Alta compartilhada do recém-nascido por equipes de saúde da família e de maternidade
Atenção primária à saúde; Recém-nascido; Alta compartilhada
A mortalidade infantil ainda se apresenta como grave problema de saúde pública, e de forma especial, quando se trata do componente neonatal. Apesar das inúmeras estratégias já implementadas para o enfrentamento do elevado número de óbitos infantis, ofertar cuidado adequado ao recém-nascido, ainda é um desafio. A alta hospitalar compartilhada é apresentada como potencial estratégia visando o seguimento do recém-nascido de risco, após a alta da maternidade, principalmente, se for realizada de forma compartilhada entre a Atenção Especializada e a Atenção Básica. Dessa forma, esta pesquisa objetiva analisar o processo de alta compartilhada do recém-nascido por equipes de maternidade, compartilhada com as equipes de saúde da família no contexto do cuidado da Atenção Primária em Saúde. Trata-se de estudo exploratório do tipo descritivo, com abordagem qualitativa, a ser desenvolvido na cidade de Cajazeiras, no estado da Paraíba. Os sujeitos envolvidos na pesquisa serão as equipes de saúde da Maternidade e das Unidades de Saúde da Família (USF) vinculadas diretamente ao cuidado do recém-nascido. A coleta dos dados será realizada através de duas técnicas: a entrevista a ser realizada com o universo das equipes das 23 USF e com a equipe de referência no cuidado da Maternidade, bem como, o grupo focal, que integrará tanto a equipe de atenção da Maternidade, como uma equipe de saúde da família que será selecionada pelo critério de apresentar, na sua área de abrangência, o maior percentual de recém-nascidos de risco do município. Pretende-se mapear, entre os cuidadores, os consensos e dissensos sobre o cuidado e a alta compartilhada do recém nascido, bem como construir um check-list da alta qualificada componente APS, eixo complementar, ao que foi estabelecido pela Organização Mundial da Saúde na lista de verificação para partos seguros para as maternidades. Os dados serão analisados através de análise de conteúdo na perspectiva de Bardin. No que se refere aos aspectos éticos, a pesquisa seguirá o que determina a Resolução nº. 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.