CARACTERIZAÇÃO DE SUPERFÍCIES DE TITÂNIO MODIFICADAS POR OXIDAÇÃO À PLASMA
Superfície de titânio; Oxidação a plasma; Osteoblastos; Implantes dentais; Biomateriais
Nos últimos anos têm-se observado um crescimento nas modificações superficiais em implantes de titânio, que abrevia o tempo de cicatrização em regiões com baixa densidade óssea. Dentre as diferentes técnicas, a técnica de subtração por agentes químicos para aumentar oxidação, vem sendo aplicada para tratamentos superficiais de implantes dentais. Porém esta técnica geralmente não é capaz de remover os óxidos indesejáveis, formados espontaneamente durante a usinagem de peças de titânio, aumentando o custo por exigir etapas adicionais para a descontaminação. Com o objetivo de solucionar esse problema, utilizou-se neste trabalho o plasma como fonte energética tanto na remoção desses óxidos, como na oxidação de superfície de titânio. Nesse sentido discos de Ti foram tratados em descarga por cátodo oco, usando uma fonte de tensão DC variável e sistema de vácuo. Previamente as amostras foram submetidas a processo de limpeza utilizando atmosfera de Ar, H2 e mistura, em tempos de 20 e 60 min. A condição de limpeza mais eficaz foi utilizada para a oxidação numa mistura de argônio (60%) e oxigênio (40%) até atingir a pressão de 2,2 mbar durante 60 min a 500°C. Caracterizou-se as superfícies por microscopia eletrônica de varredura (MEV), difração de raios X (DRX), microscopia por força atômica (AFM), adesão e proliferação celular. No MEV observou-se um menor espalhamento celular e uma maior quantidade de projeções ou filopódios nas amostras tratadas em comparação a amostra controle. O AFM mostrou nas amostras tratadas defeitos nas superfícies com geometria variada para picos e vales. Nos ensaios biológicos não houve diferença significativa na adesão celular em superfícies tratadas e a controle. Na proliferação celular a superfície tratada apresentou um maior desempenho quando comparado com a amostra controle.