ERIK KILLMONGER: A FUGA DO ESTEREÓTIPO E A CONSTRUÇÃO DE FILMES REPRESENTATIVOS EM HOLLYWOOD
Estudos da Mídia. Produção de Sentido. Negritude. Estereótipos. Análise Fílmica.
O cinema hollywoodiano perpetuou ao longo de várias décadas, desde sua origem, representações que inferiorizavam e não exploravam as complexidades das masculinidades negras, como um reforço ao racismo praticado fora das telas. Examina-se a possibilidade de reconhecimento do personagem Erik Killmonger do filme Pantera Negra (2018), através da análise fílmica (PENAFRIA, 2009), como uma contribuição de representação complexa frente aos estereótipos frequentemente difundidos por essa indústria. Mediante o uso da metodologia qualitativa, procedeu-se as visualizações do filme e separação das cenas em que o personagem se insere para análise. A investigação realizou um recorte cronológico de produções hollywoodianas para verificar como se produziram as representações de homens negros ao longo do tempo nesse tipo de mídia. Constatou que os filmes estimulavam a desumanização desse grupo através de suas narrativas e construções de personagens. Observou que o personagem Erik Killmonger revela subjetividades por meio da sua estética, falas e composição de cenas, que promovem a discussão a respeito de conceitos que circundam as vivências de homens negros, como diáspora, racismo, sexualidade e machismo. Concluiu que a ocupação de pessoas negras nos espaços de produção de narrativas estimula representações complexas, naturalizando-as para o público que as assistem.