ANGÚSTIA E INIBIÇÃO: CONSIDERAÇÕES A PARTIR DE UM CASO CLÍNICO
Palavras-chave: psicanálise; pesquisa teórico-clínica; objeto a; desejo do Outro; grafo do desejo.
Este trabalho tem como objetivo discutir, a partir de um caso clínico, a articulação entre a Angústia e a Inibição, à luz da psicanálise. Partindo do trauma como fator fundante do psiquismo e desencadeador do estado de desamparo, destacamos a castração, como marca de um perigo a ser recalcado, até chegar à angústia primitiva, afeto que prepara o caminho para a emergência do sujeito. No primeiro momento, abordamos a evolução do conceito de angústia em Freud, ressaltando o modo como ele a articulou à inibição e ao sintoma, marcando, ainda, a diferença entre a angústia, como conseqüência direta do momento traumático, e como sinal de uma reprodução do trauma originário. Em seguida, investigamos o conceito de angústia em Lacan, enfatizando os avanços conceituais promovidos para o mesmo, notadamente no Seminário X; destacando-se a introdução do conceito de objeto a e os desdobramentos dessa invenção teórica. No segundo momento, focamos no conceito de inibição em Freud, seguido pela leitura lacaniana a esse respeito. Finalmente, refletimos acerca da delimitação que o conceito de objeto a dá às possíveis relações entre sujeito e objeto, buscando extrair algumas conseqüências clínicas das respostas que o sujeito constrói frente ao enigma do desejo do Outro, entre as quais a inibição e a angústia, articulando, desse modo, o caso clínico às discussões levantadas.
Palavras-chave: psicanálise; pesquisa teórico-clínica; objeto a; desejo do Outro; grafo do desejo.