Avaliação da nefrina e podocina como biomarcadores precoces de proteinúria associada ao uso de inibidores do mTOR em pacientes transplantados renais.
O transplante renal é o tratamento de escolha para a maioria dos pacientes com insuficiência renal crônica. Após o paciente ser transplantado, é fundamental a realização da profilaxia de rejeição do órgão. Os inibidores da mTOR (alvo da rapamicina em mamíferos), apresentam uma potente atividade imunossupressora e antiproliferativa, permitindo sua inclusão com sucesso nos esquemas terapêuticos de manutenção em pacientes transplantados. No entanto, relatos da literatura demonstram que alguns pacientes podem desenvolver proteinúria com o uso desta classe de medicamento. Embora a etiologia desta alteração renal não esteja elucidada, foi sugerido que essa proteinúria estaria associada a alterações na estrutura podocitária e na membrana glomerular basal destes pacientes. Recentemente, o desenvolvimento de uma nova técnica para concentrar os exossomos eliminados na urina, tem permitido a quantificação de pequenas concentrações de componentes celulares carreados nessas microvesículas, como por exemplo: as proteínas associadas aos podócitos, como a nefrina e a podocina. Nesta perspectiva, torna-se importante investigar, em pacientes transplantados renais, o potencial papel das proteínas nefrina e podocina presentes nos exossomos urinários como biomarcadores sensíveis de dano glomerular destes pacientes.
Nefrina; podocina; inibidores de mTOR; transplante renal.