EFEITOS CARDÍACOS E SISTÊMICOS DO PRÉ-TRATAMENTO COM ESTATINA EM MODELO DE SEPSE ABDOMINAL EM RATOS: AVALIAÇÃO ATRAVÉS DA BIODISTRIBUIÇÃO DO SESTAMIBI-Tc99m
Sinvastatina, Sepse, Inflamação, Coração, Sestamibi-Tc99m, Ratos.
Estudo com o objetivo de avaliar se o tratamento prévio com sinvastatina tem efeito sobre a biodistribuição cardíaca e sistêmica do sestamibi-Tc99m, utilizando modelo experimental de sepse abdominal em ratos. Ratos wistar foram randomicamente divididos em 4 grupos (n=6 por grupo): 1) sepsis e tratamento prévio com sinvastatina, 2) sepsis e tratamento prévio com solução salina 0,9%, 3) controle e tratamento prévio com sinvastatina and 4) controle e tratamento prévio com solução salina 0,9%. 24 horas após lligadura e punção do ceco (LPC) cecal, os ratos receberam 1.0MBq de sestamibi-Tc-99m i.v. e após 30min, foram sacrificados para contagem tecidual ex-vivo e análise histológica do miocárdio. Após 24 horas da sepse, não foram detectados alterações histológicas no miocárdio. Houve aumento significativo da atividade cardíaca do sestamibi-Tc99m no grupo sepsis que recebeu tratamento prévio com sinvastatina (1.9±0.3%ID/g, P<0.001) quando comparado com o grupo sepsis + solução salina (1.0±0.2%ID/g), controle + sinvastatina (1.2±0.3%ID/g), controle + solução salina (1.3±0.2%ID/g). Aumento significativo da atividade hepática, renal e pulmonar do sestamibi-Tc99m também foi detectado no grupo sepsis tratado previamente com sinvastatina quando comparado com os outros grupos. Em conclusão, o tratamento com estatina alterou a biodistribuição do sestamibi-Tc99m, aumentando a atividade cardíaca e de órgãos sólidos em ratos com sepsis abdominal, sem impacto em controles. O aumento da atividade cardíaca do sestamibi-Tc99m pode ser resultado de provável efeito protetor secundário a aumento da perfusão tecidual mediada por estatinas. Mais experimentos confirmatórios serão necessários para entender o mecanismo terapêutico na sepse.