RADIOATIVIDADE NATURAL: INSTRUMENTOS LEGAIS E NORMATIVOS NO BRASIL E INTERAÇÕES DO RADÔNIO OUTDOOR COM VARIÁVEIS MICROMETEOROLÓGICAS NO PLANALTO DA BORBOREMA
Concentração do 222Rn. Variáveis micrometeorológicas. Radioatividade natural. Monitoramento. Legislação ambiental. Planalto da Borborema. Regressão linear múltipla. Mapeamento sistemático.
O radônio é um gás radioativo incolor e inodoro, é o mais pesado de todos os gases nobres de origem natural. As rochas e solos com altas concentrações de Urânio e Tório são as principais fontes de Radônio. As águas, principalmente subterrâneas que estão em contato direto e confinadas entre solos e rochas, também podem conter altos teores de Radônio. Pesquisas comprovam seu poder carcinogênico. Outros estudos tentam estabelecer relações entre aspectos que possam influenciar na difusão do gás para a Atmosfera. No Brasil o tema é pouco pesquisado e em termos de legislação resume-se ao âmbito da exploração do Urânio e Energia Nuclear. Os principais objetivos da pesquisa são avaliar se as variáveis micrometeorológicas e a variação da biomassa vegetal fotossinteticamente ativa explicam o padrão de emissão de Radônio, em períodos climáticos diferentes, e avaliar como a legislação Brasileira, e normas ambientais abordam a Radioatividade Natural em diferentes compartimentos geoquímicos visando sugerir aspectos para fomentar políticas de prevenção, monitoramento e mitigação. Por meio de pesquisa bibliográfica e documental, onde serão utilizadas metodologia de mapeamento sistemático para ciências ambientais. E ainda medições em campo e coletas de solo e rochas nos municípios de Bananeiras/PB e Cuité/PB localizados no Estado da Paraíba, com aplicação de modelo estatístico, e análise da vegetação por meio de índices de vegetação. O mapeamento mostrou que a legislação brasileira é incipiente em matéria de radioatividade natural. Ficou evidente, que olhar sobre a Radioatividade, considera basicamente os aspectos que possam ter relação com as atividades antrópicas, deixando lacunas em relação a radioatividade presente nos compartimentos ambientais, independente da interferência humana. Sugere-se um posicionamento no Brasil a exemplo da legislação dos países com histórico na matéria, a fim de se estabelecer meios para subsidiar um Plano Nacional de Ações e Monitoramento da Radioatividade Natural. O comportamento do Radônio, pode sim ser influenciado por fatores micrometeorológicos, mas os dados mostraram que aparentemente o poder de influência é apenas pontual. A análise da vegetação por meio de NDVI não evidenciou a influência da vegetação. Aparentemente, as características analisadas não são capazes de se sobrepor, ao menos para as áreas estudadas, ao perfil de radioatividade de fundo para cada localidade.