“EMOÇÕES, SENTIMENTOS, VIVÊNCIAS E ROMANCES: ARTICULAÇÕES ENTRE PSICOLOGIA E LITERATURA DA IDADE MÉDIA À CONTEMPORANEIDADE”
Psicologia Histórico-Cultural. Emoção e vivência. Neurobiologia das emoções.
Muito antes de Sigmund Freud desenvolver a psicanálise, muitos filósofos e escritores discutiram sobre o tema do amor. Suas histórias, lendas, mitos, sonetos, odes sobre este tema embargavam o pensamento destes homens que desabrocharam o desejo do amante de possuir seu objeto de desejo: o amado. Ao observamos a expressão do amor e nas culturas, constata-se que este sentimento transpassa o tempo, imerso em contextos históricos, sociais e culturais, traveste-se de elegância a cada época e assume diferentes roupagens, mas mantém a força avassaladora de proporcionar vivências, as quais nem a morte os detém. Para tanto, objetivo principal desta Tese é investigar como o amor foi refratado em romances que marcaram épocas históricas, a partir dos operadores teóricos das emoções, sentimentos e vivências. Metodologicamente, a abordagem adotada é de cunho qualitativo, a partir da concepção Materialista Histórico e Dialética e à luz da psicologia Histórico-Cultural. Sendo assim, o estudo desta Tese foi desenvolvido a partir da trama entre a filosofia de Spinoza (2017), Shopenhauer (2011) e Bauman (2004) referente às questões dos afetos, da relação metafísica do amor e da liquidez da fragilidade dos laços humanos referente ao sentimento do amor; da psicologia de Vigotski (1998, 1999a, 1999b, 2004, 2007 e 2009), notadamente a partir dos construtos de emoção e vivência (perejivânie) e; da neurobiologia das emoções e sentimentos a partir das contribuições de Damásio (2003, 2011, 2012, 2015 e 2018), Fisher (1995, 2010 e 2015) e Pinto (2017).