It’s always six o’clock now: as gerações de 30, 60 e 90 sob a ótica da pressa, das acelerações do tempo e dos diferentes momentos da evolução das tecnologias da comunicação.
Teorias da Comunicação; Disjunção do tempo e do espaço; Percepção do tempo; Tecnologias; Práticas sociais
A pesquisa propõe reflexões sobre a percepção do tempo em diferentes momentos da evolução das tecnologias da comunicação, a saber: (1) período do predomínio dos jornais, revistas, rádio e cinema, (2) período de expansão da televisão no Brasil e (3) período que compreende a expansão do uso da internet e do surgimento das transmissões via satélite. Discute, assim, a percepção do tempo, traduzida pelas práticas sociais associadas à pressa de três décadas distintas: a de 1930, a de 1960 e a de 1990. A base empírica do trabalho consiste em nove entrevistas realizadas de acordo com as técnicas da História Oral, uma proposta teórico-metodológica que agregou novas possibilidades às técnicas já conhecidas e largamente aplicadas nas investigações conduzidas nas Ciências da Comunicação, proporcionando novos horizontes, devido à revalorização de experiências únicas e individualizando vozes em um período histórico onde a “globalização” fortalece o conceito de massas. A fundamentação teórica da pesquisa apresenta reflexões balizadas principalmente por Norval Baitello Junior, José Carlos Meihy, Renato Ortiz, Stephen Bertman e Paul Virilio. A abordagem hermenêutica proposta por Michel de Certeau atuou como base no tratamento das informações coletadas nos trabalhos de campo desenvolvidos durante a pesquisa.