AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA E MUTAGÊNICA DO EXTRATO AQUOSO DAS FOLHAS DE Licania rigida BENTH EM ASSOCIAÇÃO AOS EFEITOS PROTETORES SOBRE O ESTRESSE OXIDATIVO.
Plantas medicinais; toxicidade; estresse oxidativo; fitoterápico.
As plantas medicinais apresentam substâncias bioativas que auxiliam no tratamento das mais diversas doenças e sua utilização para fins terapêuticos é tão antiga quanto a civilização humana. No Brasil, a utilização de plantas medicinais para o cuidado primário da saúde é amplamente disseminada devido a sua grande biodiversidade vegetal, ao seu baixo custo, ao fácil acesso e ao amplo conhecimento popular acerca de seu uso. Contudo, vale ressaltar que grande parte das espécies utilizadas na medicina tradicional não apresentam estudos científicos comprovando sua eficácia, segurança, composição química ou possível toxicidade. Nesse contexto, a espécie Licania rigida Benth pertencente à família Chrysobalanaceae é uma espécie vegetal encontrada no semiárido nordestino, sendo usada na medicina popular para o tratamento de processos inflamatórios e Diabetes. Entretanto, apesar da sua utilização, existem poucos estudos para validar seu potencial farmacológico e toxicológico. Em decorrência disso, o objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades toxicológicas do extrato aquoso da Licania rigida através de métodos padronizados de toxicidade oral aguda e subcrônica, mutagenicidade e citotoxicidade, bem como o seu possível efeito protetor contra o estresse oxidativo. O extrato não apresentou nenhum efeito tóxico ou genotóxico nos ensaios in vivo e in vitro após a exposição a diferentes concentrações. No que diz respeito ao efeito antioxidante, o extrato exibiu um possível efeito protetor ao diminuir o nível de malondialdeído (MDA) nos animais tratados; nenhuma mudança considerável foi observada para os níveis de glutationa reduzida (GSH), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPX). Portanto, propõe-se que o extrato de folhas de Licania rigida pode tornar-se um futuro medicamento fitoterápico, entretanto, mais estudos são necessários para validar sua aplicação farmacológica e para o desenvolvimento de novas formulações fitoterápicas.