Olhos no Futuro: Lentes de Hidrogel de PVA Abrindo Caminho para a Administração Ocular de Anfotericina B
sistema de liberação de medicamentos; hidrogel em filme; terapia oftálmica.
Doenças oculares representam um desafio na área da saúde devido às opções limitadas de tratamento e à baixa adesão dos pacientes, especialmente em condições infecciosas, como a ceratite fúngica. Portanto, o objetivo deste estudo foi desenvolver e caracterizar lentes oculares de hidrogel baseadas em PVA (polivinil álcool) contendo anfotericina B (AmB) como uma abordagem potencial para o manejo de infecções oculares fúngicas. Para alcançar esse objetivo, foi realizado um planejamento do tipo desenho composto central (DCC) para desenvolver as lentes oftálmicas de hidrogel (LOH) com características desejáveis para aplicação ocular. As formulações foram avaliadas quanto à sua espessura, grau de inchaço, simulações de dinâmica molecular (SDM), FTIR (espectroscopia de absorção no infravermelho), cristalidade, degradabilidade in vitro, carga do fármaco e liberação cinética. O DCC permitiu a previsão matemática do grau de inchaço e seus mecanismos, possibilitando a fabricação de formulações com valores de espessura e grau de inchaço com características desejáveis para uso oftálmico. Resultados de FTIR e XRD indicaram uma reticulação eficaz, com AmB presente em forma amorfa ou dispersão molecular na matriz do polímero. Além disso, as HOL exibiram baixa degradabilidade in vitro, reafirmando a eficácia do processo de reticulação. Estudos de liberação cinética confirmaram que as LOH controlaram a liberação de AmB. Esses resultados foram corroborados pelos estudos de SDM, que revelaram que AmB formou interações mais fortes com o polivinil álcool e o trimetafosfato de sódio (STMP) em comparação com a água. As descobertas sugerem que as LOH desenvolvidas apresentam propriedades que as tornam um veículo promissor para a entrega ocular de AmB