Atividade antidepressiva de extratos de duas variedades de Passiflora edulis: participação de monoaminas e neurotrofinas
Depressão, P. edulis var. edulis, P. edulis var. flavicarpa, modelo de desamparo aprendido, modelo de estresse crônico variável.
A depressão é considerada um transtorno psiquiátrico crônico e comum que afeta 350 milhões de indivíduos de todas as idades ao redor do mundo. As plantas medicinais constituem uma rica fonte de compostos biologicamente ativos, mostrando seu potencial terapêutico para o tratamento de diversas
patologias, incluindo transtornos psiquiátricos como os transtornos depressivos. Neste contexto as condutas de intervenção farmacológica que vêm sendo empregadas, embora eficazes, deixam a desejar, quando observados seus efeitos adversos. A Passiflora é uma variedade comumente conhecida comercialmente, mas também é usada na medicina tradicional brasileira. A Passiflora edulis exibe considerável variabilidade morfológica. Esta planta produz dois tipos de fruto: o roxo (P. edulis var. edulis) e o amarelo (P. edulis var. flavicarpa). O presente projeto tem como objetivo avaliar os efeitos comportamentais e neuroquímicos do tratamento com o extrato aquoso e subfrações da P. edulis var. edulis e P. edulis var. flavicarpa em camundongos submetidos a modelos animais de depressão. Neste, serão empregados camundongos Swiss machos (2 meses) e será avaliado os efeitos do tratamento agudo e crônico com o extrato aquoso e subfrações dessas espécies no modelo de desamparo apreendido e estresse crônico variável respectivamente, bem como, averiguar os níveis de neurotrofinas no soro, hipocampo e córtex frontal de animais que passarão por esses dois modelos de depressão, além de dosar os níveis totais de monoaminas no hipocampo e córtex frontal e, por fim, verificar in vitro se os compostos desses extratos e subfrações inibem a recaptação de monoaminas no córtex através da técnica de sinaptossomas.