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Dissertações |
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JOSE ADAILTON DA SILVA
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Promoção da Saúde: estratégias para a autonomia e qualidade de vida do sujeito com diabetes
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Orientador : KARLA PATRICIA CARDOSO AMORIM
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA KARENINA DE MELO ARRAES AMORIM
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KARLA PATRICIA CARDOSO AMORIM
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MARIA DE FÁTIMA ANTERO SOUSA MACHADO
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Data: 30/01/2014
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O diabetes é uma doença crônico-degenerativa de grande prevalência na população mundial configurando-se enquanto sério problema de saúde pública. Por ser crônico exige dos sujeitos autocuidado e autogoverno longitudinal. A autonomia é um direito fundamental e também um dos princípios da bioética mais discutidos na atualidade. Seu conceito é complexo e leva em conta a vida experimentada ao longo dos anos. Quando a discussão sobre autonomia se trata de diabetes, a dependência do outro e os conflitos no controle da doença, diante de novas regras e estilos de vida, nem sempre condizentes com os valores dos pacientes, torna-a fragilizada. Embora a autonomia seja claramente parte integrante do tratamento e alicerce para uma vida digna e de qualidade, observa-se que os sujeitos tornam-se ainda mais dependentes dos serviços de saúde quando se deparam com o diagnóstico e não têm confiança para tomar suas próprias decisões diante da patologia limitadora, daí a necessidade dos serviços de atenção primária à saúde traçarem estratégias para promover a saúde desses sujeitos. Os Grupos Estratégicos de Promoção da Saúde são estratégias recentemente utilizadas para influenciar no nível de autonomia dos sujeitos, pois possibilitam, respeitando os limites éticos, garantir participação decisória no grupo, através de estratégias e treinamentos de habilidades com competências claramente definidas, que favorecem o empowermet e o protagonismo dos sujeitos. Desse modo, este trabalho objetiva propor estratégias no âmbito da promoção da saúde na ESF, que contribuam para melhor autonomia e qualidade de vida aos portadores de diabetes mellitus, a partir de sua percepção. E, mais especificamente analisar o perfil clínico e socioeconômico dos portadores de diabetes da ESF; identificar as experiências, necessidades e expectativas dos diabéticos sobre autonomia, autocuidado e qualidade de vida; e estruturar em conjunto com os diabéticos propostas para implantação de um Grupo Estratégico de Promoção da Saúde – GEPS. Para isto, foi realizada uma pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa, com 65 sujeitos com diabetes acompanhados por uma Unidade de Saúde da Família do Município de Santa Cruz/RN. A pesquisa foi realizada em três etapas interdependentes: 1) coleta de dados clínicos e socioeconômicos, para o qual foi utilizado entrevista estruturada e análise retrospectiva dos registros feitos em seu prontuário; 2) a análise das experiências, necessidades e expectativas dos sujeitos sobre autonomia, autocuidado e qualidade de vida, que utilizou-se de entrevista semiestruturada com 6 sujeitos, sendo 3 com mais e 3 com menos complicações autorreferidas e verificadas no prontuário; e 3) a construção coletiva de propostas para melhor autonomia e qualidade de vida dos próprios participantes do estudo, por meio de roda de conversa. A análise dos dados foi feita utilizando-se software de estatísticas simples para os dados das questões fechadas e os dados qualitativos foram analisados quanto ao conteúdo. Observa-se que o perfil clínico e socioeconômicos dos sujeitos com diabetes aproximam-se das estatísticas nacionais, embora exista variáveis, como cor da pele, com variação significativa. A autopercepção dos sujeitos diante de algumas complicações divergem de registros encontrados em seu prontuário o que aponta uma possível desvalorização de queixas como hipoglicemia e disfunção sexual, como também baixa adesão ao tratamento por, muitas vezes, não terem suas opiniões valorizadas. As categorias encontradas: vida, qualidade de vida, diagnostico e enfrentamento do problema, autonomia, limites e dependência e as práticas coletivas de promoção da saúde, apontam para a necessidade de estratégias por meio de grupos que considerem as crenças e valores dos sujeitos, favoreçam sua emancipação e torne-os protagonistas de sua própria história. A autonomia é fundamental para o exercício da cidadania efetiva, é por meio dela que os sujeitos transformam sua realidade e a si mesmo.
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O diabetes é uma doença crônico-degenerativa de grande prevalência na população mundial configurando-se enquanto sério problema de saúde pública. Por ser crônico exige dos sujeitos autocuidado e autogoverno longitudinal. A autonomia é um direito fundamental e também um dos princípios da bioética mais discutidos na atualidade. Seu conceito é complexo e leva em conta a vida experimentada ao longo dos anos. Quando a discussão sobre autonomia se trata de diabetes, a dependência do outro e os conflitos no controle da doença, diante de novas regras e estilos de vida, nem sempre condizentes com os valores dos pacientes, torna-a fragilizada. Embora a autonomia seja claramente parte integrante do tratamento e alicerce para uma vida digna e de qualidade, observa-se que os sujeitos tornam-se ainda mais dependentes dos serviços de saúde quando se deparam com o diagnóstico e não têm confiança para tomar suas próprias decisões diante da patologia limitadora, daí a necessidade dos serviços de atenção primária à saúde traçarem estratégias para promover a saúde desses sujeitos. Os Grupos Estratégicos de Promoção da Saúde são estratégias recentemente utilizadas para influenciar no nível de autonomia dos sujeitos, pois possibilitam, respeitando os limites éticos, garantir participação decisória no grupo, através de estratégias e treinamentos de habilidades com competências claramente definidas, que favorecem o empowermet e o protagonismo dos sujeitos. Desse modo, este trabalho objetiva propor estratégias no âmbito da promoção da saúde na ESF, que contribuam para melhor autonomia e qualidade de vida aos portadores de diabetes mellitus, a partir de sua percepção. E, mais especificamente analisar o perfil clínico e socioeconômico dos portadores de diabetes da ESF; identificar as experiências, necessidades e expectativas dos diabéticos sobre autonomia, autocuidado e qualidade de vida; e estruturar em conjunto com os diabéticos propostas para implantação de um Grupo Estratégico de Promoção da Saúde – GEPS. Para isto, foi realizada uma pesquisa exploratória descritiva de abordagem qualitativa, com 65 sujeitos com diabetes acompanhados por uma Unidade de Saúde da Família do Município de Santa Cruz/RN. A pesquisa foi realizada em três etapas interdependentes: 1) coleta de dados clínicos e socioeconômicos, para o qual foi utilizado entrevista estruturada e análise retrospectiva dos registros feitos em seu prontuário; 2) a análise das experiências, necessidades e expectativas dos sujeitos sobre autonomia, autocuidado e qualidade de vida, que utilizou-se de entrevista semiestruturada com 6 sujeitos, sendo 3 com mais e 3 com menos complicações autorreferidas e verificadas no prontuário; e 3) a construção coletiva de propostas para melhor autonomia e qualidade de vida dos próprios participantes do estudo, por meio de roda de conversa. A análise dos dados foi feita utilizando-se software de estatísticas simples para os dados das questões fechadas e os dados qualitativos foram analisados quanto ao conteúdo. Observa-se que o perfil clínico e socioeconômicos dos sujeitos com diabetes aproximam-se das estatísticas nacionais, embora exista variáveis, como cor da pele, com variação significativa. A autopercepção dos sujeitos diante de algumas complicações divergem de registros encontrados em seu prontuário o que aponta uma possível desvalorização de queixas como hipoglicemia e disfunção sexual, como também baixa adesão ao tratamento por, muitas vezes, não terem suas opiniões valorizadas. As categorias encontradas: vida, qualidade de vida, diagnostico e enfrentamento do problema, autonomia, limites e dependência e as práticas coletivas de promoção da saúde, apontam para a necessidade de estratégias por meio de grupos que considerem as crenças e valores dos sujeitos, favoreçam sua emancipação e torne-os protagonistas de sua própria história. A autonomia é fundamental para o exercício da cidadania efetiva, é por meio dela que os sujeitos transformam sua realidade e a si mesmo.
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RICARDO HENRIQUE VIEIRA DE MELO
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Análise de redes do cotidiano a partir do encontro entre usuários e profissionais da Estratégia Saúde da Família.
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Orientador : ROSANA LUCIA ALVES DE VILLAR
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MEMBROS DA BANCA :
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GEORGIA SIBELE NOGUEIRA DA SILVA
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PAULO HENRIQUE NOVAES MARTINS DE ALBUQUERQUE
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ROSANA LUCIA ALVES DE VILLAR
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Data: 14/02/2014
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O presente estudo discute a formação de Redes Sociais no cotidiano da Estratégia Saúde da Família, a partir de aportes da teoria sociológica sobre redes, interações, dádiva e reconhecimento. O objetivo geral é analisar as redes sociais locais em saúde a partir da interação de usuários e profissionais da Estratégia Saúde da Família na Unidade de Saúde de Cidade Praia, em Natal, RN. Seus objetivos específicos são: Mapear as redes sociais locais em saúde existentes no território adscrito; Identificar os tipos de interações cotidianas entre os sujeitos; Compreender a percepção dos sujeitos sobre o processo de formação de redes sociais a partir das interações. Caracteriza-se enquanto pesquisa qualitativa exploratória cujos sujeitos foram profissionais e usuários vinculados à referida unidade de saúde. Para a coleta de dados foram utilizadas entrevistas individuais semiestruturadas e debates em grupos focais, estimulados pela Metodologia de Análise de Redes do Cotidiano (MARES), pertinente para abordar a complexidade das relações sociais e mapear os diferentes conteúdos expressos e as formas de mobilização coletiva. A análise dos dados foi realizada através da Técnica de Análise Temática de Conteúdo, proposta por Minayo. Os resultados foram interpretados à luz das Teorias da Dádiva (Mauss) e do Reconhecimento (Honneth). Os sujeitos visualizaram: Rede Virtual (28,20%); Rede de Atenção à Saúde (25,64%); Redes de Usuários (17,95%); Rede Pessoal (10,26%); Conselho Comunitário (10,26%); Escolas (7,69%). Os participantes não perceberam os arranjos familiares enquanto Redes Sociais. Os tipos de interações sociais identificadas foram: Confrontação/Negociação (41.02%); Harmônicas (25,70%); Correlativas (17,90%); Definidas pela Organização (15,38%). A formação de redes sociais ocorre a partir de interações cotidianas entre pessoas, pela articulação inseparável de conteúdos e formas, catalisadas pelo contexto, experiência e cognição, valorizando a liberdade, a expressividade e a diversidade dos parceiros de significação. Foram encontradas duas categorias, na percepção dos sujeitos, sobre a formação de redes sociais do cotidiano: Diálogo e Encontro. A aposta no circuito da dádiva e do reconhecimento recíproco, durante o trânsito nas redes sociais em saúde, pode ser capaz de tecer uma práxis transformadora, pela busca e alcance de confiança, respeito e estima, nos espaços de encontro entre usuários e profissionais da Estratégia Saúde da Família.
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O presente estudo discute a formação de Redes Sociais no cotidiano da Estratégia Saúde da Família, a partir de aportes da teoria sociológica sobre redes, interações, dádiva e reconhecimento. O objetivo geral é analisar as redes sociais locais em saúde a partir da interação de usuários e profissionais da Estratégia Saúde da Família na Unidade de Saúde de Cidade Praia, em Natal, RN. Seus objetivos específicos são: Mapear as redes sociais locais em saúde existentes no território adscrito; Identificar os tipos de interações cotidianas entre os sujeitos; Compreender a percepção dos sujeitos sobre o processo de formação de redes sociais a partir das interações. Caracteriza-se enquanto pesquisa qualitativa exploratória cujos sujeitos foram profissionais e usuários vinculados à referida unidade de saúde. Para a coleta de dados foram utilizadas entrevistas individuais semiestruturadas e debates em grupos focais, estimulados pela Metodologia de Análise de Redes do Cotidiano (MARES), pertinente para abordar a complexidade das relações sociais e mapear os diferentes conteúdos expressos e as formas de mobilização coletiva. A análise dos dados foi realizada através da Técnica de Análise Temática de Conteúdo, proposta por Minayo. Os resultados foram interpretados à luz das Teorias da Dádiva (Mauss) e do Reconhecimento (Honneth). Os sujeitos visualizaram: Rede Virtual (28,20%); Rede de Atenção à Saúde (25,64%); Redes de Usuários (17,95%); Rede Pessoal (10,26%); Conselho Comunitário (10,26%); Escolas (7,69%). Os participantes não perceberam os arranjos familiares enquanto Redes Sociais. Os tipos de interações sociais identificadas foram: Confrontação/Negociação (41.02%); Harmônicas (25,70%); Correlativas (17,90%); Definidas pela Organização (15,38%). A formação de redes sociais ocorre a partir de interações cotidianas entre pessoas, pela articulação inseparável de conteúdos e formas, catalisadas pelo contexto, experiência e cognição, valorizando a liberdade, a expressividade e a diversidade dos parceiros de significação. Foram encontradas duas categorias, na percepção dos sujeitos, sobre a formação de redes sociais do cotidiano: Diálogo e Encontro. A aposta no circuito da dádiva e do reconhecimento recíproco, durante o trânsito nas redes sociais em saúde, pode ser capaz de tecer uma práxis transformadora, pela busca e alcance de confiança, respeito e estima, nos espaços de encontro entre usuários e profissionais da Estratégia Saúde da Família.
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FRANCISCO GLERISTON VIEIRA
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AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DAS USUÁRIAS SOBRE A ATENÇÃO À SAÚDE DA MULHER NO RIO GRANDE DO NORTE
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Orientador : PAULO DE MEDEIROS ROCHA
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MEMBROS DA BANCA :
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PAULO DE MEDEIROS ROCHA
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SEVERINA ALICE DA COSTA UCHOA
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SUZANA CARNEIRO DE AZEVEDO FERNANDES
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Data: 27/02/2014
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Este trabalho discute a avaliação da satisfação das usuárias sobre a atenção à saúde da mulher em relação à qualidade da Atenção Primária à Saúde (APS) no Estado do Rio Grande do Norte (RN). O objetivo geral da pesquisa é Avaliar a satisfação das usuárias acerca das ações empreendidas na área de Saúde da Mulher, no âmbito Atenção Básica, no Estado do Rio Grande do Norte, a partir das informações do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQAB). Tendo como objetivos específicos Avaliar aspectos relacionados à Saúde da Mulher; Avaliar as ações de acolhimento específicas às gestantes e; Avaliar as informações sobre o pósparto. Essa dissertação caracteriza-se enquanto pesquisa avaliativa realizada através de um estudo transversal e multicêntrico (tipo inquérito), com abordagem quantitativa, no qual faz parte da Avaliação Externa do PMAQ-AB no Estado do RN, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Foram utilizados dados secundários das entrevistas com usuárias presentes nas Unidades Básicas de Saúde durante a Avaliação Externa do PMAQ-AB no Estado do RN. A amostra se deu por conveniência a partir dos seguintes critérios: usuários que estavam presentes nas Unidades Básicas de Saúde para realizar qualquer tipo de procedimento, assim como ter frequentado o serviço há pelo menos 1 ano e se disponibilizar a participar da pesquisa. Foram excluídos os que tinham ido pela primeira vez na unidade de saúde e aqueles que não frequentaram a mais de 12 meses. Para a coleta de dados foi utilizado um quadro variáveis/indicadores contendo as seguintes dimensões de análises: Saúde da Mulher, Acolhimento Específico à Gestante e Informações sobre o Pós-parto. A análise descritiva dos dados foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas das variáveis, através do programa Statistic Package for Social Sciences (SPSS) for Windows, versão 22.0.0. Os resultados desta pesquisa indicam um quadro positivo de satisfação das usuárias acerca da Atenção à Saúde da Mulher no Estado do Rio Grande do Norte perante as ações empreendidas pela APS. Outra análise importante é a integração da APS com outros pontos da Rede de Atenção à Saúde na tentativa de reorientação do Modelo de Atenção à Saúde enquanto porta de entrada para garantia do acesso e da qualidade dos serviços prestados aos usuários e como coordenadora deste conjunto de cuidado. Portanto, a avaliação da satisfação dos usuários nos serviços de saúde é fundamental entre todos os atores envolvidos no processo de consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS, tendo a necessidade de se repensar às práticas profissionais, reorganizar os processos de trabalhos das equipes Multiprofissionais de Saúde, viabilizar recursos financeiros, insumos e materiais, planejar e sistematizar novas ações de atenção à saúde com o objetivo de garantir a atenção integral a saúde da população.
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Este trabalho discute a avaliação da satisfação das usuárias sobre a atenção à saúde da mulher em relação à qualidade da Atenção Primária à Saúde (APS) no Estado do Rio Grande do Norte (RN). O objetivo geral da pesquisa é Avaliar a satisfação das usuárias acerca das ações empreendidas na área de Saúde da Mulher, no âmbito Atenção Básica, no Estado do Rio Grande do Norte, a partir das informações do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQAB). Tendo como objetivos específicos Avaliar aspectos relacionados à Saúde da Mulher; Avaliar as ações de acolhimento específicas às gestantes e; Avaliar as informações sobre o pósparto. Essa dissertação caracteriza-se enquanto pesquisa avaliativa realizada através de um estudo transversal e multicêntrico (tipo inquérito), com abordagem quantitativa, no qual faz parte da Avaliação Externa do PMAQ-AB no Estado do RN, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Foram utilizados dados secundários das entrevistas com usuárias presentes nas Unidades Básicas de Saúde durante a Avaliação Externa do PMAQ-AB no Estado do RN. A amostra se deu por conveniência a partir dos seguintes critérios: usuários que estavam presentes nas Unidades Básicas de Saúde para realizar qualquer tipo de procedimento, assim como ter frequentado o serviço há pelo menos 1 ano e se disponibilizar a participar da pesquisa. Foram excluídos os que tinham ido pela primeira vez na unidade de saúde e aqueles que não frequentaram a mais de 12 meses. Para a coleta de dados foi utilizado um quadro variáveis/indicadores contendo as seguintes dimensões de análises: Saúde da Mulher, Acolhimento Específico à Gestante e Informações sobre o Pós-parto. A análise descritiva dos dados foi realizada por meio de frequências absolutas e relativas das variáveis, através do programa Statistic Package for Social Sciences (SPSS) for Windows, versão 22.0.0. Os resultados desta pesquisa indicam um quadro positivo de satisfação das usuárias acerca da Atenção à Saúde da Mulher no Estado do Rio Grande do Norte perante as ações empreendidas pela APS. Outra análise importante é a integração da APS com outros pontos da Rede de Atenção à Saúde na tentativa de reorientação do Modelo de Atenção à Saúde enquanto porta de entrada para garantia do acesso e da qualidade dos serviços prestados aos usuários e como coordenadora deste conjunto de cuidado. Portanto, a avaliação da satisfação dos usuários nos serviços de saúde é fundamental entre todos os atores envolvidos no processo de consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS, tendo a necessidade de se repensar às práticas profissionais, reorganizar os processos de trabalhos das equipes Multiprofissionais de Saúde, viabilizar recursos financeiros, insumos e materiais, planejar e sistematizar novas ações de atenção à saúde com o objetivo de garantir a atenção integral a saúde da população.
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MARISE SOARES ALMEIDA
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AÇÕES EDUCATIVAS COM PORTADORES DE DIABETES MELLITUS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE
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Orientador : ANTONIO MEDEIROS JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO MEDEIROS JUNIOR
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ROSANA LUCIA ALVES DE VILLAR
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MARIA ALICE PIMENTEL FUSCELLA
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Data: 20/03/2014
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A Educação Popular em Saúde, em sua dimensão libertadora, remete indivíduos e grupos à troca de saberes e experiências, permitindo-lhes associar a saúde ao resultado das suas condições de vida. Sob essa ótica, trabalhadores e usuários da saúde são sujeitos do processo educativo. Neste sentido, este estudo tem como objetivos identificar as principais características clínicas e sócio-sanitárias e promover ações educativas com portadores de Diabetes Mellitus (DM) em uma Unidade de Saúde da Família do Distrito Sanitário Oeste, no município de Natal/RN. Trata-se de uma pesquisa-ação na qual será utilizado, para a dinamização de três grupos educativos com reuniões periódicas mensais, o referencial teórico da Teoria da Educação Libertadora, que tem como base uma pedagogia problematizadora, emancipadora e que valoriza o diálogo no processo de compreensão de si mesmo e do mundo. Participaram da pesquisa trinta trabalhadores de saúde e trinta e seis diabéticos, moradores da área de abrangência da unidade de saúde. Cada grupo tinha, em média, doze participantes, e as ações foram organizadas no salão da unidade, no Espaço Eliane Laurentino, utilizando-se rodas de conversa, dinâmicas de grupo, narrativas de vida, relatos de experiências, exibições e discussões de filmes, músicas, explicitação de saberes, desejos, limitações, crenças e valores socialmente construídos. A coleta dos dados realizou-se durante o segundo semestre de dois mil e treze através da Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), gravações das rodas de conversa, observação participante, dinâmicas de grupo, depoimentos, questionários, narrativa de vida e fotografias. O material empírico foi organizado e submetido a três análises: conteúdo temático (Bardin), análise pelo software IRAMUTEQ (Ratinaud), e o método de análise fotográfica (Edmund Feldman). Essas análises dos dados originaram palavras, expressões, categorias, temas e situações criativas mostrando que a educação popular em saúde encontra-se em processo de construção, ainda muito incipiente na atenção básica. A Política Nacional de Educação Popular em Saúde nos mostra os caminhos necessários para a transformação das práticas de saúde e a construção de uma sociedade mais compartilhada e solidária. As reuniões de grupo vivenciadas poderiam ser espaços para reverter essa lógica normativa que vem acontecendo ao longo dos anos na atenção básica, mas isso, por se só, não basta. Assim, percebemos que a educação popular em saúde é vista com bons olhos pelo ministério da saúde, sendo incorporada timidamente no processo educativo dos sujeitos deste estudo e bem distante dos princípios de participação, organização de um trabalho político, ampliação dos espaços de diálogo, respeito, de solidariedade e tolerância entre os diversos atores envolvidos no enfrentamento dos problemas de saúde, fundamentais para o aperfeiçoamento na construção de práticas saudáveis da atenção básica.
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A Educação Popular em Saúde, em sua dimensão libertadora, remete indivíduos e grupos à troca de saberes e experiências, permitindo-lhes associar a saúde ao resultado das suas condições de vida. Sob essa ótica, trabalhadores e usuários da saúde são sujeitos do processo educativo. Neste sentido, este estudo tem como objetivos identificar as principais características clínicas e sócio-sanitárias e promover ações educativas com portadores de Diabetes Mellitus (DM) em uma Unidade de Saúde da Família do Distrito Sanitário Oeste, no município de Natal/RN. Trata-se de uma pesquisa-ação na qual será utilizado, para a dinamização de três grupos educativos com reuniões periódicas mensais, o referencial teórico da Teoria da Educação Libertadora, que tem como base uma pedagogia problematizadora, emancipadora e que valoriza o diálogo no processo de compreensão de si mesmo e do mundo. Participaram da pesquisa trinta trabalhadores de saúde e trinta e seis diabéticos, moradores da área de abrangência da unidade de saúde. Cada grupo tinha, em média, doze participantes, e as ações foram organizadas no salão da unidade, no Espaço Eliane Laurentino, utilizando-se rodas de conversa, dinâmicas de grupo, narrativas de vida, relatos de experiências, exibições e discussões de filmes, músicas, explicitação de saberes, desejos, limitações, crenças e valores socialmente construídos. A coleta dos dados realizou-se durante o segundo semestre de dois mil e treze através da Técnica de Associação Livre de Palavras (TALP), gravações das rodas de conversa, observação participante, dinâmicas de grupo, depoimentos, questionários, narrativa de vida e fotografias. O material empírico foi organizado e submetido a três análises: conteúdo temático (Bardin), análise pelo software IRAMUTEQ (Ratinaud), e o método de análise fotográfica (Edmund Feldman). Essas análises dos dados originaram palavras, expressões, categorias, temas e situações criativas mostrando que a educação popular em saúde encontra-se em processo de construção, ainda muito incipiente na atenção básica. A Política Nacional de Educação Popular em Saúde nos mostra os caminhos necessários para a transformação das práticas de saúde e a construção de uma sociedade mais compartilhada e solidária. As reuniões de grupo vivenciadas poderiam ser espaços para reverter essa lógica normativa que vem acontecendo ao longo dos anos na atenção básica, mas isso, por se só, não basta. Assim, percebemos que a educação popular em saúde é vista com bons olhos pelo ministério da saúde, sendo incorporada timidamente no processo educativo dos sujeitos deste estudo e bem distante dos princípios de participação, organização de um trabalho político, ampliação dos espaços de diálogo, respeito, de solidariedade e tolerância entre os diversos atores envolvidos no enfrentamento dos problemas de saúde, fundamentais para o aperfeiçoamento na construção de práticas saudáveis da atenção básica.
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ANDREZZA KARINE ARAÚJO DE MEDEIROS PEREIRA
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LIMITES E POSSIBILIDADES DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE PAU DOS FERROS/RN.
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Orientador : MAISA PAULINO RODRIGUES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO MEDEIROS JUNIOR
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JOÃO BOSCO FILHO
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MAISA PAULINO RODRIGUES
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Data: 27/03/2014
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A Estratégia Saúde da Família (ESF) apresenta-se como um espaço privilegiado para a efetivação de práticas de educação em saúde orientadas pelo diálogo entre o saber científico e o saber popular, uma vez que é nesse espaço de saúde que profissionais e indivíduos/família se interrelacionam, criam vínculos, dialogam e constroem soluções para o enfrentamento dos problemas de saúde da população. O objetivo geral deste estudo foi analisar os limites e as possibilidades de efetivação da educação em saúde voltada para a coletividade na ESF de Pau dos Ferros/RN. Nesse sentido, buscou-se conhecer as concepções de educação em saúde dos profissionais de nível universitário da ESF; observar onde as práticas de educação eram desenvolvidas; conhecer os conteúdos e metodologias utilizadas para a efetivação das práticas de educação em saúde e caracterizar os espaços onde tais práticas eram desenvolvidas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo-exploratório, realizada junto a oito equipes localizadas na zona urbana do município. Foram investigados 18 profissionais que atuam nessas equipes, dentre os quais elencamos: quatro médicos, oito enfermeiros e seis odontólogos. Fez-se uso da entrevista semiestruturada e da observação baseada em princípios etnográficos. Os dados foram analisados com base na técnica de análise de conteúdo de Bardin (2010). O estudo obedeceu aos aspectos éticos contidos na Resolução 196/96 que regulamenta as Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Os resultados apontam que as concepções e práticas de educação em saúde dos profissionais da ESF são orientadas por uma “educação bancária”, pautadas pela transmissão e reprodução de conhecimentos. As temáticas são desenvolvidas de forma verticalizada, dissonantes da realidade de vida e saúde dos usuários. As práticas educativas são ofertadas majoritariamente por enfermeiros e estudantes de graduação em estágio na USF. Em sua maioria não são planejadas em equipe, e estão direcionadas à prevenção de doenças, distanciando-se da promoção da saúde. As principais dificuldades apontadas para a efetivação da educação em saúde dizem respeito à dificuldade de trabalhar em equipe, à falta de apoio da gestão, à estrutura física inadequada e a pouca adesão dos profissionais a práticas educativas. Portanto, a educação em saúde praticada na ESF não consegue instrumentalizar os sujeitos para que estes tenham autonomia e possam tornar-se sujeitos de suas vidas, de sua história. A prática educativa centrada na transmissão de conhecimentos ainda é uma realidade presente na ESF, constituindo-se em um desafio a ser superado.
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A Estratégia Saúde da Família (ESF) apresenta-se como um espaço privilegiado para a efetivação de práticas de educação em saúde orientadas pelo diálogo entre o saber científico e o saber popular, uma vez que é nesse espaço de saúde que profissionais e indivíduos/família se interrelacionam, criam vínculos, dialogam e constroem soluções para o enfrentamento dos problemas de saúde da população. O objetivo geral deste estudo foi analisar os limites e as possibilidades de efetivação da educação em saúde voltada para a coletividade na ESF de Pau dos Ferros/RN. Nesse sentido, buscou-se conhecer as concepções de educação em saúde dos profissionais de nível universitário da ESF; observar onde as práticas de educação eram desenvolvidas; conhecer os conteúdos e metodologias utilizadas para a efetivação das práticas de educação em saúde e caracterizar os espaços onde tais práticas eram desenvolvidas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo-exploratório, realizada junto a oito equipes localizadas na zona urbana do município. Foram investigados 18 profissionais que atuam nessas equipes, dentre os quais elencamos: quatro médicos, oito enfermeiros e seis odontólogos. Fez-se uso da entrevista semiestruturada e da observação baseada em princípios etnográficos. Os dados foram analisados com base na técnica de análise de conteúdo de Bardin (2010). O estudo obedeceu aos aspectos éticos contidos na Resolução 196/96 que regulamenta as Pesquisas Envolvendo Seres Humanos. Os resultados apontam que as concepções e práticas de educação em saúde dos profissionais da ESF são orientadas por uma “educação bancária”, pautadas pela transmissão e reprodução de conhecimentos. As temáticas são desenvolvidas de forma verticalizada, dissonantes da realidade de vida e saúde dos usuários. As práticas educativas são ofertadas majoritariamente por enfermeiros e estudantes de graduação em estágio na USF. Em sua maioria não são planejadas em equipe, e estão direcionadas à prevenção de doenças, distanciando-se da promoção da saúde. As principais dificuldades apontadas para a efetivação da educação em saúde dizem respeito à dificuldade de trabalhar em equipe, à falta de apoio da gestão, à estrutura física inadequada e a pouca adesão dos profissionais a práticas educativas. Portanto, a educação em saúde praticada na ESF não consegue instrumentalizar os sujeitos para que estes tenham autonomia e possam tornar-se sujeitos de suas vidas, de sua história. A prática educativa centrada na transmissão de conhecimentos ainda é uma realidade presente na ESF, constituindo-se em um desafio a ser superado.
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MARIA BETÂNIA DE MORAIS
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PET-Saúde na Percepção de Estudantes: Contribuições para a Formação na Área de Saúde.
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Orientador : KARLA PATRICIA CARDOSO AMORIM
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MEMBROS DA BANCA :
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KARLA PATRICIA CARDOSO AMORIM
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SEVERINA ALICE DA COSTA UCHOA
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CLÁUDIA HELENA SOARES DE MORAIS FREITAS
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Data: 14/04/2014
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Essa dissertação buscou analisar a percepção de estudantes acerca do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (Pet-Saúde) para a Formação na área de Saúde. Discute a temática proposta a partir da percepção de estudantes egressos do PET-Saúde dos cursos participantes (odontologia, medicina, fisioterapia, enfermagem, nutrição, educação física) que desenvolveram suas atividades curriculares nas unidades de saúde da família do município de João Pessoa, entre 2009/ 2011.Propõe caminhos de políticas indutoras de mudanças curriculares como uma via potencial de contribuições para formação na área de saúde. Chama-se atenção para as novas possibilidades de trabalhar a formação em saúde de forma contextualizada, eticamente embasada e socialmente referendada. Aponta-se nesse processo para a necessidade de adequar os perfis profissionais às demandas dos SUS. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, dentro de uma abordagem qualitativa, realizado no município de João Pessoa no âmbito dos cursos da área de saúde da Universidade Federal da Paraíba. O material empírico deste trabalho foi tratado pelo emprego da técnica Análise de “Conteúdo Categorial Temática” proposta por Bardin. Os resultados indicam perspectivas de incentivo a novas práticas e mudanças curriculares, em que se destaca o PET-Saúde, que vem apresentando experiências importantes no âmbito do ensino- serviço-comunidade com a inserção de estudantes na rede de saúde municipal. Conclui-se que o caminho percorrido desde a coleta à análise dos dados, corroborou com a literatura para reafirmar a importância e a urgência de mudança nos processos formativos com vistas a uma maior proximidade com as necessidades de saúde e com o SUS. O PET-Saúde é projeto incipiente e que demandam maiores investigações no que diz efetivação do caráter interdisciplinar e multiprofissional de sua proposta.
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Essa dissertação buscou analisar a percepção de estudantes acerca do Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (Pet-Saúde) para a Formação na área de Saúde. Discute a temática proposta a partir da percepção de estudantes egressos do PET-Saúde dos cursos participantes (odontologia, medicina, fisioterapia, enfermagem, nutrição, educação física) que desenvolveram suas atividades curriculares nas unidades de saúde da família do município de João Pessoa, entre 2009/ 2011.Propõe caminhos de políticas indutoras de mudanças curriculares como uma via potencial de contribuições para formação na área de saúde. Chama-se atenção para as novas possibilidades de trabalhar a formação em saúde de forma contextualizada, eticamente embasada e socialmente referendada. Aponta-se nesse processo para a necessidade de adequar os perfis profissionais às demandas dos SUS. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, dentro de uma abordagem qualitativa, realizado no município de João Pessoa no âmbito dos cursos da área de saúde da Universidade Federal da Paraíba. O material empírico deste trabalho foi tratado pelo emprego da técnica Análise de “Conteúdo Categorial Temática” proposta por Bardin. Os resultados indicam perspectivas de incentivo a novas práticas e mudanças curriculares, em que se destaca o PET-Saúde, que vem apresentando experiências importantes no âmbito do ensino- serviço-comunidade com a inserção de estudantes na rede de saúde municipal. Conclui-se que o caminho percorrido desde a coleta à análise dos dados, corroborou com a literatura para reafirmar a importância e a urgência de mudança nos processos formativos com vistas a uma maior proximidade com as necessidades de saúde e com o SUS. O PET-Saúde é projeto incipiente e que demandam maiores investigações no que diz efetivação do caráter interdisciplinar e multiprofissional de sua proposta.
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ANA CAROLINA DE SOUZA PIERETTI
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Superando a aridez do semiárido: encontros entre saúde mental e saúde da família na formação de médicos no alto sertão paraibano
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Orientador : ANA KARENINA DE MELO ARRAES AMORIM
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA KARENINA DE MELO ARRAES AMORIM
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FLÁVIA HELENA MIRANDA DE ARAÚJO FREIRE
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THIAGO GOMES DA TRINDADE
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Data: 15/04/2014
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A atenção primária à saúde é um importante cenário para o cuidado em saúde mental por suas características e pelo trabalho no território contribuir para a superação do modelo manicomial de atenção. Esta pesquisa partiu do questionamento sobre como acontece a atenção em saúde mental na atenção básica nas unidades em que se desenvolve a Residência de Medicina de Família e Comunidade em um município do sertão paraibano. Objetivou investigar as demandas de saúde mental e práticas de cuidado no contexto de ESF e da RMFC do município de Cajazeiras a partir do discurso dos profissionais ali inseridos e discutir estratégias de qualificação do cuidado em saúde mental nessa realidade. Utilizou-se abordagem qualitativa em que foram realizados grupos focais envolvendo profissionais de duas equipes da ESF e uma equipe de NASF. Os dados produzidos nos grupos foram analisados a partir do referencial da análise do discurso de inspiração foucaultiana. Como resultados, evidenciou-se que os profissionais percebem a demanda em saúde mental na atenção básica principalmente na forma de sofrimento psíquico inespecífico e transtornos mentais graves. A atenção a essas pessoas não consegue superar a medicalização que é identificada por esses profissionais. A prática asilar persiste como alternativa para os casos de transtornos mentais graves, sendo limitada a incorporação do paradigma da desinstitucionalização como referencial para a prática profissional. Além disso, a relação com a rede de saúde encontra vários limites destacando-se a dificuldade de produção de continuidade e integralidade do cuidado. A partir disto, analisa-se a formação médica e sua capacidade de garantir o cuidado integral na atenção às demandas de saúde mental. No campo da pesquisa, dois modelos de formação se encontram. Os residentes participantes ou graduaram-se em Cuba ou em escola médica brasileira orientada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais. Percebe-se então que a graduação, ao incorporar questões relativas à integralidade do cuidado, não é suficiente para gerar bons profissionais para o SUS. Considera-se necessário somar às mudanças na graduação a perspectiva da Educação Permanente em Saúde no mundo do trabalho, o envolvimento dos profissionais com a transformação das práticas de atenção à saúde e a construção da perspectiva da integralidade e da atenção psicossocial por dentro da Residência de Medicina de Família e Comunidade como importantes estratégias para a formação de médicos generalistas aptos para a atenção às demandas de saúde mental.
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A atenção primária à saúde é um importante cenário para o cuidado em saúde mental por suas características e pelo trabalho no território contribuir para a superação do modelo manicomial de atenção. Esta pesquisa partiu do questionamento sobre como acontece a atenção em saúde mental na atenção básica nas unidades em que se desenvolve a Residência de Medicina de Família e Comunidade em um município do sertão paraibano. Objetivou investigar as demandas de saúde mental e práticas de cuidado no contexto de ESF e da RMFC do município de Cajazeiras a partir do discurso dos profissionais ali inseridos e discutir estratégias de qualificação do cuidado em saúde mental nessa realidade. Utilizou-se abordagem qualitativa em que foram realizados grupos focais envolvendo profissionais de duas equipes da ESF e uma equipe de NASF. Os dados produzidos nos grupos foram analisados a partir do referencial da análise do discurso de inspiração foucaultiana. Como resultados, evidenciou-se que os profissionais percebem a demanda em saúde mental na atenção básica principalmente na forma de sofrimento psíquico inespecífico e transtornos mentais graves. A atenção a essas pessoas não consegue superar a medicalização que é identificada por esses profissionais. A prática asilar persiste como alternativa para os casos de transtornos mentais graves, sendo limitada a incorporação do paradigma da desinstitucionalização como referencial para a prática profissional. Além disso, a relação com a rede de saúde encontra vários limites destacando-se a dificuldade de produção de continuidade e integralidade do cuidado. A partir disto, analisa-se a formação médica e sua capacidade de garantir o cuidado integral na atenção às demandas de saúde mental. No campo da pesquisa, dois modelos de formação se encontram. Os residentes participantes ou graduaram-se em Cuba ou em escola médica brasileira orientada pelas Diretrizes Curriculares Nacionais. Percebe-se então que a graduação, ao incorporar questões relativas à integralidade do cuidado, não é suficiente para gerar bons profissionais para o SUS. Considera-se necessário somar às mudanças na graduação a perspectiva da Educação Permanente em Saúde no mundo do trabalho, o envolvimento dos profissionais com a transformação das práticas de atenção à saúde e a construção da perspectiva da integralidade e da atenção psicossocial por dentro da Residência de Medicina de Família e Comunidade como importantes estratégias para a formação de médicos generalistas aptos para a atenção às demandas de saúde mental.
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ADRIANA SANTOS LOPES
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Acolhimento prescrito x real: uma análise sobre as relações entre trabalhadores e usuários na Estratégia Saúde da Família
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Orientador : ROSANA LUCIA ALVES DE VILLAR
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MEMBROS DA BANCA :
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Adriana Falangola Benjamin Bezerra
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PAULO DE MEDEIROS ROCHA
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ROSANA LUCIA ALVES DE VILLAR
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Data: 23/04/2014
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O acolhimento vem sendo proposto como uma ferramenta que contribui para humanizar o cuidado, ampliar o acesso dos usuários aos serviços, garantir a resolutividade das demandas, organizar os serviços e promover o fortalecimento de vínculos entre profissionais e usuários. No município do Recife, esta prática vem sendo incentivada pela gestão a sua implementação pautada em atos normativos, com matrizes de avaliação e proposição de metas, embasadas em um modelo próprio do município. Este estudo objetivou analisar a relação entre o acolhimento prescrito e o acolhimento real e suas interferências nas relações de reciprocidade entre trabalhadores e usuários nas unidades de saúde da atenção básica de Recife. Utilizou como campo de investigação quatro unidades da Estratégia Saúde da Família do Distrito Sanitário IV do município de Recife – PE. A investigação teve um caráter qualitativo e para sua operacionalização, realizou entrevistas com profissionais e usuários cujos discursos gravados pelo modo digital de voz e posteriormente transcritos manualmente de forma literal. Os discursos obtidos foram analisados em grande parte através da abordagem metodológica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), sendo também utilizada em menor escala a técnica da análise temática, de forma dialogada com aportes teóricos e documentos oficiais relacionados ao tema. Os resultados apontaram que na maior parte das unidades de saúde os profissionais executam os protocolos propostas e consideram que estes tem influencia positiva para o processo de trabalho no acolhimento, no entanto fatores como demanda excessiva, estrutura física das unidades, pouca resolutividade da rede de referência, singularidades das unidades, entre outros, apareceram dificultando o cumprimento do prescrito e desta forma gerando influencia negativa sobre o processo de trabalho do acolhimento. As relações recíprocas também sofreram influencias destes fatores, dificultando assim a circulação de dádivas. Entretanto, outros fatores como acesso, resolutividade, atitude acolhedora e responsabilização, potencializaram as trocas recíprocas entre profissionais e usuários. Os achados demandam que os atos prescritivos e as relações recíprocas do acolhimento são diretamente influenciadas pelas singularidades presentes nas comunidades, pelas variabilidades humanas e por fatores ligados a estrutura e processo de trabalho e portanto devem ser operados com cautela com vistas a proporcionar um acolhimento real de qualidade.
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O acolhimento vem sendo proposto como uma ferramenta que contribui para humanizar o cuidado, ampliar o acesso dos usuários aos serviços, garantir a resolutividade das demandas, organizar os serviços e promover o fortalecimento de vínculos entre profissionais e usuários. No município do Recife, esta prática vem sendo incentivada pela gestão a sua implementação pautada em atos normativos, com matrizes de avaliação e proposição de metas, embasadas em um modelo próprio do município. Este estudo objetivou analisar a relação entre o acolhimento prescrito e o acolhimento real e suas interferências nas relações de reciprocidade entre trabalhadores e usuários nas unidades de saúde da atenção básica de Recife. Utilizou como campo de investigação quatro unidades da Estratégia Saúde da Família do Distrito Sanitário IV do município de Recife – PE. A investigação teve um caráter qualitativo e para sua operacionalização, realizou entrevistas com profissionais e usuários cujos discursos gravados pelo modo digital de voz e posteriormente transcritos manualmente de forma literal. Os discursos obtidos foram analisados em grande parte através da abordagem metodológica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), sendo também utilizada em menor escala a técnica da análise temática, de forma dialogada com aportes teóricos e documentos oficiais relacionados ao tema. Os resultados apontaram que na maior parte das unidades de saúde os profissionais executam os protocolos propostas e consideram que estes tem influencia positiva para o processo de trabalho no acolhimento, no entanto fatores como demanda excessiva, estrutura física das unidades, pouca resolutividade da rede de referência, singularidades das unidades, entre outros, apareceram dificultando o cumprimento do prescrito e desta forma gerando influencia negativa sobre o processo de trabalho do acolhimento. As relações recíprocas também sofreram influencias destes fatores, dificultando assim a circulação de dádivas. Entretanto, outros fatores como acesso, resolutividade, atitude acolhedora e responsabilização, potencializaram as trocas recíprocas entre profissionais e usuários. Os achados demandam que os atos prescritivos e as relações recíprocas do acolhimento são diretamente influenciadas pelas singularidades presentes nas comunidades, pelas variabilidades humanas e por fatores ligados a estrutura e processo de trabalho e portanto devem ser operados com cautela com vistas a proporcionar um acolhimento real de qualidade.
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ANDREA TABORDA RIBAS DA CUNHA
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A HUMANIZAÇÃO DA SAÚDE NO COTIDIANO DE USUÁRIOS DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
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Orientador : ROSANA LUCIA ALVES DE VILLAR
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MEMBROS DA BANCA :
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MAISA PAULINO RODRIGUES
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ROSANA LUCIA ALVES DE VILLAR
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SUZANA CARNEIRO DE AZEVEDO FERNANDES
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Data: 24/04/2014
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A presente pesquisa parte do pressuposto de que para mudanças nas práticas em saúde direcionadas ao cuidado integral é de fundamental importância a humanização , a participação e a autonomia dos usuários.Neste sentido, investigou o tema da humanização envolvendo usuários da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Mossoró, tendo como objetivos:analisar as percepções dos usuários sobre a humanização na produção do cuidado em saúde no cotidiano da Estratégia de Saúde da Família, a partir da visão dos usuários sobre os significados de humanização na produção do cuidado ;identificar elementos que caracterizam práticas cotidianas humanizadas e não humanizadas ;relacionar percepções de usuários sobre humanização com as noções sobre clínica ampliada e participação social presentes na Política Nacional de Humanização(PNH);Identificar dificuldades e potencialidades na produção do cuidado em saúde na perspectiva da humanização.Foi uma pesquisa de abordagem qualitativa e para coleta dos dados utilizou a Metodologia de Análise de Redes do Cotidiano (MARES), o que possibilitou a problematização das práticas de saúde através de uma discussão interativa envolvendo os sujeitos participantes. A análise do dados foi realizada através técnica de análise de conteúdo temática e seus resultados foram interpretados tendo como referências a clínica ampliada e a participação do usuário dialogando com paradigma da dádiva discutido por Marcel Mauss. Os resultados apontaram sentidos da humanização vinculados ao afeto, reciprocidade e honestidade, destacando-se como elementos essenciais as práticas humanizadas a confiança, o vínculo, a escuta, o diálogo e a responsabilização. Foram também mencionados outros elementos relacionados a organização dos serviços de saúde tais como acesso e bom funcionamento. As dificuldades e potencialidades demarcaram deficiências estruturais do sistema de saúde e mudanças no processo de trabalho. A participação dos usuários desconstruindo e reconstruindo conceitos sobra a humanização na produção do cuidado em saúde é fator primordial para o a sedimentação do que propõe a PNH ,utilizando o espaço privilegiado da ESF,criando sujeitos mais partícipes e entendendo suas necessidades e demandas,sendo um caminho possível para a construção de uma gestão participativa.
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A presente pesquisa parte do pressuposto de que para mudanças nas práticas em saúde direcionadas ao cuidado integral é de fundamental importância a humanização , a participação e a autonomia dos usuários.Neste sentido, investigou o tema da humanização envolvendo usuários da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Mossoró, tendo como objetivos:analisar as percepções dos usuários sobre a humanização na produção do cuidado em saúde no cotidiano da Estratégia de Saúde da Família, a partir da visão dos usuários sobre os significados de humanização na produção do cuidado ;identificar elementos que caracterizam práticas cotidianas humanizadas e não humanizadas ;relacionar percepções de usuários sobre humanização com as noções sobre clínica ampliada e participação social presentes na Política Nacional de Humanização(PNH);Identificar dificuldades e potencialidades na produção do cuidado em saúde na perspectiva da humanização.Foi uma pesquisa de abordagem qualitativa e para coleta dos dados utilizou a Metodologia de Análise de Redes do Cotidiano (MARES), o que possibilitou a problematização das práticas de saúde através de uma discussão interativa envolvendo os sujeitos participantes. A análise do dados foi realizada através técnica de análise de conteúdo temática e seus resultados foram interpretados tendo como referências a clínica ampliada e a participação do usuário dialogando com paradigma da dádiva discutido por Marcel Mauss. Os resultados apontaram sentidos da humanização vinculados ao afeto, reciprocidade e honestidade, destacando-se como elementos essenciais as práticas humanizadas a confiança, o vínculo, a escuta, o diálogo e a responsabilização. Foram também mencionados outros elementos relacionados a organização dos serviços de saúde tais como acesso e bom funcionamento. As dificuldades e potencialidades demarcaram deficiências estruturais do sistema de saúde e mudanças no processo de trabalho. A participação dos usuários desconstruindo e reconstruindo conceitos sobra a humanização na produção do cuidado em saúde é fator primordial para o a sedimentação do que propõe a PNH ,utilizando o espaço privilegiado da ESF,criando sujeitos mais partícipes e entendendo suas necessidades e demandas,sendo um caminho possível para a construção de uma gestão participativa.
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FRANCIJANE DINIZ OLIVEIRA
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A Preceptoria na estratégia saúde da família: o olhar dos profissionais de saúde
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Orientador : ANTONIO MEDEIROS JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO MEDEIROS JUNIOR
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MAISA PAULINO RODRIGUES
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ANTONIA OLIVEIRA SILVA
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Data: 09/05/2014
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Mostrar Resumo
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A proposta de integração ensino - serviço a partir de vivências no mundo do trabalho traz para os profissionais atuantes nos serviços de saúde um desafio, aliar a sua prática assistencial à preparação de novos profissionais em conformidade com o modelo de saúde nacional. Na cidade de Recife a rede de assistência é conhecida como rede escola, pois disponibiliza para as Instituições de Ensino Superior todos os seus equipamentos de saúde e, em especial, os profissionais que lá trabalham, para a prática de preceptoria, transformando essa atividade em um componente importante da rede de serviços. O presente estudo teve como objetivo apreender as representações sociais de profissionais de saúde sobre a preceptoria na residência multiprofissional em saúde da família. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, cujos sujeitos são trabalhadores que exerceram a preceptoria, por no mínimo, dois anos nas residências multiprofissionais vinculadas a duas Instituições de Ensino Superior. Como Instrumentos de pesquisa, foram utilizadas: a técnica de associação livre de palavras, a partir do termo indutor preceptoria na residência multiprofissional, e a entrevista semiestruturada, a fim de acessar as representações sociais da preceptoria, os dados foram processados mediante o auxilio do software ALCESTE 4.9 e do Software Evoc 2000. As informações obtidas foram analisadas considerando-se os aspectos lexicográficos, as classes semânticas e os temas que emergiram do material textual, à luz da teoria das Representações Sociais. A pesquisa propôs uma identificação das representações sociais da preceptoria na Estratégia Saúde da Família, em sua abordagem estrutural. A estrutura da representação foi evidenciada através da proposta da teoria do núcleo central, onde apresentou os termos conhecimento e compromisso possivelmente como pertencentes ao núcleo central da preceptoria. O processamento do corpus realizado pelo software ALCESTE 4.9 resultou em 4 classes e suas relações de divergência e convergência. Os resultados apontam que os preceptores representam seu papel além da oferta de conhecimento clínico aos estudantes, o preceptor enseja a busca de mudanças no e do modelo de saúde através da formação, eles tentam um perfil que vai além da formação para a prática clínica no ambiente de trabalho, uma formação ética e compromissada com as possibilidades de transformações sociais. E que os problemas do processo de trabalho em especial a sobrecarga de atendimento assistencial, leva o preceptor a questionar a eficácia desse modelo de formação. A integração ensino serviço pode potencializar as propostas de mudanças relativas ao modelo de atenção praticado nos serviços, mas essa relação ainda é superficial. O preceptor é um ator em ato, trabalha na cena da vida real, e é nesse momento que ele torna-se essencial para a busca de uma formação com o perfil defendido nas propostas de formação de um profissional que seja capaz de aprender a aprender e se pauta em especial nas diretrizes de Educação Permanente em saúde no Brasil.
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A proposta de integração ensino - serviço a partir de vivências no mundo do trabalho traz para os profissionais atuantes nos serviços de saúde um desafio, aliar a sua prática assistencial à preparação de novos profissionais em conformidade com o modelo de saúde nacional. Na cidade de Recife a rede de assistência é conhecida como rede escola, pois disponibiliza para as Instituições de Ensino Superior todos os seus equipamentos de saúde e, em especial, os profissionais que lá trabalham, para a prática de preceptoria, transformando essa atividade em um componente importante da rede de serviços. O presente estudo teve como objetivo apreender as representações sociais de profissionais de saúde sobre a preceptoria na residência multiprofissional em saúde da família. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, cujos sujeitos são trabalhadores que exerceram a preceptoria, por no mínimo, dois anos nas residências multiprofissionais vinculadas a duas Instituições de Ensino Superior. Como Instrumentos de pesquisa, foram utilizadas: a técnica de associação livre de palavras, a partir do termo indutor preceptoria na residência multiprofissional, e a entrevista semiestruturada, a fim de acessar as representações sociais da preceptoria, os dados foram processados mediante o auxilio do software ALCESTE 4.9 e do Software Evoc 2000. As informações obtidas foram analisadas considerando-se os aspectos lexicográficos, as classes semânticas e os temas que emergiram do material textual, à luz da teoria das Representações Sociais. A pesquisa propôs uma identificação das representações sociais da preceptoria na Estratégia Saúde da Família, em sua abordagem estrutural. A estrutura da representação foi evidenciada através da proposta da teoria do núcleo central, onde apresentou os termos conhecimento e compromisso possivelmente como pertencentes ao núcleo central da preceptoria. O processamento do corpus realizado pelo software ALCESTE 4.9 resultou em 4 classes e suas relações de divergência e convergência. Os resultados apontam que os preceptores representam seu papel além da oferta de conhecimento clínico aos estudantes, o preceptor enseja a busca de mudanças no e do modelo de saúde através da formação, eles tentam um perfil que vai além da formação para a prática clínica no ambiente de trabalho, uma formação ética e compromissada com as possibilidades de transformações sociais. E que os problemas do processo de trabalho em especial a sobrecarga de atendimento assistencial, leva o preceptor a questionar a eficácia desse modelo de formação. A integração ensino serviço pode potencializar as propostas de mudanças relativas ao modelo de atenção praticado nos serviços, mas essa relação ainda é superficial. O preceptor é um ator em ato, trabalha na cena da vida real, e é nesse momento que ele torna-se essencial para a busca de uma formação com o perfil defendido nas propostas de formação de um profissional que seja capaz de aprender a aprender e se pauta em especial nas diretrizes de Educação Permanente em saúde no Brasil.
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THALES JENNER DE OLIVEIRA FALCÃO
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A Inserção do Técnico em Saúde Bucal na Estratégia Saúde da Família no Estado do Rio Grande do Norte
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Orientador : ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA
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ANTONIO MEDEIROS JUNIOR
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CARMEN REGINA DOS SANTOS PEREIRA
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Data: 23/05/2014
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Mostrar Resumo
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Introdução - O Técnico em Saúde Bucal (TSB) é um dos profissionais da Odontologia que têm suas atribuições profissionais definidas através da lei federal 11889, podendo atuar na prevenção, promoção e recuperação da saúde bucal. Segundo o site do Departamento de Atenção Básica, do Ministério da Saúde, pode-se constatar através do histórico de cobertura da Estratégia Saúde da Família, que no Rio Grande do Norte existem atualmente apenas oito equipes com TSB implantadas. Objetivo - O presente estudo buscou elucidar os motivos da pouca inserção desses profissionais no serviço público, apesar da relevância do seu trabalho. Método - Trata-se de uma pesquisa quantitativa, sendo um estudo de caso do tipo exploratório, tendo em vista que não existem estudos semelhantes precedentes, e está dividida em duas fases distintas: a princípio foi realizado um mapeamento desses técnicos utilizando informações cadastrais das escolas formadoras e conselho de classe para descobrir quantos são e onde estão. E num segundo momento da pesquisa, foi feita uma análise do processo de implantação (ou não implantação) das equipes de saúde bucal para descobrir que fatores contribuíram para a efetivação (ou não efetivação) deste tipo de trabalho técnico nas equipes. Nessa segunda fase, os Coordenadores de Saúde Bucal municipais responderam a um questionário contendo questões abertas e fechadas através de ligações telefônicas. A amostra foi definida por sorteio levando em consideração a força potencial de trabalho contida nos municípios. Resultados – 1053 técnicos com 94,3% do sexo feminino, distribuídos por todas as Regionais de Saúde. Quanto as entrevistas, 96,9% dos coordenadores de saúde bucal acham importante um técnico em saúde bucal na Odontologia, 92,2% recomendariam a inclusão na Saúde da Família, muito embora 76,6% nunca tenha falado com o Secretário de Saúde sobre essa implantação em seu município, 40% disseram que a falta dessa implantação poderia estar relaciona a recursos financeiros e 31,7% citou a necessidade de melhorar a estrutura física para que fosse possível essa implantação. Conclusões – Os Técnicos em Saúde Bucal do Rio Grande do Norte estão sendo mal aproveitados pelo serviço público. Faz-se necessário uma maior sensibilização dos gestores quanto a importância deste profissional e investimentos em reforma e contratação de profissionais.
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Introdução - O Técnico em Saúde Bucal (TSB) é um dos profissionais da Odontologia que têm suas atribuições profissionais definidas através da lei federal 11889, podendo atuar na prevenção, promoção e recuperação da saúde bucal. Segundo o site do Departamento de Atenção Básica, do Ministério da Saúde, pode-se constatar através do histórico de cobertura da Estratégia Saúde da Família, que no Rio Grande do Norte existem atualmente apenas oito equipes com TSB implantadas. Objetivo - O presente estudo buscou elucidar os motivos da pouca inserção desses profissionais no serviço público, apesar da relevância do seu trabalho. Método - Trata-se de uma pesquisa quantitativa, sendo um estudo de caso do tipo exploratório, tendo em vista que não existem estudos semelhantes precedentes, e está dividida em duas fases distintas: a princípio foi realizado um mapeamento desses técnicos utilizando informações cadastrais das escolas formadoras e conselho de classe para descobrir quantos são e onde estão. E num segundo momento da pesquisa, foi feita uma análise do processo de implantação (ou não implantação) das equipes de saúde bucal para descobrir que fatores contribuíram para a efetivação (ou não efetivação) deste tipo de trabalho técnico nas equipes. Nessa segunda fase, os Coordenadores de Saúde Bucal municipais responderam a um questionário contendo questões abertas e fechadas através de ligações telefônicas. A amostra foi definida por sorteio levando em consideração a força potencial de trabalho contida nos municípios. Resultados – 1053 técnicos com 94,3% do sexo feminino, distribuídos por todas as Regionais de Saúde. Quanto as entrevistas, 96,9% dos coordenadores de saúde bucal acham importante um técnico em saúde bucal na Odontologia, 92,2% recomendariam a inclusão na Saúde da Família, muito embora 76,6% nunca tenha falado com o Secretário de Saúde sobre essa implantação em seu município, 40% disseram que a falta dessa implantação poderia estar relaciona a recursos financeiros e 31,7% citou a necessidade de melhorar a estrutura física para que fosse possível essa implantação. Conclusões – Os Técnicos em Saúde Bucal do Rio Grande do Norte estão sendo mal aproveitados pelo serviço público. Faz-se necessário uma maior sensibilização dos gestores quanto a importância deste profissional e investimentos em reforma e contratação de profissionais.
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ROBERVAM DE MOURA PEDROZA
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Análise comparativa da tendência na Mortalidade Infantil em áreas cobertas e não cobertas pela Estratégia Saúde da Família no município de Garanhuns entre 2003 e 2012
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Orientador : ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA
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PAULO DE MEDEIROS ROCHA
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PAULO ROBERTO DE SANTANA
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Data: 23/05/2014
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Mostrar Resumo
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A mortalidade infantil é tida como um indicador sensível para descrever as condições de vida e de saúde de uma população, sendo, portanto, interpretada como a estimativa do risco de um nascido vivo morrer antes de completar o primeiro ano de vida. Esse indicador é considerado elevado quando atinge patamares superiores a 50/1.000 nascidos vivos, médios quando se encontra entre 20 e 49/1.000 e mais baixos quando está até 20/1.000. No Brasil, a Mortalidade Infantil tem evidenciado variações ao longo dos anos, e nas duas últimas décadas esse indicador tem sofrido um acentuado decréscimo, provavelmente devido à melhoria no acesso aos serviços de saúde, ao saneamento básico, redução da taxa de fecundidade, melhoria das condições de vida e implementação de tecnologias na atenção à saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a tendência na mortalidade infantil no município de Garanhuns no período de 2003 a 2012, segundo áreas cobertas e não cobertas pela estratégia saúde da família. Para atingir os objetivos, foi realizado um estudo de série temporal onde foram coletados os dados referentes aos nascidos vivos e óbitos de menores de 01 (um) ano através do Sistema de Informações de Atenção Básica – SIABE, nas áreas cobertas e não cobertas pela estratégia, a fim de estabelecer relação de causalidade entre a intervenção e o indicador. Os resultados foram apresentados em gráficos, com a curva da Mortalidade Infantil no município de Garanhuns entre os anos de 2003 e 2012 segmentado através das áreas cobertas e não cobertas pela estratégia saúde da família ao longo do mesmo período. Após a análise dos resultados, observou-se uma tendência de queda no coeficiente de mortalidade infantil tanto nas áreas cobertas pela estratégia da saúde da família quanto nas áreas cobertas pelo PACS, e que não foi possível estabelecer isoladamente uma maior redução da mortalidade infantil em áreas cobertas pela estratégia. No entanto, os resultados das ações desenvolvidas pela estratégia saúde da família são consistentes e plausíveis de causar impacto no declínio da mortalidade infantil, sobretudo as ações voltadas para a saúde da mulher e da criança.
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Mostrar Abstract
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A mortalidade infantil é tida como um indicador sensível para descrever as condições de vida e de saúde de uma população, sendo, portanto, interpretada como a estimativa do risco de um nascido vivo morrer antes de completar o primeiro ano de vida. Esse indicador é considerado elevado quando atinge patamares superiores a 50/1.000 nascidos vivos, médios quando se encontra entre 20 e 49/1.000 e mais baixos quando está até 20/1.000. No Brasil, a Mortalidade Infantil tem evidenciado variações ao longo dos anos, e nas duas últimas décadas esse indicador tem sofrido um acentuado decréscimo, provavelmente devido à melhoria no acesso aos serviços de saúde, ao saneamento básico, redução da taxa de fecundidade, melhoria das condições de vida e implementação de tecnologias na atenção à saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar a tendência na mortalidade infantil no município de Garanhuns no período de 2003 a 2012, segundo áreas cobertas e não cobertas pela estratégia saúde da família. Para atingir os objetivos, foi realizado um estudo de série temporal onde foram coletados os dados referentes aos nascidos vivos e óbitos de menores de 01 (um) ano através do Sistema de Informações de Atenção Básica – SIABE, nas áreas cobertas e não cobertas pela estratégia, a fim de estabelecer relação de causalidade entre a intervenção e o indicador. Os resultados foram apresentados em gráficos, com a curva da Mortalidade Infantil no município de Garanhuns entre os anos de 2003 e 2012 segmentado através das áreas cobertas e não cobertas pela estratégia saúde da família ao longo do mesmo período. Após a análise dos resultados, observou-se uma tendência de queda no coeficiente de mortalidade infantil tanto nas áreas cobertas pela estratégia da saúde da família quanto nas áreas cobertas pelo PACS, e que não foi possível estabelecer isoladamente uma maior redução da mortalidade infantil em áreas cobertas pela estratégia. No entanto, os resultados das ações desenvolvidas pela estratégia saúde da família são consistentes e plausíveis de causar impacto no declínio da mortalidade infantil, sobretudo as ações voltadas para a saúde da mulher e da criança.
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DANIELLE CHACON DOS SANTOS BRAZ
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PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM CURRAIS NOVOS/RN:USO DE PLANTAS MEDICINAIS?
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Orientador : MARIA ISABEL BRANDAO DE SOUZA MENDES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA KARENINA DE MELO ARRAES AMORIM
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MARIA ISABEL BRANDAO DE SOUZA MENDES
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RINALDA ARAÚJO GUERRA DE OLIVEIRA
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Data: 12/08/2014
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Este trabalho teve o objetivo de compreender como profissionais das Estratégias Saúde da Família e usuários do município de Currais Novos/RN lidam com a utilização (ou não) de plantas medicinais como uma das Práticas Integrativas e Complementares no SUS. A pesquisa é do tipo qualitativa e apresenta como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semi- estruturada, relacionada a questões que contemplaram o objetivo proposto. As entrevistas foram utilizadas com os profissionais e usuários, com base nas questões formuladas em um questionário e foram gravadas, com a anuência dos mesmos, sendo posteriormente transcritas em diário de campo. Foram sujeitos do estudo os profissionais médicos, enfermeiros, dentistas e agentes comunitários de saúde de equipes de estratégia saúde da família do município, totalizando 24 (vinte e quatro) profissionais de saúde, como também dez usuários identificados como pessoas que utilizam plantas medicinais para o cuidado de sua saúde que se mostrarem voluntários à pesquisa. Para a construção deste estudo, nos apoiamos na abordagem fenomenológica de Merleau-Ponty (1999), pois se direciona as experiências vividas, no sentido de compreendê-las. A partir deste estudo, pode-se perceber a importância atribuídas tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos usuários à utilização de plantas medicinais, como também evidenciar que é na tradição familiar que se encontra a principal forma de disseminação do conhecimento a respeito da utilização das mesmas. A maioria das plantas medicinais tiveram indicações populares semelhantes às indicações científicas de uso, porém 70% dos usuários referiram nunca terem recebido de profissionais de saúde orientações e incentivo de utilização desta prática de cuidado. Metade dos profissionais entrevistados relatou não sentir segurança para prescrever plantas medicinais, apenas 25% relataram ter recebido durante a graduação informação sobre o assunto. Espera-se com o desenvolvimento deste estudo contribuir para incentivar e tornar possível a implantação de protocolos de atenção por parte dos profissionais de saúde, além de ampliar o cuidado integral, o acesso a outras opções terapêuticas, a participação dos usuários e o fortalecimento do vínculo no âmbito da atenção básica e da estratégia saúde da família.
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Este trabalho teve o objetivo de compreender como profissionais das Estratégias Saúde da Família e usuários do município de Currais Novos/RN lidam com a utilização (ou não) de plantas medicinais como uma das Práticas Integrativas e Complementares no SUS. A pesquisa é do tipo qualitativa e apresenta como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semi- estruturada, relacionada a questões que contemplaram o objetivo proposto. As entrevistas foram utilizadas com os profissionais e usuários, com base nas questões formuladas em um questionário e foram gravadas, com a anuência dos mesmos, sendo posteriormente transcritas em diário de campo. Foram sujeitos do estudo os profissionais médicos, enfermeiros, dentistas e agentes comunitários de saúde de equipes de estratégia saúde da família do município, totalizando 24 (vinte e quatro) profissionais de saúde, como também dez usuários identificados como pessoas que utilizam plantas medicinais para o cuidado de sua saúde que se mostrarem voluntários à pesquisa. Para a construção deste estudo, nos apoiamos na abordagem fenomenológica de Merleau-Ponty (1999), pois se direciona as experiências vividas, no sentido de compreendê-las. A partir deste estudo, pode-se perceber a importância atribuídas tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos usuários à utilização de plantas medicinais, como também evidenciar que é na tradição familiar que se encontra a principal forma de disseminação do conhecimento a respeito da utilização das mesmas. A maioria das plantas medicinais tiveram indicações populares semelhantes às indicações científicas de uso, porém 70% dos usuários referiram nunca terem recebido de profissionais de saúde orientações e incentivo de utilização desta prática de cuidado. Metade dos profissionais entrevistados relatou não sentir segurança para prescrever plantas medicinais, apenas 25% relataram ter recebido durante a graduação informação sobre o assunto. Espera-se com o desenvolvimento deste estudo contribuir para incentivar e tornar possível a implantação de protocolos de atenção por parte dos profissionais de saúde, além de ampliar o cuidado integral, o acesso a outras opções terapêuticas, a participação dos usuários e o fortalecimento do vínculo no âmbito da atenção básica e da estratégia saúde da família.
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BENJAMIN BENTO DE ARAUJO NETO
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UMA ANÁLISE DA INTEGRAÇÃO DAS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NOS ESTADOS DO CE, PI E RN.
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Orientador : PAULO DE MEDEIROS ROCHA
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MEMBROS DA BANCA :
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MAISA PAULINO RODRIGUES
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PAULO DE MEDEIROS ROCHA
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SUZANA CARNEIRO DE AZEVEDO FERNANDES
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Data: 21/08/2014
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A pesquisa apresentada tem como objetivo analisar a integração das Redes de Atenção à Saúde, através do ordenamento e definição de fluxo de atendimento, na perspectiva do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica PMAQ-AB nos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Pretende Identificar se há registro dos usuários de maior risco encaminhados para outros pontos da atenção à saúde, assim como Estimar a disponibilização dos mecanismos e instrumentos de regulação na integração das Redes de Atenção à Saúde nesses Estados. O estudo é transversal, descritivo com uma abordagem quantitativa, fazendo parte da avaliação externa do PMAQ-AB no ano de 2013, do Ministério da Saúde que teve como base a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Os dados utilizados são todos secundários de todas as 1.702 Equipes de Saúde da Família que aderiram ao PMAQ-AB nos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, perfazendo um total de 422 Municípios dos mesmos Estados. A coleta desses dados será realizada no período de abril a junho de 2013. A análise dos dados será descritiva através do Statistical Package for Social Sciences ( SPSS ) versão 17.0.0. Espera-se que todo esforço desprendido na pesquisa possa contribuir para o fortalecimento do processo de monitoramento e avaliação na perspectiva de mudança de atitude de alguns gestores e, ou profissionais inseridos na Estratégia Saúde Família avaliadas, podendo visualizar a participação popular enquanto estratégia de controle social.
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A pesquisa apresentada tem como objetivo analisar a integração das Redes de Atenção à Saúde, através do ordenamento e definição de fluxo de atendimento, na perspectiva do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica PMAQ-AB nos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. Pretende Identificar se há registro dos usuários de maior risco encaminhados para outros pontos da atenção à saúde, assim como Estimar a disponibilização dos mecanismos e instrumentos de regulação na integração das Redes de Atenção à Saúde nesses Estados. O estudo é transversal, descritivo com uma abordagem quantitativa, fazendo parte da avaliação externa do PMAQ-AB no ano de 2013, do Ministério da Saúde que teve como base a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Os dados utilizados são todos secundários de todas as 1.702 Equipes de Saúde da Família que aderiram ao PMAQ-AB nos Estados do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, perfazendo um total de 422 Municípios dos mesmos Estados. A coleta desses dados será realizada no período de abril a junho de 2013. A análise dos dados será descritiva através do Statistical Package for Social Sciences ( SPSS ) versão 17.0.0. Espera-se que todo esforço desprendido na pesquisa possa contribuir para o fortalecimento do processo de monitoramento e avaliação na perspectiva de mudança de atitude de alguns gestores e, ou profissionais inseridos na Estratégia Saúde Família avaliadas, podendo visualizar a participação popular enquanto estratégia de controle social.
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LIGIANA NASCIMENTO DE LUCENA
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Acolhimento na estratégia saúde da família: O que dizem os usuários?
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Orientador : MAISA PAULINO RODRIGUES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO MEDEIROS JUNIOR
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DYEGO LEANDRO BEZERRA DE SOUZA
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JOÃO BOSCO FILHO
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MAISA PAULINO RODRIGUES
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Data: 29/08/2014
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Trata-se de um estudo quantitativo/qualitativo e avaliativo realizado no município de Recife-PE, em seis distritos sanitários. Foram entrevistados 297 usuários que frequentam as Unidades de Saúde da Família (USF) para se investigar se o acolhimento produz vínculos e escuta qualificada. Os dados foram coletados pela Escala de Avaliação da Satisfação dos Usuários visando identificar a satisfação dos usuários em relação ao acolhimento. Esta escala foi construída/adaptada a partir da Escala utilizada para verificar a satisfação de usuários com os serviços de saúde mental (Satis-BR). Os dados quantitativos foram analisados com o auxilio dos softwares Statistical Package for Social Science (SPSS) 17.0. Já os dados qualitativos foram analisados tomando-se por base o referencial teórico de Bardin. Os resultados apontam que os usuários, de modo geral, estão satisfeitos com o acolhimento dos profissionais nas USF investigadas. Entretanto, apontam fragilidades no serviço, principalmente no que toca a ambiência e infraestrutura dos serviços.
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Trata-se de um estudo quantitativo/qualitativo e avaliativo realizado no município de Recife-PE, em seis distritos sanitários. Foram entrevistados 297 usuários que frequentam as Unidades de Saúde da Família (USF) para se investigar se o acolhimento produz vínculos e escuta qualificada. Os dados foram coletados pela Escala de Avaliação da Satisfação dos Usuários visando identificar a satisfação dos usuários em relação ao acolhimento. Esta escala foi construída/adaptada a partir da Escala utilizada para verificar a satisfação de usuários com os serviços de saúde mental (Satis-BR). Os dados quantitativos foram analisados com o auxilio dos softwares Statistical Package for Social Science (SPSS) 17.0. Já os dados qualitativos foram analisados tomando-se por base o referencial teórico de Bardin. Os resultados apontam que os usuários, de modo geral, estão satisfeitos com o acolhimento dos profissionais nas USF investigadas. Entretanto, apontam fragilidades no serviço, principalmente no que toca a ambiência e infraestrutura dos serviços.
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ROSANA MARIA FERREIRA DE MOURA LIMA
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PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:CONTRIBUIÇÃO PARA CONSTRUÇÃO COLETIVA DO SABER-FAZER
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Orientador : ELIZABETHE CRISTINA FAGUNDES DE SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA KARENINA DE MELO ARRAES AMORIM
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ELIZABETHE CRISTINA FAGUNDES DE SOUZA
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JOÃO BOSCO FILHO
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Data: 15/09/2014
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O reconhecimento da alimentação como determinante e condicionante do processo saúde-doença exige novas explicações e intervenções da ação política em alimentação e nutrição e demanda modelo de atenção à saúde pautado na integralidade das ações e centrado na promoção da saúde. Este estudo, caracterizado como pesquisa-ação de caráter intervencionista, buscou desenvolver estratégias para apoiar a inserção transversal das ações de promoção da alimentação saudável nas práticas de profissionais de um Núcleo de Apoio à Saúde da Família e uma Unidade da Estratégia Saúde da Família no município de Natal, capital do Rio Grande do Norte, a partir da análise das percepções e processos de trabalho dessas equipes. Foram adotadas várias estratégias metodológicas: Círculo Hermenêutico Dialético, Observação Direta, Encontros Temáticos Reflexivos e Oficina “Repensando as práticas educativas para promoção da alimentação saudável”. Para registro de dados, foram utilizados os Diários de Pesquisa-DP e de Momentos-DM. A análise ocorreu de forma processual, em conjunto com os participantes da pesquisa, em constante movimento de reflexão-ação-reflexão, com base na hermenêutica-dialética. Quanto aos resultados, em relação à promoção da saúde, evidenciaram-se as seguintes percepções: promoção da saúde associada à prevenção de doenças e agravos; promoção da saúde relacionada à qualidade de vida e ao bem estar, em suas várias dimensões; promoção da saúde enquanto responsabilidade do Estado; promoção da saúde relacionada às ações de educação em saúde; promoção da saúde como expressão da resolutividade e acessibilidade aos serviços de saúde. Quanto à alimentação saudável, predominaram as percepções referentes aos aspectos nutricionais. No que se refere à educação alimentar e nutricional-EAN, observou-se predominância da percepção de EAN como informação, orientação e transmissão de conhecimentos para mudanças de práticas alimentares. No que diz respeito ao processo de trabalho, observou-se que entre as ações para promoção da saúde, predominam as atividades educativas, como palestras, rodas de conversas, que na maioria das vezes, ocorrem de forma fragmentada, sem planejamento conjunto entre as equipes, variando de acordo com os profissionais e o momento de trabalho em que são realizadas. Os resultados apontaram para a necessidade de reorganização dos processos de trabalho, na perspectiva da articulação intra e intersetorial e da construção de novas tecnologias, tais como: Projeto de Saúde do Território – PST, Projeto Terapêutico Singular-PTS, Clínica Ampliada e Compartilhada, práticas educativas com metodologias ativas de ensino-aprendizagem. A partir dos resultados consideramos que se faz necessário a “reforma do pensamento”, a partir de mudanças na formação profissional e do fortalecimento dos espaços de educação permanente, considerando a complexidade que envolve a alimentação, a educação alimentar e nutricional e a promoção da saúde. A reforma do pensamento deve estar articulada e imbricada à produção de saberes e práticas que favoreçam a intersetorialidade, a transversalidade, o diálogo e a postura democrática e solidária, com base na construção coletiva do saber-fazer. Esperamos que esse estudo possa contribuir com reflexões e iniciativas que estimulem a construção de práticas que promovam a alimentação saudável na Atenção Primária à Saúde, na perspectiva da integralidade do cuidado e da realização da Segurança Alimentar e Nutricional.
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O reconhecimento da alimentação como determinante e condicionante do processo saúde-doença exige novas explicações e intervenções da ação política em alimentação e nutrição e demanda modelo de atenção à saúde pautado na integralidade das ações e centrado na promoção da saúde. Este estudo, caracterizado como pesquisa-ação de caráter intervencionista, buscou desenvolver estratégias para apoiar a inserção transversal das ações de promoção da alimentação saudável nas práticas de profissionais de um Núcleo de Apoio à Saúde da Família e uma Unidade da Estratégia Saúde da Família no município de Natal, capital do Rio Grande do Norte, a partir da análise das percepções e processos de trabalho dessas equipes. Foram adotadas várias estratégias metodológicas: Círculo Hermenêutico Dialético, Observação Direta, Encontros Temáticos Reflexivos e Oficina “Repensando as práticas educativas para promoção da alimentação saudável”. Para registro de dados, foram utilizados os Diários de Pesquisa-DP e de Momentos-DM. A análise ocorreu de forma processual, em conjunto com os participantes da pesquisa, em constante movimento de reflexão-ação-reflexão, com base na hermenêutica-dialética. Quanto aos resultados, em relação à promoção da saúde, evidenciaram-se as seguintes percepções: promoção da saúde associada à prevenção de doenças e agravos; promoção da saúde relacionada à qualidade de vida e ao bem estar, em suas várias dimensões; promoção da saúde enquanto responsabilidade do Estado; promoção da saúde relacionada às ações de educação em saúde; promoção da saúde como expressão da resolutividade e acessibilidade aos serviços de saúde. Quanto à alimentação saudável, predominaram as percepções referentes aos aspectos nutricionais. No que se refere à educação alimentar e nutricional-EAN, observou-se predominância da percepção de EAN como informação, orientação e transmissão de conhecimentos para mudanças de práticas alimentares. No que diz respeito ao processo de trabalho, observou-se que entre as ações para promoção da saúde, predominam as atividades educativas, como palestras, rodas de conversas, que na maioria das vezes, ocorrem de forma fragmentada, sem planejamento conjunto entre as equipes, variando de acordo com os profissionais e o momento de trabalho em que são realizadas. Os resultados apontaram para a necessidade de reorganização dos processos de trabalho, na perspectiva da articulação intra e intersetorial e da construção de novas tecnologias, tais como: Projeto de Saúde do Território – PST, Projeto Terapêutico Singular-PTS, Clínica Ampliada e Compartilhada, práticas educativas com metodologias ativas de ensino-aprendizagem. A partir dos resultados consideramos que se faz necessário a “reforma do pensamento”, a partir de mudanças na formação profissional e do fortalecimento dos espaços de educação permanente, considerando a complexidade que envolve a alimentação, a educação alimentar e nutricional e a promoção da saúde. A reforma do pensamento deve estar articulada e imbricada à produção de saberes e práticas que favoreçam a intersetorialidade, a transversalidade, o diálogo e a postura democrática e solidária, com base na construção coletiva do saber-fazer. Esperamos que esse estudo possa contribuir com reflexões e iniciativas que estimulem a construção de práticas que promovam a alimentação saudável na Atenção Primária à Saúde, na perspectiva da integralidade do cuidado e da realização da Segurança Alimentar e Nutricional.
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FRANCISCO AMÉRICO MICUSSI
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CUIDANDO DO NINHO DA CEGONHA: IMPLANTAÇÃO DA CADERNETA DA GESTANTE EM UNIDADE DE SAÚDE DA FAMILIA
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Orientador : ELIZABETHE CRISTINA FAGUNDES DE SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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ELIZABETHE CRISTINA FAGUNDES DE SOUZA
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THIAGO GOMES DA TRINDADE
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RICARDO NEY OLIVEIRA COBUCCI
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Data: 19/09/2014
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A gestação é um período singular na vida da mulher, demandando atenção especial da família e dos profissionais de saúde (BRASIL, 2006). No Brasil, o Ministério da Saúde adotou o Cartão da Gestante para acompanhamento do Pré-natal, o que não tem se mostrado instrumento capaz de contribuir para a melhoria da qualidade dessa assistência, considerando que os registros são falhos, dificultando a compreensão dos mesmos por parte das gestantes. O projeto de intervenção que resultou nesta dissertação teve por objetivo implantar uma Caderneta da Gestante visando o aprimoramento ao atendimento à mulher no ciclo gravídico-puerperal. O local da intervenção foi a Unidade Saúde da Família do Campo da Mangueira, no município de Macaíba/RN, Brasil. A Caderneta foi adotada como ferramenta tecnológica da gestão do cuidado, de modo inclusivo e participativo, incluindo gestantes e equipe em todas as fases da implantação. Foram selecionadas e acompanhadas 09 (nove) gestantes, na faixa etária entre 19 (dezenove) a 20 (vinte) anos, e no período gestacional compreendida de 07 (sete) a 11 (onze) semanas durante o período de abril a julho de 2014. No total foram realizadas 46 (quarenta e seis) consultas, dentre as quais 27 (vinte e sete) pelo médico, 19 (dezenove) pela enfermeira, além dos atendimentos realizados pelo dentista, imunização e visitas domiciliares. O registro do processo de implantação da caderneta constou de anotações em prontuários e relatórios dos momentos de encontros com gestantes e com equipe de saúde. Constatou-se que além de uma construção coletiva, humanizada e interdisciplinar houve a satisfação demonstrada pelas gestantes contribuindo dessa maneira para a adesão ao Pré-Natal - PN, maior estabelecimento de vínculos, melhora da autoestima das gestantes e melhoria na qualidade do PN. Considera-se que a implantação da Caderneta da Gestante na referida Unidade de Saúde contribuiu para mudanças nos modos de fazer a atenção materno-infantil na Estratégia de Saúde da Família e pode ser recomendada para implantação na rede municipal.
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A gestação é um período singular na vida da mulher, demandando atenção especial da família e dos profissionais de saúde (BRASIL, 2006). No Brasil, o Ministério da Saúde adotou o Cartão da Gestante para acompanhamento do Pré-natal, o que não tem se mostrado instrumento capaz de contribuir para a melhoria da qualidade dessa assistência, considerando que os registros são falhos, dificultando a compreensão dos mesmos por parte das gestantes. O projeto de intervenção que resultou nesta dissertação teve por objetivo implantar uma Caderneta da Gestante visando o aprimoramento ao atendimento à mulher no ciclo gravídico-puerperal. O local da intervenção foi a Unidade Saúde da Família do Campo da Mangueira, no município de Macaíba/RN, Brasil. A Caderneta foi adotada como ferramenta tecnológica da gestão do cuidado, de modo inclusivo e participativo, incluindo gestantes e equipe em todas as fases da implantação. Foram selecionadas e acompanhadas 09 (nove) gestantes, na faixa etária entre 19 (dezenove) a 20 (vinte) anos, e no período gestacional compreendida de 07 (sete) a 11 (onze) semanas durante o período de abril a julho de 2014. No total foram realizadas 46 (quarenta e seis) consultas, dentre as quais 27 (vinte e sete) pelo médico, 19 (dezenove) pela enfermeira, além dos atendimentos realizados pelo dentista, imunização e visitas domiciliares. O registro do processo de implantação da caderneta constou de anotações em prontuários e relatórios dos momentos de encontros com gestantes e com equipe de saúde. Constatou-se que além de uma construção coletiva, humanizada e interdisciplinar houve a satisfação demonstrada pelas gestantes contribuindo dessa maneira para a adesão ao Pré-Natal - PN, maior estabelecimento de vínculos, melhora da autoestima das gestantes e melhoria na qualidade do PN. Considera-se que a implantação da Caderneta da Gestante na referida Unidade de Saúde contribuiu para mudanças nos modos de fazer a atenção materno-infantil na Estratégia de Saúde da Família e pode ser recomendada para implantação na rede municipal.
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ADRIANA MARIA ALVES
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Morbimortalidade materna no município de Mossoró: Desvelando seus fatores
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Orientador : KARLA PATRICIA CARDOSO AMORIM
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MEMBROS DA BANCA :
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KARLA PATRICIA CARDOSO AMORIM
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ANA KARENINA DE MELO ARRAES AMORIM
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FATIMA RAQUEL ROSADO MORAIS
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Data: 19/09/2014
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O objetivo deste trabalho, caracterizado como uma pesquisa de abordagem qualitativa de caráter exploratório descritivo, é analisar os aspectos que contribuem para a morbimortalidade materna em Mossoró-RN à luz da bioética. As informações foram coletadas entre os meses de Novembro e Dezembro de 2013, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 16 profissionais de saúde, sendo metade deles trabalhadores de Atenção Primária à Saúde e a outra metade de urgência obstétrica, e 04 mulheres que tiveram gravidez de alto risco com internação em UTI. O número de profissionais e de mulheres foi determinado pelo método da saturação na coleta de informações em pesquisas qualitativas. As entrevistas foram transcritas e submetidas a técnica de análise de conteúdo, especificamente a análise temática, possibilitando um aprofundamento e ultrapassando o conteúdo das falas. Diante disso, foram construídas três categorias de análise, a saber: a atenção à gestante no município de Mossoró/RN; os fatores que contribuem para a morbimortalidade materna em Mossoró/RN; e a morte de perto: O relato de gestantes de alto risco que foram internadas em Unidade de Terapia Intensiva. A interpretação das informações analisadas revelaram a realidade difícil da rede de atenção à gestante no município, nos seus três níveis, apontam alguns fatores que contribuem com o aumento da morbimortalidade materna e estes correlacionados com os princípios da bioética de BEAUCHAMP & CHILDRESS e os princípios da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da UNESCO, sugerem algumas ações que poderiam diminuir este índice, relatam como lidam e percebem a morte materna e os sentimentos envolvidos, e relatam também a vivência de mulheres que tiveram risco de morte na gestação. Percebemos então, na fala dos profissionais a necessidade de pôr em prática o que já existe na teoria, nos protocolos, manuais e portarias do Governo Federal. Mais uma vez sabemos o que precisa ser feito para reduzir a mortalidade materna e melhorar a qualidade da atenção, porém não há iniciativa concreta para que se efetive tudo isso e tenhamos o resultado esperado. O que existe é negligência não de todos, mas de todas as partes. Precisamos inicialmente capacitar os gestores e sensibiliza-los para essa temática. Os cidadãos também precisam ser empoderados de seus direitos e conhecedores das políticas públicas, para que possam cobrar dos serviços e dos gestores seu cumprimento. Por último precisamos sensibilizar os profissionais na busca de conhecimentos e na luta por melhores condições de trabalho, recursos humanos suficientes e de salário, para também cobrar deles a excelência no atendimento. Desta forma os profissionais entendem que teremos menores números da mortalidade materna e maior satisfação dos usuários do SUS, especialmente neste caso, das mulheres que necessitam do serviço de obstetrícia.
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O objetivo deste trabalho, caracterizado como uma pesquisa de abordagem qualitativa de caráter exploratório descritivo, é analisar os aspectos que contribuem para a morbimortalidade materna em Mossoró-RN à luz da bioética. As informações foram coletadas entre os meses de Novembro e Dezembro de 2013, por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com 16 profissionais de saúde, sendo metade deles trabalhadores de Atenção Primária à Saúde e a outra metade de urgência obstétrica, e 04 mulheres que tiveram gravidez de alto risco com internação em UTI. O número de profissionais e de mulheres foi determinado pelo método da saturação na coleta de informações em pesquisas qualitativas. As entrevistas foram transcritas e submetidas a técnica de análise de conteúdo, especificamente a análise temática, possibilitando um aprofundamento e ultrapassando o conteúdo das falas. Diante disso, foram construídas três categorias de análise, a saber: a atenção à gestante no município de Mossoró/RN; os fatores que contribuem para a morbimortalidade materna em Mossoró/RN; e a morte de perto: O relato de gestantes de alto risco que foram internadas em Unidade de Terapia Intensiva. A interpretação das informações analisadas revelaram a realidade difícil da rede de atenção à gestante no município, nos seus três níveis, apontam alguns fatores que contribuem com o aumento da morbimortalidade materna e estes correlacionados com os princípios da bioética de BEAUCHAMP & CHILDRESS e os princípios da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos da UNESCO, sugerem algumas ações que poderiam diminuir este índice, relatam como lidam e percebem a morte materna e os sentimentos envolvidos, e relatam também a vivência de mulheres que tiveram risco de morte na gestação. Percebemos então, na fala dos profissionais a necessidade de pôr em prática o que já existe na teoria, nos protocolos, manuais e portarias do Governo Federal. Mais uma vez sabemos o que precisa ser feito para reduzir a mortalidade materna e melhorar a qualidade da atenção, porém não há iniciativa concreta para que se efetive tudo isso e tenhamos o resultado esperado. O que existe é negligência não de todos, mas de todas as partes. Precisamos inicialmente capacitar os gestores e sensibiliza-los para essa temática. Os cidadãos também precisam ser empoderados de seus direitos e conhecedores das políticas públicas, para que possam cobrar dos serviços e dos gestores seu cumprimento. Por último precisamos sensibilizar os profissionais na busca de conhecimentos e na luta por melhores condições de trabalho, recursos humanos suficientes e de salário, para também cobrar deles a excelência no atendimento. Desta forma os profissionais entendem que teremos menores números da mortalidade materna e maior satisfação dos usuários do SUS, especialmente neste caso, das mulheres que necessitam do serviço de obstetrícia.
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CLARISSA ANDIRA XAVIER E SILVA
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A ARTICULAÇÃO ENTRE A ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E O CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL: ANÁLISE DE EXPERIÊNCIA EM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO
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Orientador : ANA KARENINA DE MELO ARRAES AMORIM
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA KARENINA DE MELO ARRAES AMORIM
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JACILEIDE GUIMARAES
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JOÃO BOSCO FILHO
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MAURICIO ROBERTO CAMPELO DE MACEDO
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Data: 26/09/2014
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A reforma psiquiátrica antimanicomial consiste num processo que busca desconstruir a lógica excludente provocada pelas internações, proporcionando aos sujeitos estratégias de reinserção social. Nesse sentido, a atenção básica, através da Estratégia de Saúde da Família - ESF vem, progressivamente, tornando-se espaço estratégico nas intervenções em saúde mental, se configurando como campo de práticas e produção de novos modos de cuidado. Nesta perspectiva, em Areia Branca-RN vem ocorrendo um processo de implementação dessa proposta, através da articulação da rede de Atenção Psicossocial e da Estratégia Saúde da Família/ESF. Porém, este processo não tem sido capaz de provocar mudanças nas práticas. Ao partir da concepção de que a articulação entre saúde mental e atenção básica é um desafio a ser enfrentado atualmente, que a melhoria da assistência prestada e a ampliação do acesso da população aos serviços com garantia de continuidade da atenção dependem da efetivação dessa articulação, estabeleceu-se como objetivo de pesquisa: Investigar como se dá a relação entre as equipes de ESF e a equipe de CAPS na atenção a saúde mental no município de Areia Branca – RN a partir dos discursos dos profissionais. E teve-se como objetivos específicos: 1) Conhecer a demanda em saúde mental existente no município de Areia Branca – RN atendida pela ESF; 2) Identificar limites e dificuldades na relação entre as equipes da ESF e do CAPS; 3) Identificar potencialidades para articulação entre as equipes da ESF e do CAPS para a constituição da RAPS local. Tratou-se de um estudo descritivo-exploratório, com desenho metodológico de natureza qualitativa, cujos sujeitos foram profissionais da Estratégia Saúde da Família, profissionais do Centro de Atenção Psicossocial e o responsável pela condução/gestão da saúde mental no município. Como instrumentos de pesquisa foram utilizadas observações informais, entrevista semiestruturada e grupos focais. As informações obtidas foram analisadas considerando a análise de conteúdo de Bardin, o que possibilitou discutir a pertinência do referencial teórico com os dados obtidos através da observação e interpretação da articulação entre a Estratégia de Saúde da Família e a rede de Atenção Psicossocial no município de Areia Branca-RN. Por um lado, registrou-se intensa demanda em saúde mental advinda de usuários e de seus familiares e/ou cuidadores. Por outro, verificaram-se que apesar de existir alguns avanços com relação a percepções sobre saúde mental, existem ainda práticas, histórica e contextualmente arraigadas, que atuam como obstáculos para a resposta efetiva a essa demanda na perspectiva da desinstitucionalização. Nesse sentido, considera-se importante ressaltar que as equipes da Estratégia de Saúde da Família devem ser capacitadas para garantir a prática de saúde com integralidade e a incorporação à rede de saúde mental do município.
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A reforma psiquiátrica antimanicomial consiste num processo que busca desconstruir a lógica excludente provocada pelas internações, proporcionando aos sujeitos estratégias de reinserção social. Nesse sentido, a atenção básica, através da Estratégia de Saúde da Família - ESF vem, progressivamente, tornando-se espaço estratégico nas intervenções em saúde mental, se configurando como campo de práticas e produção de novos modos de cuidado. Nesta perspectiva, em Areia Branca-RN vem ocorrendo um processo de implementação dessa proposta, através da articulação da rede de Atenção Psicossocial e da Estratégia Saúde da Família/ESF. Porém, este processo não tem sido capaz de provocar mudanças nas práticas. Ao partir da concepção de que a articulação entre saúde mental e atenção básica é um desafio a ser enfrentado atualmente, que a melhoria da assistência prestada e a ampliação do acesso da população aos serviços com garantia de continuidade da atenção dependem da efetivação dessa articulação, estabeleceu-se como objetivo de pesquisa: Investigar como se dá a relação entre as equipes de ESF e a equipe de CAPS na atenção a saúde mental no município de Areia Branca – RN a partir dos discursos dos profissionais. E teve-se como objetivos específicos: 1) Conhecer a demanda em saúde mental existente no município de Areia Branca – RN atendida pela ESF; 2) Identificar limites e dificuldades na relação entre as equipes da ESF e do CAPS; 3) Identificar potencialidades para articulação entre as equipes da ESF e do CAPS para a constituição da RAPS local. Tratou-se de um estudo descritivo-exploratório, com desenho metodológico de natureza qualitativa, cujos sujeitos foram profissionais da Estratégia Saúde da Família, profissionais do Centro de Atenção Psicossocial e o responsável pela condução/gestão da saúde mental no município. Como instrumentos de pesquisa foram utilizadas observações informais, entrevista semiestruturada e grupos focais. As informações obtidas foram analisadas considerando a análise de conteúdo de Bardin, o que possibilitou discutir a pertinência do referencial teórico com os dados obtidos através da observação e interpretação da articulação entre a Estratégia de Saúde da Família e a rede de Atenção Psicossocial no município de Areia Branca-RN. Por um lado, registrou-se intensa demanda em saúde mental advinda de usuários e de seus familiares e/ou cuidadores. Por outro, verificaram-se que apesar de existir alguns avanços com relação a percepções sobre saúde mental, existem ainda práticas, histórica e contextualmente arraigadas, que atuam como obstáculos para a resposta efetiva a essa demanda na perspectiva da desinstitucionalização. Nesse sentido, considera-se importante ressaltar que as equipes da Estratégia de Saúde da Família devem ser capacitadas para garantir a prática de saúde com integralidade e a incorporação à rede de saúde mental do município.
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NAYARA SANTOS MARTINS NEIVA DE MELO
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MESTRADO PROFISSIONAL EM SAÚDE DA FAMÍLIA: O CURSO SOB A PERSPECTIVA DOS MESTRANDOS
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Orientador : ANTONIO MEDEIROS JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTONIO MEDEIROS JUNIOR
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MAISA PAULINO RODRIGUES
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IRIS DO CEU CLARA COSTA
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MARIA DO CARMO EULÁLIO
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Data: 24/11/2014
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Os mestrados profissionais foram criados no Brasil na década de 1990 em resposta às transformações sociais ocorridas no mundo do trabalho e têm como objetivo formar profissionais de alto nível com perfil próprio para diversas atividades da sociedade e para o setor produtivo. Constituem-se, na mais inovadora modalidade de pós-graduação brasileira, e carecem, portanto, de legitimação de sua identidade, o que suscita a necessidade de discussões para obter maiores esclarecimentos e delinear as características dessa modalidade de pós-graduação. Deseja-se construir novos entendimentos sobre suas peculiaridades partindo da ótica dos discentes do curso de Mestrado Profissional em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família, e não apenas de acordo com as semelhanças e diferenças em relação ao mestrado acadêmico. O presente estudo tem como objetivo apreender os significados atribuídos pelos estudantes à formação no Mestrado Profissional em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família. Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório. Os sujeitos são os cem discentes em formação no ano de 2013, distribuídos entre as seis instituições nucleadoras da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família. Para a coleta de informações foi realizada pesquisa documental nos registros institucionais de todos os discentes, assim como entrevistas. Foram entrevistados 15 discentes, distribuídos nas seis instituições nucleadoras. As informações obtidas por meio de entrevistas gravadas, foram transcritas e resultaram em dois corpus de análise, posteriormente submetidos ao software Alceste© 4.9 para identificação das classes semânticas. Pode-se concluir que o curso proporcionou uma ressignificação de práticas profissionais na Estratégia Saúde da Família, considerando o contexto organizacional da Atenção Básica na região Nordeste e as especificidades do trabalho em saúde. Mesmo diante de dificuldades do alunado relacionadas à apropriação dos métodos de pesquisa, e à própria metodologia ativa da aprendizagem baseada em problemas, contribuiu efetivamente para o aprimoramento dos processos de trabalho na Atenção Básica, valorizando o trabalho em equipe e permitindo a aquisição de novos conhecimentos científicos.
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Os mestrados profissionais foram criados no Brasil na década de 1990 em resposta às transformações sociais ocorridas no mundo do trabalho e têm como objetivo formar profissionais de alto nível com perfil próprio para diversas atividades da sociedade e para o setor produtivo. Constituem-se, na mais inovadora modalidade de pós-graduação brasileira, e carecem, portanto, de legitimação de sua identidade, o que suscita a necessidade de discussões para obter maiores esclarecimentos e delinear as características dessa modalidade de pós-graduação. Deseja-se construir novos entendimentos sobre suas peculiaridades partindo da ótica dos discentes do curso de Mestrado Profissional em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família, e não apenas de acordo com as semelhanças e diferenças em relação ao mestrado acadêmico. O presente estudo tem como objetivo apreender os significados atribuídos pelos estudantes à formação no Mestrado Profissional em Saúde da Família da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família. Trata-se de um estudo qualitativo e exploratório. Os sujeitos são os cem discentes em formação no ano de 2013, distribuídos entre as seis instituições nucleadoras da Rede Nordeste de Formação em Saúde da Família. Para a coleta de informações foi realizada pesquisa documental nos registros institucionais de todos os discentes, assim como entrevistas. Foram entrevistados 15 discentes, distribuídos nas seis instituições nucleadoras. As informações obtidas por meio de entrevistas gravadas, foram transcritas e resultaram em dois corpus de análise, posteriormente submetidos ao software Alceste© 4.9 para identificação das classes semânticas. Pode-se concluir que o curso proporcionou uma ressignificação de práticas profissionais na Estratégia Saúde da Família, considerando o contexto organizacional da Atenção Básica na região Nordeste e as especificidades do trabalho em saúde. Mesmo diante de dificuldades do alunado relacionadas à apropriação dos métodos de pesquisa, e à própria metodologia ativa da aprendizagem baseada em problemas, contribuiu efetivamente para o aprimoramento dos processos de trabalho na Atenção Básica, valorizando o trabalho em equipe e permitindo a aquisição de novos conhecimentos científicos.
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NEUMA MARINHO DE QUEIROZ SANTOS DA COSTA CUNHA
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A TERAPIA COMUNITÁRIA E A VIVÊNCIA DE ESTUDANTES DE MEDICINA: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO APRENDIZAGEM DO CUIDADO HUMANIZADO NA ESF?
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Orientador : GEORGIA SIBELE NOGUEIRA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANTÔNIO VLADIMIR FÉLIX DA SILVA
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GEORGIA SIBELE NOGUEIRA DA SILVA
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THIAGO GOMES DA TRINDADE
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Data: 19/12/2014
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Diante de um cenário repleto de críticas a um modelo médico que privilegia a doença e não o doente são muitos os argumentos que defendem a necessidade de resgatar a relação humanizada entre médico e paciente, direcionando a escuta terapêutica não só para os relatos objetivos da doença, mas para todos os aspectos que permeiam o adoecer. Tornou-se imprescindível formar durante a graduação médica um profissional com formação geral, humanística, crítica e reflexiva, capaz de realizar uma abordagem integral do ser humano; no entanto, apesar dos avanços do projeto pedagógico do curso de medicina, ainda nos deparamos com inúmeros desafios no processo de formação. O presente estudo teve como objetivo principal investigar se a vivência do estudante de medicina com a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) na Atenção Primária- APS /Estratégia Saúde da Família- ESF, apresenta potencial para se configurar enquanto estratégia de ensino-aprendizagem para o cuidado integral e humanizado. Realizou-se uma pesquisa qualitativa com estudantes do curso de medicina do décimo ao décimo segundo período que tiveram vivência com a TCI, como parte do Internato de Medicina de Família e Comunidade. Utilizamos entrevistas em profundidade com roteiro e recorremos para análise das narrativas à Hermenêutica Gadameriana. Os alunos até ingressarem no internato de MFC desconheciam a TCI e suas pré-concepções revestiam-se de caráter depreciativo. A vivência do método possibilitou reavaliação dos preconceitos e construção de novos conceitos comprovando a importância da estratégia. Evidenciamos um hiato entre o “ensino” de conceitos teóricos do cuidado humanizado, mal compreendidos, durante a graduação médica e a aplicação prática desse cuidado a partir de modelos que privilegiem a escuta qualificada, a construção de vínculos, a autonomia do paciente dentre outros. Estagiar na ESF e participar da TCI favorece o aprendizado de conhecimentos “inexplicáveis”, demonstrando que só a vivência os consolida. Experimentar sentimentos de dores e alegrias através do enfrentamento de dificuldades e gratificações, neste cenário, contribui para o aprendizado. A TCI revelou potencialidades para o aprendizado de condições como resiliência, habilidade de comunicação, abordagem integral da pessoa e escuta. Questões como dificuldades estruturais, baixo número de pessoas com formação em TCI e pouco tempo de vivências com a TCI, aparecem como limitações para utilização do método como ferramenta pedagógica. Consideramos que a participação dos alunos na TCI, significa poder oferecer aos estudantes muito além de uma estratégia de ensino-aprendizagem para o cuidado humanizado, representa a possibilidade de ampliar os horizontes destes futuros médicos em um olhar bem mais consciente das dificuldades e potencialidades de um profissional na ESF. Acreditamos estar contribuindo para a formação de profissionais mais sensibilizados e preparados para realizar uma abordagem integral e humanizada da pessoa e de sua comunidade. A TCI enquanto estratégia de ensino permite ao participante realizar reflexões críticas, mostrando ser um instrumento capaz de possibilitar uma visão mais ampliada do estudante diante de sua prática profissional e capaz de conduzi-lo a mudanças de atitude, o que se refletirá em uma APS/ESF, mais resolutiva e gratificante para todos.
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Diante de um cenário repleto de críticas a um modelo médico que privilegia a doença e não o doente são muitos os argumentos que defendem a necessidade de resgatar a relação humanizada entre médico e paciente, direcionando a escuta terapêutica não só para os relatos objetivos da doença, mas para todos os aspectos que permeiam o adoecer. Tornou-se imprescindível formar durante a graduação médica um profissional com formação geral, humanística, crítica e reflexiva, capaz de realizar uma abordagem integral do ser humano; no entanto, apesar dos avanços do projeto pedagógico do curso de medicina, ainda nos deparamos com inúmeros desafios no processo de formação. O presente estudo teve como objetivo principal investigar se a vivência do estudante de medicina com a Terapia Comunitária Integrativa (TCI) na Atenção Primária- APS /Estratégia Saúde da Família- ESF, apresenta potencial para se configurar enquanto estratégia de ensino-aprendizagem para o cuidado integral e humanizado. Realizou-se uma pesquisa qualitativa com estudantes do curso de medicina do décimo ao décimo segundo período que tiveram vivência com a TCI, como parte do Internato de Medicina de Família e Comunidade. Utilizamos entrevistas em profundidade com roteiro e recorremos para análise das narrativas à Hermenêutica Gadameriana. Os alunos até ingressarem no internato de MFC desconheciam a TCI e suas pré-concepções revestiam-se de caráter depreciativo. A vivência do método possibilitou reavaliação dos preconceitos e construção de novos conceitos comprovando a importância da estratégia. Evidenciamos um hiato entre o “ensino” de conceitos teóricos do cuidado humanizado, mal compreendidos, durante a graduação médica e a aplicação prática desse cuidado a partir de modelos que privilegiem a escuta qualificada, a construção de vínculos, a autonomia do paciente dentre outros. Estagiar na ESF e participar da TCI favorece o aprendizado de conhecimentos “inexplicáveis”, demonstrando que só a vivência os consolida. Experimentar sentimentos de dores e alegrias através do enfrentamento de dificuldades e gratificações, neste cenário, contribui para o aprendizado. A TCI revelou potencialidades para o aprendizado de condições como resiliência, habilidade de comunicação, abordagem integral da pessoa e escuta. Questões como dificuldades estruturais, baixo número de pessoas com formação em TCI e pouco tempo de vivências com a TCI, aparecem como limitações para utilização do método como ferramenta pedagógica. Consideramos que a participação dos alunos na TCI, significa poder oferecer aos estudantes muito além de uma estratégia de ensino-aprendizagem para o cuidado humanizado, representa a possibilidade de ampliar os horizontes destes futuros médicos em um olhar bem mais consciente das dificuldades e potencialidades de um profissional na ESF. Acreditamos estar contribuindo para a formação de profissionais mais sensibilizados e preparados para realizar uma abordagem integral e humanizada da pessoa e de sua comunidade. A TCI enquanto estratégia de ensino permite ao participante realizar reflexões críticas, mostrando ser um instrumento capaz de possibilitar uma visão mais ampliada do estudante diante de sua prática profissional e capaz de conduzi-lo a mudanças de atitude, o que se refletirá em uma APS/ESF, mais resolutiva e gratificante para todos.
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MARCOS OLIVEIRA DIAS VASCONCELOS
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O ENSINO DO LIDAR COM A MORTE NO CONTEXTO DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE NO CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA.
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Orientador : GEORGIA SIBELE NOGUEIRA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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GEORGIA SIBELE NOGUEIRA DA SILVA
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JOÃO BOSCO FILHO
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THIAGO GOMES DA TRINDADE
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Data: 22/12/2014
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Ao longo do tempo, os avanços na ciência e na tecnologia biomédica foram cada vez mais incrementados, contribuindo para a falsa ideia sobre a possibilidade de controle e domínio da morte. A morte é um tema interditado, evitado tanto na sociedade leiga quanto no diálogo entre médicos e pacientes, pois é encarada como um fracasso profissional na área da saúde. O ensino do lidar com a morte na educação médica tem sido objeto de atenção de alguns autores, mas mudanças na formação médica com o aprofundamento dessa temática ocorrem muito lentamente. O objetivo desta pesquisa foi compreender os caminhos do ensino do lidar com a morte no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se de uma pesquisa qualitativa feita a partir da colaboração de professores do curso de medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), escolhidos entre os docentes envolvidos em experiências curriculares na APS. Foram combinadas duas estratégias tecno-metodológicas: entrevistas em profundidade com roteiro e oficina com utilização de “cenas” projetivas. Para análise e interpretação das narrativas recorremos à Hermenêutica Gadameriana. Nos resultados, apontou-se que o ensino do lidar com a morte na UFPB é insuficiente e hegemonicamente tecnicista, apesar de, nas práticas pedagógicas em APS, haver uma proposta de ensino-aprendizagem ativa, baseada na problematização de situações concretas, que busca diminuir a distância entre a formação técnica e humana. Para os docentes, o ensino do lidar com a morte deveria acontecer, a partir de uma abordagem multidimensional, ao longo de toda a formação médica. Identificamos quatro habilidades ou competências para o cuidado humanizado no lidar com a morte na APS: tentar salvar, promover qualidade de morte, estar presente até o fim e valorizar a dimensão da espiritualidade. São limites dos espaços curriculares na APS para o ensino do lidar com a morte: práticas de ensino tecnificadas, fragmentadas, com avaliações e metodologias tradicionais; a falta de aprofundamento pedagógico e de integração no currículo médico; e as fragilidades dos serviços de APS. São potencialidades dos espaços curriculares na APS para o ensino do lidar com a morte a aproximação com as dinâmicas de adoecimentos e lutas da população, através de práticas mais dialogadas e que incentivem o protagonismo estudantil e o trabalho interdisciplinar. A metodologia de utilização de “cenas” projetivas mostrou ser uma ferramenta interessante para o ensino do lidar com a morte. Conclui-se que esta pesquisa permitiu identificar elementos capazes de iluminar novos modos de saber-fazer para um cuidado humanizado diante do adoecer e morrer.
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Ao longo do tempo, os avanços na ciência e na tecnologia biomédica foram cada vez mais incrementados, contribuindo para a falsa ideia sobre a possibilidade de controle e domínio da morte. A morte é um tema interditado, evitado tanto na sociedade leiga quanto no diálogo entre médicos e pacientes, pois é encarada como um fracasso profissional na área da saúde. O ensino do lidar com a morte na educação médica tem sido objeto de atenção de alguns autores, mas mudanças na formação médica com o aprofundamento dessa temática ocorrem muito lentamente. O objetivo desta pesquisa foi compreender os caminhos do ensino do lidar com a morte no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se de uma pesquisa qualitativa feita a partir da colaboração de professores do curso de medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), escolhidos entre os docentes envolvidos em experiências curriculares na APS. Foram combinadas duas estratégias tecno-metodológicas: entrevistas em profundidade com roteiro e oficina com utilização de “cenas” projetivas. Para análise e interpretação das narrativas recorremos à Hermenêutica Gadameriana. Nos resultados, apontou-se que o ensino do lidar com a morte na UFPB é insuficiente e hegemonicamente tecnicista, apesar de, nas práticas pedagógicas em APS, haver uma proposta de ensino-aprendizagem ativa, baseada na problematização de situações concretas, que busca diminuir a distância entre a formação técnica e humana. Para os docentes, o ensino do lidar com a morte deveria acontecer, a partir de uma abordagem multidimensional, ao longo de toda a formação médica. Identificamos quatro habilidades ou competências para o cuidado humanizado no lidar com a morte na APS: tentar salvar, promover qualidade de morte, estar presente até o fim e valorizar a dimensão da espiritualidade. São limites dos espaços curriculares na APS para o ensino do lidar com a morte: práticas de ensino tecnificadas, fragmentadas, com avaliações e metodologias tradicionais; a falta de aprofundamento pedagógico e de integração no currículo médico; e as fragilidades dos serviços de APS. São potencialidades dos espaços curriculares na APS para o ensino do lidar com a morte a aproximação com as dinâmicas de adoecimentos e lutas da população, através de práticas mais dialogadas e que incentivem o protagonismo estudantil e o trabalho interdisciplinar. A metodologia de utilização de “cenas” projetivas mostrou ser uma ferramenta interessante para o ensino do lidar com a morte. Conclui-se que esta pesquisa permitiu identificar elementos capazes de iluminar novos modos de saber-fazer para um cuidado humanizado diante do adoecer e morrer.
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