O sonho da eternena beleza: corpo feminino e o discurso anti-idade
beleza; corpo feminino; discurso; envelhecimento; publicidade.
A mídia, em aliança aos mercados de consumo, apresenta o corpo como um objeto moldável aos padrões estéticos determinados socialmente (LE BRETON, 2013; LIPOVETSKY; SERROY, 2015; SANTAELLA, 2004), além de colocar a beleza como uma obrigação (NOVAES, 2006) e o envelhecimento como um fator a ser escondido, especialmente para as mulheres (SIBILIA, 2012), alavancando o culto ao corpo (CASTRO, 2007). Propomo-nos, então, a estudar as estratégias discursivas adotadas por marcas de cosméticos anti-idade a partir da análise do discurso (FOUCAULT, 2008; 2014b) materializado em peças publicitárias veiculadas nos perfis institucionais do Instagram das marcas Avon, Beyoung, L'oreal, Payot e Vichy, atentando para os critérios que entram nas problemáticas das tecnologias de si (FOUCAULT, 2004) e do cuidado de si (FOUCAULT; 2010; 2020), ambas articuladas como forma de produção de subjetividade ao tratar da construção de si pelo levantamento dos discursos de outrem. Buscaremos, nesta dissertação, compreender os efeitos de sentido produzidos em torno do corpo feminino, relacionando-o aos conceitos de beleza e envelhecimento (GOLDENBERG, 2015; SANT’ANNA, 2014) atrelados à aparência física.