Banca de QUALIFICAÇÃO: AFRANIO CESAR DE ARAUJO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: AFRANIO CESAR DE ARAUJO
DATA: 24/09/2013
HORA: 10:15
LOCAL: Anfiteatro das Aves, Centro de Biociências, UFRN
TÍTULO:

PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS PARA O CULTIVO DO GERGELIM (Sesamum indicum L.)


PALAVRAS-CHAVES:

Policultura, agrobiodiversidade, agricultura familiar, agroecologia, práticas agrícolas sustentáveis


PÁGINAS: 102
GRANDE ÁREA: Outra
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

Pequenos produtores, objetivando otimizar o uso da terra, comumente cultivam gergelim e feijão caupi em consórcio com outras culturas. O gergelim, pertencente à família das pedaliáceas, dentre as oleaginosas conhecidas, é uma das mais antigas, sendo cultivado há mais de 6.300 anos. A produção brasileira ainda é pequena, sendo Goiás, São Paulo, Mato Grosso e Minas Gerais, os principais estados produtores.  Na maior parte do Nordeste a produção se restringe a pequenas glebas em cultivo tradicional. Objetivou-se, com este trabalho, indicar a(s) época(s) mais apropriada(s) de plantio do feijão macassar no consórcio com o gergelim. Um experimento de campo foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso com 6 tratamentos e 4 repetições. Os tratamentos constaram dos plantios isolados de gergelim e feijão caupi bem como do consórcio entre as duas culturas, sendo a Fabácea plantada no mesmo dia que o gergelim, 7, 14 e 21 dias após a Pedaliaceae. A maior parte dos componentes da produção, tanto do gergelim como do feijão caupi, foi afetada pelo consórcio, tendo sido verificado diferenças significativas entre os tratamentos para a maior parte das variáveis. Conforme distanciava-se a semeadura do feijão caupi, aumentava-se o rendimento da pedaliácea e diminuía-se o rendimento da fabácea. As reduções no rendimento de cada cultura no consórcio foram da ordem de 18,00 a 33,86 % para gergelim (Fabaceae plantada aos 21 e 0 dias) e de 35,63 a 78,82 % para o feijão caupi (Fabaceae plantada aos 0 e 21 dias). Foi verificada significância para índice de agressividade, coeficiente relativo populacional, razão de competição, renda bruta, renda líquida, vantagem monetária, vantagem monetária corrigida, índice de lucratividade e taxa de retorno. A pressão competitiva do feijão macassar sobre o gergelim foi maior quando a fabácea foi semeada no mesmo dia e 7 dias após a pedaliácea, ocorrendo o contrário quando o feijão macassar foi semeado 14 e 21 dias mais tarde. Para as variáveis renda bruta, renda líquida, vantagem monetária, vantagem monetária corrigida e índice de lucratividade, o consórcio gergelim + feijão macassar mostrou-se superior aos demais tratamentos na situação em que a fabácea foi semeada 7 dias após a pedaliácea, não diferindo significativamente, porém, do monocultivo do gergelim. Os resultados encontrados para o UET sugerem que, no consórcio gergelim/feijão caupi, quando a fabácea é plantada sete e 14 dias após o gergelim, há melhor aproveitamento da área e maior possibilidade de ganhos líquidos para o produtor. Houve pouca influência dos sistemas de plantio no crescimento do gergelim. Destacaram-se os tratamentos “0 dia”, por apresentar desempenho inferior aos demais sistemas de cultivo para quatro das dez variáveis testadas e “14 dias”, por apresentar valores médios muito próximos ou mesmo, mais elevados que o monocultivo.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1215166 - APOLINO JOSÉ NOGUEIRA DA SILVA
Presidente - 350231 - MAGDI AHMED IBRAHIM ALOUFA
Externo à Instituição - MARIA DO SOCORRO BEZERRA DE ARAÚJO - UFPE
Interno - 1199127 - SILVIA REGINA BATISTUZZO DE MEDEIROS
Notícia cadastrada em: 17/09/2013 15:11
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