetivos: Estudar o efeito dos ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) na atrofia e inflamação de segmentos colônicos excluídos, antes e depois da instalação da Colite de Derivação Fecal. Introdução: A colite de derivação é um processo inflamatório crônico que afeta o cólon distal, podendo evoluir com descarga de muco ou sangue. A hipótese mais favorável para explicar seu desenvolvimento é a deficiência de AGCC na luz intestinal. Métodos: Ratos Wistar foram submetidos à colostomia com exclusão do cólon distal. Grupos controles (A1 e B1) usaram solução salina 0.9% por via retal. Grupos experimentais (A2 e B2) usaram AGCC por via retal. O grupo A foi profilaticamente tratado (5o ao 40o dia de pós-operatório), enquanto o grupo B foi tratado terapeuticamente (após o 40o dia de pós-operatório). A espessura da mucosa do cólon excluído foi aferida histologicamente. A reação inflamatória da lâmina própria da mucosa e a avaliação da resposta do tecido linfóide foram quantificadas com escores previamente estabelecidos. Resultados: Houve significante recuperação da espessura da mucosa colônica dos animais do grupo B2 (p=0,0001). Grupo B2 ainda exibiu significativa redução numérica de polimorfonucleares eosinófilos (PNE) na lâmina própria (p=0,0126) e na luz intestinal (p=0,0256). Grupo A2 mostrou significativo aumento do número de linfócitos (p=0,0006) e da quantidade de PNE na lâmina própria da mucosa (p=0,0022). Conclusões: O uso terapêutico dos AGCC interferiu de modo significante tanto na inibição dos PNE da parede e da luz colônica como na reversão da atrofia da mucosa colônica. O uso profilático dos AGCC não impediu a instalação da atrofia da mucosa.