Caracterização química Ouratea parviflora, potencial uso na indústria cosmecêutica
O Brasil é um país privilegiado quando se trata de diversidade biológica e com um amplo potencial gerador de serviços ecossistêmicos e ambientais, essa riqueza tem impulsionado o desenvolvimento da pesquisa e inovação no país, com resultados cada vez mais positivos. Nas últimas décadas, temos presenciado uma forte crescente em diversas áreas de pesquisas da biodiversidade da flora brasileira por incentivo de instituições públicas/privadas, desenvolvendo constantemente métodos de cultivo e processos biotecnológicos para aplicação industrial. As plantas dos biomas nordestinos têm despertado interesse na geração de produtos devido suas características únicas, contudo existe uma deficiência na produção de biomassa devido à falta de incentivo comercial e estrutural no Rio Grande do Norte. O trabalho objetivou caracterizar os óleos fixos extraídos dos frutos do Bati para identificação das propriedades físico-químicas e bioquímicas para identificar usos potenciais na indústria cosmecêutica. Os frutos do Bati foram coletados na região de Santa luzia de Touros/RN, para extração da gordura vegetal por meio de cocção dos quais obtivemos rendimento de 58,02%. As análises laboratoriais químicas físico-químicas, foram identificados nove ácidos graxos saturados e insaturados, sendo os de maior proporção: oleico (C18H34O2) 31,16002% e Palmítico (C16H32O2) 29,48771%, podendo ser empregado em cremes e emulsões cosméticas pelas suas propriedades emolientes e para recompor a oleosidade em peles ressecadas e com problemas dermatológicos.