Banca de DEFESA: GRACIELLE RODRIGUES DANTAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GRACIELLE RODRIGUES DANTAS
DATA: 15/03/2012
HORA: 14:30
LOCAL: Anfiteatro das Aves - CB
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMALÁRICA DE EXTRATOS OBTIDOS DE ALGAS MARINHAS NO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE


PALAVRAS-CHAVES:

Malária, algas marinhas, extratos brutos, atividade antimalárica.


PÁGINAS: 76
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Parasitologia
RESUMO:

A malária é a maior doença parasítica mundial, responsável por cerca de 500 milhões de casos e causando 2 a 3 milhões de mortes anualmente. Quatro espécies são responsáveis pela transmissão dessa doença ao homem: Plasmodium falciparum, Plasmodium vivax, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. A resistência do parasito aos antimaláricos usuais e as limitações existentes no combate ao vetor são implicações que contribuem para a expansão dessa parasitose. Os avanços mais significativos na busca de novos medicamentos contra a malária baseiam-se em componentes naturais, sendo os principais antimaláricos atualmente utilizados derivados de plantas. Pesquisas com produtos naturais de origem marinha (particularmente as algas) mostram que algumas espécies possuem atividade antiplasmódica. Sabendo que o litoral do Rio Grande do Norte abriga várias espécies de algas, o presente estudo consistiu em avaliar, pela primeira vez, a atividade antimalárica dos extratos etanólicos das algas Spatoglossum schroederi, Gracilaria birdiae e Udotea flabellum contra a cepa 3D7 Plasmodium falciparum em testes in vitro e utilizando o modelo murino (P. berghei) para avaliação in vivo. As algas foram trituradas, maceradas com etanol por 24 horas e os extratos concentrados em rotaevaporador (45° C ± 5°C). Para os testes in vitro, os extratos foram diluídos e testados nas concentrações entre 100 µg/m e 1,56 µg/ml (sete concentrações em triplicata), com a finalidade de obtenção da CI50 de cada extrato. Os testes de citotoxicidade com macrófagos e células BGM foram realizados usando o ensaio colorimétrico MTT. Macrófagos e células BGM foram distribuídas em 96 poços por placa (1x 105 para macrófagos e 1x104 células por poço para BGM), sendo incubadas por 24h a 37°C. Os extratos etanólicos foram diluídos e testados nas concentrações de 500 até 7,81 µg/ml (sete concentrações em triplicata). Após períodos de 24h de incubação com os extratos, 100 µl de MTT foi adicionado a cada poço, e decorridas 3h, o sobrenadante foi removido e adicionou-se 200 µl DMSO em cada poço. A absorbância de cada poço foi obtida através de leitura em espectrofotômetro com filtro de 570 nm. Para avaliar a toxicidade aguda in vivo, camundongos Swiss receberam dose única (oral) de 2000 mg/kg/animal das algas testadas. Os parâmetros de toxicidade aguda foram observados durante 8 dias. Para os testes in vivo, camundongos Swiss foram inoculados com 1x105 hemácias infectadas com Plasmodium berghei. O tratamento deu-se do primeiro ao quarto dia após a infecção, com 0,2 ml dos extratos em doses de 1000 e 500 mg/kg/animal. O grupo controle negativo recebeu 0,2 ml de Tween-20 2%, enquanto que o grupo controle positivo recebeu sub-dose de cloroquina (5 mg/kg/animal). A avaliação da atividade antimalárica foi feita através da supressão da parasitemia no 5º e 7º dias após infecção. A inibição do crescimento dos parasitos foi determinada em relação ao grupo controle negativo (% inibição = parasitemia do controle – parasitemia com amostra/ parasitemia do controle x 100); a mortalidade dos animais foi acompanhada diariamente por 30 dias. Os resultados mostraram que as algas Spatoglossum schroederi e Udotea flabellum apresentaram atividade antimalárica in vitro, com redução da parasitemia. de 70,54 e 54%, respectivamente. Os extratos das três algas testadas mostraram citotoxicidade moderada a elevada. As algas S. schroederi e U. flabellum foram ativas contra o P. berghei apenas nas doses de 500 mg/kg com redução variando de 54,58 a 52,65% para o quinto dia e 32,24 a 47,34% para o sétimo dia, respectivamente. Não foi observada toxicidade in vivo para a dose testada, durante os 8 dias de observação. Embora sejam dados preliminares, os possíveis componentes bioativos presentes nessas algas marinhas podem ser promissores para o desenvolvimento de novas drogas antimaláricas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1715109 - DANIEL DE LIMA PONTES
Externo à Instituição - MARIA DE FÁTIMA CARVALHO NOGUEIRA - UNL
Presidente - 2213126 - VALTER FERREIRA DE ANDRADE NETO
Notícia cadastrada em: 05/03/2012 09:36
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