GRUPOS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FERRAMENTA DE CUIDADO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM UM MUNICÍPIO DE MÉDIO PORTE: PERCEPÇÃO DOS USUÁRIOS E DOS PROFISSIONAIS
Grupos. Educação em saúde. Atenção primária à saúde.
Teve-se como problema de análise: Qual a percepção dos profissionais e dos usuários acerca do grupo enquanto ferramenta de promoção da saúde e do autocuidado na Estratégia saúde da família no Município de Assú/RN? O objetivo geral é analisar a percepção dos profissionais e dos usuários acerca dos grupos como ferramenta de promoção da saúde e de autocuidado na Estratégia Saúde de Família no Município de Assú/RN. Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo de abordagem qualitativa, que, segundo Minayo (2009), trabalha com o universo dos significados dos valores e das atitudes que os fenômenos são interpretados a partir de suas ações dentro da realidade vivida. O projeto de pesquisa foi aprovado através do parecer 3.180.297 em 01 de março de 2019 do Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes-CEP/HUOL, ao qual está vinculado o Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN. A pesquisa foi realizada em 01 Unidade Básica de Saúde da Zona Urbana do Município de Assú/RN, com amostra composta por 10 profissionais da equipe multidisciplinar de saúde da família e oito usuários participantes de grupos de educação em saúde que funcionaram na mesma equipe. Para a coleta de dados foi utilizada entrevista semiestruturada com os profissionais e grupo focal com os usuários. A análise de dados foi feita através da análise de conteúdo de Bardin. Os resultados demonstraram que os grupos são planejados de forma coletiva pela equipe, com a organização e definição de temas com maior centralidade no enfermeiro. Na percepção de alguns profissionais os grupos são concebidos como espaço de convivência e troca, para outros, como espaço de repasse de informações. Como dificuldades para formação de grupos os profissionais elencaram a falta de tempo decorrente da alta demanda por atendimentos individuais,a desarticulação da equipe e a falta de interesse de alguns de participar dos momentos de reuniões de equipe e falta de apoio da Gestão Municipal. Como potencialidade os profissionais relataram a parceria, humildade, o estabelecimento de diálogo e o amor ao trabalho. Os usuários descreveram os grupos como espaços de transformação que contribui para a autonomia e para o autocuidado.