Banca de DEFESA: THIAGO FARIAS NÓBREGA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THIAGO FARIAS NÓBREGA
DATA : 21/02/2019
HORA: 14:30
LOCAL: Sala de Reuniões, CB
TÍTULO:

USO DE ESPÉCIES NATIVAS EM ENSAIOS ECOTOXICOLÓGICOS PARA AVALIAR A QUALIDADE DE ÁGUA E SEDIMENTO DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOCE, RN


PALAVRAS-CHAVES:

Metais; Ecotoxicologia; Cultivo de Cladocera; Amphipoda; Água doce; Sedimento; Semiárido.


PÁGINAS: 159
RESUMO:

Na bacia hidrográfica do Rio Doce (BHRD), Nordeste Brasileiro, verifica-se ocupação não planejada, poluição e elevado déficit hídrico. Tais fatores foram agravados pela seca que se iniciou em 2012 e perdurou por 5 anos. Estudos já realizados nesta bacia hidrográfica apontaram altos níveis de antropização nos seus reservatórios próximos à costa (Lagoa de Extremoz e Rio Doce). No entanto poucas são as informações referentes às suas áreas de nascente, no alto curso dos Rios Do Mudo e Guajiru. Esta pesquisa buscou descrever as características químicas e ecotoxicológicas da água e sedimento de oito reservatórios de água, localizados nos Rios Do Mudo e Guajiru, em 2016. Além disso, este trabalho propõe o uso de cladóceros, que ocorrem naturalmente na bacia hidrográfica, para estudos ecotoxicológicos. Esta tese divide-se em três capítulos. O primeiro capítulo intitulado “Utilização de Cladocera Indígenas da Bacia Hidrográfica do Rio Doce, Nordeste do Brasil, como alternativa à organismos exóticos em estudos ecotoxicológicos”, implantou o cultivo e descreveu a história de vida de duas espécies nativas (Moina micrura e Ceriodaphnia cornuta), em comparação com uma espécie já padronizada e amplamente usada em estudos ecotoxicológicos (Ceriodaphnia dubia). Como esperado as espécies do gênero Ceriodaphnia spp apresentam variáveis da história de vida semelhantes. Em comparação intraespecífica, os registros indicaram melhores resultados para a metodologia de cultivo usada no presente estudo em comparação aos dados disponíveis na literatura. Percebeu-se também, que M. micrura é mais tolerante à substância de referência (NaCl), seguida de C. cornuta e C. dubia. A maior tolerância à salinidade das espécies nativas é um fator positivo, com possibilidade de indicação para uso em ambientes de clima semiárido, nos quais eventos de toxicidade poderiam atribuídos com maior segurança a outros parâmetros que não à salinidade natural, comum em reservatórios afetados por estiagens prolongadas. O segundo capítulo “Qualidade da água superficial de reservatórios temporários localizados entre a região semiárida e o litoral do Nordeste Brasileiro”. O objetivo deste trabalho foi analisar características físicas, químicas e ecotoxicológicas de amostras ambientais de água dos corpos hídricos estudados em relação à precipitação, ocupação do solo e critérios de qualidade de água. Verificou-se que a condutividade elétrica (CE), dureza, teores de Cd, Ni e cloreto foram significativamente diferentes entre as bacias dos Rios Guajiru e do Mudo; isto provavelmente deve-se, a diferentes litologias em cada sub-bacia. Os metais Cd, Pb, Cu e Zn foram maiores aos limites adotados para garantir a proteção da vida aquática, consumo humano e criação de animais. O Pb e a condutividade elétrica, também apresentaram valores superiores aos indicados para irrigação. Foram observados também, efeitos tóxicos à reprodução de M. micrura e Ceriodaphnia silvestrii, o que sugere a biodisponibilidade de Pb, Cu e Zn. No terceiro capítulo “Reservatórios rasos de água superficial no semiárido brasileiro: análises ecotoxicológicas e geoquímicas de sedimentos” procurou-se descrever o comportamento dos metais (Fe, Cd, Ni, Cu, Mn, Pb, Zn e Cr), matéria orgânica e granulometria dos sedimentos, em relação ao clima e litologia. Levou-se em consideração possíveis efeitos tóxicos sobre os organismos teste Hyalella azteca e Hyalella meinerti, como indicativo de poluição. Observou-se que o comportamento dos metais ao longo da maioria das estações de amostragem, não era afetado significativamente por atividades antropogênicas. No entanto nas estações de amostragem com maior adensamento populacional, foram verificados efeitos tóxicos, aos organismos testes, com mortalidade superior a 20%.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIA CRISTINA BASÍLIO CRISPIM DA SILVA - UFPB
Externa à Instituição - ODETE ROCHA - UFSCAR
Presidente - 1298966 - RAQUEL FRANCO DE SOUZA
Externa ao Programa - 1345773 - RENATA DE FÁTIMA PANOSSO
Interna - 1674709 - VIVIANE SOUZA DO AMARAL
Notícia cadastrada em: 08/02/2019 14:15
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