MODELOS DE PRECEPTORIA DE RESIDÊNCIAS EM MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE NO CENÁRIO DE APRENDIZAGEM EM ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL
Preceptoria;Residência médica; Medicina de Família e Comunidade; Atenção Primária à Saúde; Educação Médica
A Medicina de Família e Comunidade (MFC) tem seu princípio no Brasil em 1974. Já em 1976, surgiam os três primeiros programas de residência na especialidade (GUSSO et al., 2012), apesar disso, sempre houve uma baixa procura por esses programas de residência. Diversas políticas vêm sendo desenvolvidas a fim de reorientar a formação médica, com enfoque na Atenção Primária à Saúde, com destaque para o Programa Mais Médicos. Houve uma expansão no número de vagas de residência em MFC passando de 218 em 2003, para 6.283 em 2019. Diante da demanda crescente de residentes, num cenário de poucos especialistas preceptores, diferentes modelos vêm sendo testados no Brasil. Existe escassa literatura nacional e internacional comparada sobre estes modelos de preceptoria e de inserção dos residentes e preceptores no cenário de prática da atenção primária. Carecemos de informação sobre quais modelos existem e vêm sendo praticados, qual a prevalência de utilização desses modelos nos programas de residência pelo país, quais são os pontos fortes e fraquezas de cada modelo, o grau de recomendação de cada modelo e os fatores que levam à sua escolha. O objetivo deste estudo é identificar os modelos de preceptoria em residência de Medicina de Família e Comunidade no cenário de aprendizagem em atenção primária, associado a identificação de fortalezas e fraquezas de cada modelo, bem como a prevalência de utilização desses modelos e os fatores que levam à sua escolha. Para isso o estudo será conduzido em duas etapas: primeiro um estudo Delphi para identificação de modelos de preceptoria, identificação de suas fortalezas e fraquezas e fatores para sua escolha; seguido de um estudo transversal descritivo para verificar a prevalência de utilização de cada um desses modelos.