COMUNICAÇÃO EM SAÚDE PARA POPULAÇÕES REFUGIADAS VENEZUELANAS EM CONTEXTO DA PANDEMIA DA COVID-19
Mídias e práticas sociais; campanhas de comunicação; populações refugiadas
A pesquisa desenvolvida tem por objetivo identificar se há e como são ofertadas campanhas de comunicação específicas, ou não, para populações refugiadas venezuelanas, tendo em vista a compreensão do comportamento institucional dos órgãos oficiais, responsáveis pelas campanhas de saúde em relação a esses refugiados. A ênfase será dada à pandemia causada pelo novo coronavírus. Levamos em consideração os aspectos socioculturais que perpassam o contexto da migração e como a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte, e também o Ministério da Saúde (representando desta maneira o Brasil) têm se portado na perspectiva de atender as demandas que surgem a partir da presença destas populações em território brasileiro. Além de fazer um levantamento destas ações, realizaremos nossa investigação a partir do olhar da Análise Crítica do Discurso (ACD), de Van Dijk (2018), que leva em consideração como as relações de poder presentes no discurso midiático são capazes de perpetuar relações assimétricas. Por se tratar de um grupo com acesso limitado e minoritário aos serviços básicos, em comparação aos cidadãos nascidos no país, refletimos também sobre a própria noção de cidadania (SANTOS, 2020) de que o valor do cidadão está atrelado ao seu lugar no território.