LISA E A BONECA FALANTE: UMA ANÁLISE SOBRE O MECANISMO DE REPRODUÇÃO DE VIOLÊNCIA SIMBÓLICA DE GÊNERO NO SITCOM OS SIMPSONS
Os Simpsons; violência simbólica de gênero; análise do discurso; brinquedo.
Lisa e a boneca falante é um episódio do sitcom norte-americano Os Simpsons, retrata a relação dos personagens do universo com a boneca Malibu Stacy falante, onde seus discursos e representações são tensionados. Partindo de uma análise bourdieusiana a boneca seria um mecanismo de reprodução de violência simbólica de gênero, tendo em vista que essa “violência suave, insensível e invisível”, se apresenta no episódio quando as questões de gênero estão sendo tensionadas. Dessa maneira, a seguinte dissertação parte da hipótese de que a violência simbólica de gênero presente no episódio é propagada por meio de um mecanismo de reprodução, a boneca Malibu Stacy. Com o problema de pesquisa que seria: Como o mecanismo de reprodução de violência simbólica de gênero influência nos discursos dos personagens no episódio Lisa e a boneca falante? Diante disso, estabelecemos como objetivo geral: Analisar como o mecanismo de reprodução de violência simbólica de gênero influência na constituição discursiva dos personagens no episódio Lisa e a boneca falante. E como objetivos específicos: 1º) Definir o que é a violência simbólica de gênero e como construímos tal conceito; 2º) Identificar o mecanismo de reprodução de violência simbólica de gênero no episódio e 3º) Apresentar o universo “Os Simpsons” e seus personagens. Partimos de uma abordagem qualitativa, com a modalidade bibliográfica e com a técnica de Análise do discurso. Utilizamos como embasamento teórico Pierre Bourdieu (1992, 1999, 2001, 2009) com seus conceitos a respeito do habitus, universalização, dominação masculina e violência simbólica, Michel Foucault (2005, 2008, 2014a, 2014b) com seus preceitos sobre discurso, Judith Butler (2003) com as questões relacionadas a gênero, Gilles Brougère (2010) para caracterizarmos a boneca enquanto um brinquedo dentro do respectivo universo e Rodrigo Seabra (2016) a respeito dos conceitos sobre série animada e sitcom.