SINTOMAS DEPRESSIVOS E síndrome da FRAGILIDADE: O QUE ESSA RELAÇÃO NOS TRAZ?
Sintomas depressivos; Síndrome fragilidade; Envelhecimento; Idosos
Ainda que a depressão geriátrica e a síndrome da fragilidade tenham sido mais pesquisadas nas últimas décadas, a relação que uma estabelece com a outra permanece pouco conhecida. Em geral, entre os profissionais e a família, a depressão costuma ser negligenciada quando na pessoa idosa. Nesse sentido, entende-se que embora a esfera afetiva não componha o fenótipo da síndrome da fragilidade, deve-se atentar na possibilidade de sintomas depressivos, seja como causa ou efeito. Esse estudo deriva de um maior, multicêntrico, intitulado Rede FIBRA (Fragilidade em idosos brasileiros), realizado em cidades de diferentes regiões do Brasil. Foi utilizada uma amostra de idosos domiciliares com mais de 65 anos no interior do Nordeste, a partir de cálculo amostral. As análises foram realizadas com Regressão Bivariada de Poisson, seguida de análise multivariada e avaliação da magnitude do resultado através de valores de razão de prevalência. Participaram da pesquisa 403 idosos, dos quais foram selecionados 254 após aplicação dos critérios de elegibilidade. Foi observado que ser viúvo e não alfabetizado foram variáveis sóciodemográficas com associação estatisticamente significativa, bem como perda de peso, fadiga e falta de atividade física dentre as características de fragilidade. Conclui-se que os indicadores de síndrome da fragilidade apresentam relação com a depressão geriátrica, o que suscita a necessidade de mais atenção por parte do profissional de saúde para com essa interação, visto que ambas possuem efeito negativo na qualidade de vida.